Arquivos dicas - Criança e Consumo https://criancaeconsumo.org.br/tag/dicas/ Instituto Wed, 22 Mar 2023 23:33:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 6 dicas de Natal com menos consumismo infantil e mais presença e natureza https://criancaeconsumo.org.br/noticias/natal-com-menos-consumismo/ https://criancaeconsumo.org.br/noticias/natal-com-menos-consumismo/#respond Wed, 14 Dec 2022 23:33:02 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=39783 Mais uma vez, chegou o final de ano, uma das épocas em que as empresas mais investem em apelos ao consumismo. E, infelizmente, as crianças não ficam de fora dessa. É claro que as famílias podem presentear os pequenos, se quiserem, mas preparamos algumas sugestões para celebrar as festas de final de ano com menos consumismo

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Chegamos a mais um final de ano, uma das épocas em que as empresas mais investem em apelos ao consumismo. E, infelizmente, as crianças não ficam de fora dessa. O direcionamento de publicidade aos pequenos, apesar de ilegal e abusivo, aumenta intensamente e é importante que todos estejam atentos. É possível (e muito necessário) procurar alternativas para evitar que as crianças acreditem que o Natal só pode ser comemorado de verdade com consumo em excesso – até porque sabemos que muitas famílias não têm condições de atingir essas expectativas. É claro que as famílias podem presentear os pequenos se quiserem, mas preparamos, aqui, algumas sugestões para celebrar as festas de final de ano com menos consumismo.

  1. O melhor presente ainda é a presença: fortaleça tradições ou crie novas!

Sua família pode ser daquelas que arrumam a casa toda com pinheiro enfeitado, luzinhas, velas, meia de presentes… Ou não! De qualquer forma, apostamos que acontece alguma tradição ou ritual característico de final de ano, certo? Então, esse é o momento perfeito para convidar as crianças a participarem. Elas podem ajudar a montar a decoração da casa, fazer alguma receita diferente com os adultos ou se preparar para o próximo ano de uma forma especial. Manter tradições familiares e, ainda, criar novas, ajuda a construir memórias que marcam essa data pelo afeto, não pelo consumismo

  1. Ressignifique os brinquedos: promova trocas entre as crianças

Não vamos negar, ganhar presentes no Natal pode ser muito divertido. Mas quem disse que, para ter brinquedos novos, precisamos comprá-los? Incentivar os pequenos a trocar com irmãos, primos ou amigos é uma forma de ganhar “novos” itens! Também é possível organizar uma Feira de Troca de Brinquedos em seu prédio, vizinhança ou bairro. Essa simples atitude ensina a ressignificar os presentes. Além disso, pode ser uma oportunidade para falar sobre sustentabilidade, o processo de produção e o que acontece quando produtos são descartados. 

  1. Faça combinados: pratique o consumo consciente

É muito importante conversar com as crianças para que essa data comemorativa não seja associada somente aos momentos de compras. Muitos especialistas dizem que o ideal é não levar os pequenos a shoppings e mercados, mas sabemos que, às vezes, isso é inevitável. Então, se for necessário fazer compras acompanhado de seus filhos, sobrinhos ou netos, converse com eles previamente. Explique o motivo de estarem indo às compras e, se precisar e puder, já estabeleça um limite para esse consumo. Seja em valor ou quantidade de produtos. O que é combinado não sai caro e, de quebra, as crianças já aprendem sobre consumo consciente

  1. Tudo bem dar presentes: prefira materiais naturais

Você sabia que o excesso de plástico pode trazer diversas consequências graves à saúde infantil? Isso sem falar dos prejuízos à natureza e, consequentemente, a todos. E, de acordo com nossa pesquisa Infância Plastificada, 90% dos brinquedos são feitos desse material! Se nesse Natal você optar por presentear crianças com brinquedos novos (e isso não tem problema, desde que não seja exageradamente), busque opções mais sustentáveis e lembre-se de evitar embalagens descartáveis. Materiais naturais favorecem o desenvolvimento das crianças e podem ser muito mais divertidos!

  1. Tudo é equilíbrio: tempo no on-line e tempo na natureza

O mundo digital já faz parte do dia a dia das crianças e isso, em si, não é um problema. Afinal, é por meio da Internet que elas se divertem, conversam e até estudam. Mas vale tomar muito cuidado: empresas se aproveitam disso para explorar comercialmente os pequenos também nesse ambiente. Sobretudo na época do Natal, esse assédio tende a aumentar. Entretanto, uma boa forma de evitar isso é equilibrar o tempo de tela com o tempo off-line. Que tal aproveitar as festas e presentear as crianças com momentos ao ar livre? Às vezes, não é possível ir até a natureza, então traga ela para sua casa. Incentive brincadeiras com sementes, gravetos e folhas, ou aproveite para ensinar os pequenos a plantar e cuidar de vasinhos. 

  1. Defenda o fim da exploração comercial infantil: fique de olho e denuncie

Mesmo havendo muito assédio comercial em épocas como o Natal, é importante lembrar que publicidade infantil é ilegal no Brasil. Empresas que desrespeitam as leis e os direitos infantis devem ser – e já são – responsabilizadas. Além disso, você pode ajudar a manter os pequenos seguros. Qualquer cidadão pode fazer uma denúncia de publicidade infantil e nós explicamos como. Afinal, a responsabilidade de cuidar dos direitos das crianças é de todos: famílias, empresas, governo e toda sociedade.

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Menos consumo e mais natureza nas férias para as crianças! https://criancaeconsumo.org.br/noticias/natureza-nas-ferias/ Fri, 07 Jan 2022 21:23:27 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=33527 Estar ao ar livre é tudo o que os pequenos e as pequenas precisam, não de consumismo - e os pediatras recomendam

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Com as férias escolares chegando, que tal propor mais brincadeiras na natureza e, ao mesmo tempo, menos consumo? A pesquisa “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia” mostra que famílias já buscam isso! Idealizada pelo programa Criança e Natureza, em parceria com a Fundação Bernard van Leer assim como o WWF-Brasil, a pesquisa entrevistou 1.000 famílias em todo o Brasil. Foi constatado que 75% dos núcleos familiares querem, de fato, oferecer mais momentos na natureza para as crianças. Mães, pais e responsáveis disseram, por exemplo, que os pequenos pedem menos por eletrônicos quando estão ao ar livre (86%). Ou seja, dar natureza nas férias (e no ano inteiro) para as crianças só traz benefícios!

 

Nos últimos 2 anos, com a pandemia de Covid-19, as crianças ficaram mais fisicamente confinadas e digitalmente conectadas. Com isso, estiveram ainda mais suscetíveis a serem impactadas por mensagens comerciais de empresas que seguem praticando – ilegalmente – publicidade infantil. Essas ações publicitárias têm o intuito de convencer as crianças a desejarem e pedirem itens à família. Para ajudar na missão de promover férias com mais natureza e menos consumo, os programas Criança e Consumo, Criança e Natureza e o Portal Lunetas, do Instituto Alana, prepararam sugestões de atividades:

 

1. Abuse da imaginação para dar natureza nas férias!

Que tal pensar em atividades que não incentivam o consumismo? Você pode separar alguns itens que têm dentro de casa e deixar as crianças brincarem livremente, deixando a imaginação fluir! Um lençol pode se transformar em uma capa de herói ou até um graveto pode ser uma varinha mágica. O importante, principalmente, é mostrar que as crianças não precisam de muitos brinquedos novos, geralmente de plástico, para se divertir. Aliás, o Criança e Consumo disponibiliza a pesquisa Infância Plastificada. O estudo mostra que o excesso de brinquedos plásticos pode trazer consequências graves para a saúde das crianças e para o meio ambiente. E, ao mesmo tempo, os materiais naturais favorecem o desenvolvimento infantil. Aproveite também que o Portal Lunetas traz diversas dicas sobre brincadeiras sem plástico.

 

2. Menos shopping e mais parques

Durante as férias, as crianças querem sair para se divertir e, às vezes, a opção das famílias acaba sendo ir a grandes centros comerciais, como shoppings. Isso acontece principalmente nas cidades grandes. Esse tipo de passeio, além de trazer custos, expõe os pequenos a um ambiente que estimula o desejo de compra. Ainda, as crianças podem acabar associando, desde cedo, o lazer ao consumo. Uma alternativa mais bacana é programar passeios ao ar livre: em parques, jardins, praias, praças ou espaços onde as crianças possam brincar livremente, sem a necessidade de consumir. Que tal aproveitar o calor para fazer um piquenique com comidas saudáveis?

 

3. Trocar é bem mais divertido que comprar!

Aproveite as férias para separar o excesso de brinquedos, roupas, e outros itens, junto com os pequenos e as pequenas. Ao fazer isso, estimule a reflexão sobre o excesso de objetos e se tudo isso é mesmo necessário. Em seguida, os itens separados podem ser trocados com os de outras crianças próximas! Proponha, ainda, um encontro com as crianças da família ou os amiguinhos mais próximos – tomando os devidos cuidados por conta da pandemia – para trocar o que foi separado. Os “novos”  itens certamente serão ressignificados, ganhando uma nova chance de uso. Essa pode ser, também, uma boa oportunidade para ensinar às crianças sobre sustentabilidade e consumo consciente. Outra dica é doar alguns desses brinquedos e roupas e, dessa forma, compartilhar o que não é mais usado.

 

4. Passeie com as crianças pelo bairro

No período de férias, que tal encontrar novas formas de sair de casa? Uma ideia é propor atividades que estimulem interação com a natureza, como passear por praças e parques do próprio bairro. Além disso, incentivar os pequenos a encontrar diferentes flores, galhos, plantas, pedras e sementes pode ser uma brincadeira divertida. Ainda vale pedir para irem recolhendo esses elementos da natureza para utilizá-los em desenhos, pinturas e até esculturas depois. O meio ambiente é, de fato, um espaço cheio de oportunidades para os pequenos se divertirem e liberarem a imaginação!

 

5. Conheça e cultive TiNis!  

Ajude as crianças a desenvolverem autonomia e paciência ao cultivarem mudinhas de plantas em espaços pequenos, chamadas de TiNis. Para criar uma, surpreendentemente, só é necessário um vaso! A proposta é que os pequenos plantem sementes diversas e aprendam mais sobre espécies, germinação, ciclo das plantas e cuidado. Dessa maneira, também é possível desfrutar de atividades sociais, como passar mais tempo com parentes e trocar informações sobre as plantas. Assim, as crianças aind apodem conhecer mais sobre a fauna, criar abrigo para insetos ou usar a criatividade na decoração de suas TiNis. Para ajudar, o Criança e Natureza disponibiliza gratuitamente TiNis -Terra das Crianças e o Guia para pequenos criadores de TiNis.

 

6. Descubra novos lugares verdes de natureza nas férias

Crianças têm um espírito explorador e vibram ao interagir com outros seres vivos. Que tal, então, aproveitar para conhecer novos espaços de natureza nas férias? Pode ser uma praça, um parque ou uma Unidade de Conservação, que são áreas naturais protegidas. O Criança e Natureza, em parceria com o WWF-Brasil, listou espaços próximos a capitais com boa estrutura de visitação. Essas podem ser ocasiões para contar às crianças sobre a necessidade de preservar a natureza e explicar sobretudo os impactos que sua destruição pode causar ao planeta. O Portal Lunetas preparou um especial sobre emergência climática e videomanifesto que trazem muita informação e argumentos para esse diálogo.

 

7. Leve os pequenos para acampar!

Este ano, vamos pensar em proporcionar experiências diferentes e, acima de tudo, mais verdes e menos poluentes? Acampar em família pode ser uma ótima opção para se divertir ao ar livre. E nem é preciso sair de casa: você pode montar uma barraca no quintal, por exemplo. Ou, caso for possível, ir a Parques Nacionais e outros lugares apropriados para acampamentos. Com isso, mães, pais, filhos e filhas podem dormir sob as estrelas, conversar no escuro da barraca e conhecer alternativas para brincar e aprender com materiais naturais (madeira, tecido, sementes, terra, etc.). Para ajudar os responsáveis, o programa Criança e Natureza disponibiliza o guia “Acampando com crianças”.

 

8. Adultos, fiquem de olho nas telas

Segundo monitoramento realizado pelo Criança e Consumo, canais infantis de TV por assinatura já chegaram, em média, a exibir uma publicidade infantil a cada três minutos. As redes sociais também merecem atenção: muitas empresas se aproveitam da popularidade de canais de youtubers mirins ou adultos, por exemplo, para promover conteúdos para as crianças. Uma pesquisa da Common Sense mostra que 95% dos vídeos para crianças de até 8 anos no YouTube contém publicidade. Uma forma disso acontecer são os vídeos de unboxing, onde influencers desembrulham e exibem “presentes”, estimulando o desejo de consumo. Aliás, a publicidade infantil já é proibida pela legislação nacional! Caso você encontre alguma, pode fazer a sua parte para proteger os direitos das crianças, denuncie!

 

Adultos podem e devem conversar com os pequenos, explicando que mensagens comerciais são apenas estratégias das marcas para aumentar suas vendas. Entretanto, as empresas anunciantes e plataformas digitais também devem fazer a sua parte e parar, de vez, com o direcionamento de publicidade a crianças!

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5 dicas para passar um Natal sem consumismo infantil https://criancaeconsumo.org.br/noticias/natal-sem-consumismo-infantil-2021/ Mon, 20 Dec 2021 20:32:53 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=33490 Como famílias podem comemorar essa data driblando os assédios de empresas que insistem em explorar comercialmente as crianças

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O final do ano chegou e, com ele, o Natal e os apelos consumistas das empresas anunciantes. Essa época, que pode propiciar tantas reflexões sobre valores humanos é, também, marcada pelo grande aumento do consumo – e nem sempre com a devida atenção. Infelizmente, as crianças, de fato, não ficam fora disso. Pelo contrário: nesse período, elas são ainda mais assediadas por empresas que praticam publicidade infantil. E isso acontece mesmo que essa prática seja abusiva e ilegal no Brasil. Consequentemente, as crianças são estimuladas a acreditar que o Natal só pode ser comemorado de verdade com muitos presentes.

 

Famílias devem ser livres para presentear os pequenos, caso queiram. Porém, essa escolha precisa partir dos adultos – e não ser consequência da pressão comercial exercida por empresas diretamente ao público infantil. Pensando em ajudar mães, pais e cuidadores a celebrarem a data com mais presença e menos consumismo, o Criança e Consumo, o Criança e Natureza e o Portal Lunetas prepararam algumas dicas simples e criativas:

 

1- Fortaleça as tradições familiares – ou crie novas!

Dezembro combina principalmente com árvore de Natal, enfeites e receitas especiais. Que tal convidar as crianças a participarem desses momentos? Elas podem ajudar a montar os itens festivos (ou até fazer novos) e preparar receitas natalinas junto com os adultos. Manter as tradições familiares e, ainda, criar novas, ajuda a construir memórias que marcam essa data pelo afeto. Afinal, o Natal deveria ser sobre momentos, não consumismo, como o mercado insiste em passar para as crianças. Ao longo dos anos, as risadas, os encontros e a diversão é que serão de fato lembradas com carinho.

 

2- Promova trocas de brinquedos entre as crianças

Sabemos que crianças gostam de presentes no Natal, mas essa data não precisa estar atrelada à compra de brinquedos novos. Incentivar os pequenos a trocarem brinquedos com irmãos, primos ou amigos é uma forma de ganhar “novos” itens! Essa simples atitude ensina a ressignificar os presentes. Além disso, pode ser uma oportunidade para falar sobre o processo de produção e o que acontece quando produtos são descartados. O Portal Lunetas preparou um conteúdo especial que mostra o quanto nossas ações de consumo impactam o planeta e, consequentemente, o futuro das crianças.

animação de pés de uma criança embaixo do mar, cheio de plantinhas, corais e peixinhos ao seu redor, como imagem de apoio ao texto sobre natal sem consumismo infantil

3- Ofereça presença, vivências e natureza nesse Natal sem consumismo infantil

Já parou para pensar que o presente de Natal não precisa ser um objeto? Que tal aproveitar as festas e presentear as crianças com momentos ao ar livre? Ou seja, com experiências na natureza, para que elas possam correr, brincar e se divertir. Após um período tão longo (embora necessário) de confinamento, atividades como essas são ainda mais importantes!  Ajude a espalhar a ideia de que “um brinquedo diverte, a natureza liberta!”

 

4- Equilibre o tempo de tela com o tempo lá fora

A internet tem sido um espaço, mais do que nunca, de estudo, diversão e comunicação também para as crianças. Mas vale tomar cuidado, já que várias empresas e plataformas digitais ainda se aproveitam dessa presença infantil para privilegiar seus próprios interesses econômicos, expondo crianças a publicidade infantil e outras formas de exploração comercial. Na época do Natal, de fato, esse assédio tende a aumentar. Entretanto, uma boa forma de evitar isso é equilibrar tempo de tela das crianças com tempo ao ar livre. A pesquisa “O papel da Natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia” mostrou que as crianças pedem menos para usar aparelhos eletrônicos quando estão brincando na natureza. E, se a diversão on-line for a escolha, prefira canais infantis do YouTube livres de publicidade direcionada às crianças, por exemplo.

 

5- Defenda o fim da exploração comercial infantil

Apesar do aumento do assédio comercial a crianças em datas comemorativas como o Natal, é importante saber que as leis brasileiras já protegem esse público. A publicidade infantil é ilegal e empresas devem ser punidas por essa prática. Além disso, você pode fazer a sua parte para garantir o cumprimento da legislação! Qualquer cidadão pode fazer uma denuncia de publicidade infantil. Redobre a atenção nessa época do ano e exija que empresas anunciantes parem de explorar comercialmente as crianças!

 

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7 dicas para uma internet segura para crianças e sem publicidade infantil https://criancaeconsumo.org.br/noticias/7-dicas-internet-segura-para-criancas/ Tue, 09 Feb 2021 19:30:57 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=22185 Para celebrar o Dia da Internet Segura, trazemos 7 dicas para ajudar a proteger as crianças da exploração comercial infantil em ambiente digital

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No Brasil, 91% das crianças acessam a internet diariamente (pesquisa TIC Kids Online 2019), e grande parte dessa navegação é em plataformas que extraem dados pessoais de seus usuários para lucrar com o direcionamento de publicidade segmentada. Portanto, entre outros riscos, as crianças estão expostas a sofisticadas estratégias comerciais, por meio das quais empresas anunciam produtos e serviços diretamente para esse público. Essa é uma prática abusiva e ilegal, em qualquer meio de comunicação ou espaço de convivência dos pequenos, impedindo uma internet segura para crianças.

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Então, é importante que pais, mães e responsáveis estejam atentos aos riscos da exploração comercial infantil na internet, para reduzir o contato das crianças com publicidade infantil e, principalmente, cobrar das empresas e do Estado a proteção efetiva dos pequenos. Para ajudar nesse desafio confira algumas dicas.

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1. Entenda o modelo de negócio: dados pessoais são valiosos para as empresas

A maioria dos aplicativos e plataformas utilizados por crianças no ambiente digital são gratuitos. Porém, quando você não paga, normalmente você é o produto e, neste caso, são as crianças. O modelo de negócio por trás de produtos e serviços online é a monetização dos dados pessoais dos usuários, coletados por empresas e plataformas que, além de vendê-los para terceiros, utilizam esses dados para a microssegmentação da publicidade. Ao navegarem em plataformas de vídeos, baixarem jogos ou utilizarem redes sociais, estão sendo extraídas pelas empresas informações valiosas sobre as crianças. São dados que dizem muito sobre perfil e hábitos de consumo familiares e que poderão ser utilizados para direcionamento de publicidade infantil online. Por isso, é importante cobrar das empresas termos de uso e de privacidade acessíveis, inclusive para as crianças. Os dados são nossos e temos o direito de saber e decidir o que será feito com eles.

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2. Publicidade camuflada: saiba reconhecer publicidade infantil na internet 

Identificar a publicidade infantil na rede não é tarefa fácil nem mesmo para os adultos! Isto porque, além da publicidade baseada em dados, as empresas costumam camuflar, estrategicamente, suas mensagens comerciais no meio dos conteúdos de entretenimento. Dessa forma, ao navegaram, as crianças são expostas a inúmeras formas de anúncios, entre elas os chamados unboxing. Esses vídeos de influenciadores mirins desembrulhando “presentes”, normalmente enviados por empresas, e os apresentando são, na verdade, publicidade infantil velada. Além de ilegais, unboxings contrariam os termos de uso dos sites e aplicativos e, por isso, os responsáveis devem denunciá-los para a própria plataforma. Também é importante conversar com as crianças a respeito das intenções comerciais das empresas. Essa reflexão acaba estimulando a formação de uma visão crítica desde cedo.

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3. Direitos da criança por design: plataformas e aplicativos devem garantir uma internet segura para crianças

Grande parte das plataformas, redes sociais e aplicativos que as crianças utilizam, na verdade, foram desenvolvidos para adultos. Ou seja, esses serviços não levam em conta os riscos de seu uso pelo público infantil. Por isso, para garantir a proteção da criança com absoluta prioridade, qualquer produto ou serviço que elas tenham contato, direta ou indiretamente no ambiente digital, deve ser orientado por “direitos da criança por design”. Desde sua concepção e desenho, o produto deve ser orientado pela busca por respeito e potencialização dos direitos infantis.

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Em termos práticos, esse espaço digital será livre de publicidade infantil e de qualquer outra forma de exploração comercial. Isso significa que também não poderá haver monetização a partir da coleta de dados pessoais das crianças. É responsabilidade das empresas desenvolvedoras de plataformas e serviços online garantir essa proteção! Porém, uma medida que famílias podem adotar é preferir plataformas e aplicativos desenvolvidos especificamente para o uso infantil.

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4. Ad Blocks: Utilize bloqueador de anúncios e navegação anônima

Existem dois recursos simples que ajudam muito a garantir uma internet segura para crianças: bloqueador de anúncios e navegação anônima. Instalar um ad block impede que os pequenos encontrem publicidade por onde navegarem. Além disso, utilizar abas anônimas do seu navegador previne que empresas monitorem as atividades das crianças. São medidas simples que ajudam a proteger os pequenos, dificultando que empresas coletem suas informações para direcionamento de anúncios segmentados.

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5. Mais vitamina N (Natureza): troque o uso excessivo de telas ou dispositivos por atividades ao ar livre 

Uma forma de ter internet segura para crianças é, na verdade, substituir e equilibrar o uso excessivo de telas. Desconectar-se de TVs, tablets ou smartphones é, também, um direito das crianças! Assim, uma ótima alternativa é curtir atividades que promovam o contato com a natureza. Isso pode parecer desafiador para quem vive em centros urbanos ou durante o isolamento social, mas é possível! Conheça algumas sugestões do programa Criança e Natureza, por exemplo, ou as dicas do Portal Lunetas.

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6. Cumprimento da Lei: publicidade infantil é ilegal na internet também

A publicidade direcionada às crianças é considerada abusiva pela legislação brasileira, conforme o artigo 227 da Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Código de Defesa do Consumidor (CDC), e a Resolução 163 de 2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Especificamente sobre ambiente digital, a Lei 13.709/2018, conhecida como Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais (LGPD), regulamenta o tratamento de dados pessoais, determinando que ele sempre ocorra no melhor interesse da criança. Utilizar dados para fins de exploração comercial e publicidade infantil não visa o melhor interesse da criança, logo, é ilegal. Além disso, a proteção da criança frente à publicidade infantil em ambiente digital está sendo discutida pelo Comitê sobre Direitos da Criança da Organização para as Nações Unidas (ONU) no novo Comentário Geral sobre os direitos da criança.

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7. A Escola no Mundo Digital: internet segura para as crianças também na hora de aprender.

A pandemia de Covid-19 acelerou o processo, já crescente, de introdução de tecnologias no ambiente escolar. Com isso, escolas, estados e municípios brasileiros viram a necessidade de buscar, rapidamente, alternativas e estratégias de ensino remoto. No entanto, essa adaptação brusca trouxe à tona riscos que ainda podem não ser suficientemente evidentes para a comunidade escolar. Um deles é a exploração comercial infantil, a partir da coleta ilegal de dados pessoais de estudantes. Então, diante deste cenário, o Instituto Alana elaborou o guia “A Escola no Mundo Digital: Dados e direitos de estudantes”, em parceria com Educadigital e Intervozes e com o apoio do NIC.br. O material foi desenvolvido para auxiliar educadores e famílias a entender como garantir uma internet segura para crianças.

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O Criança e Consumo lembra que é responsabilidade das empresas anunciantes parar de direcionar publicidade para crianças! Também, é dever das plataformas e desenvolvedores de aplicativos e jogos considerar os direitos infantis com absoluta prioridade.

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6 dicas para um Natal sem consumismo https://criancaeconsumo.org.br/noticias/6-dicas-para-um-natal-sem-consumismo/ Thu, 17 Dec 2020 17:35:06 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23840 Vem ver como as famílias podem comemorar essa data com menos presente e mais presença

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Vem ver como as famílias podem comemorar essa data com menos presente e mais presença

 

Devido ao isolamento físico imposto pela pandemia de Covid-19, o Natal deste ano será um pouco diferente para as famílias. Mesmo assim, empresas ainda insistem na prática ilegal de direcionar publicidade a crianças – e até aumentam a quantidade de anúncios, com a proximidade de datas comemorativas. Por isso, é importante que as famílias estejam atentas tanto às alternativas para evitar o consumo excessivo quanto ao que podem fazer para combater a exploração comercial infantil nesta data.

 

Pensando nisso, separamos uma lista de sugestões de como promover um Natal sem consumismo seguro e dentro de casa – mas com muita brincadeira e criatividade:

 

1. Fortaleça tradições especiais ou crie novas!

Que tal estimular atividades que não envolvam consumo? Uma ideia é convidar as crianças para ajudar na decoração e na montagem da árvore de Natal, estimulando a reutilização de materiais para inventar novos enfeites. Criar e manter tradições familiares ajuda a construir memórias que marcam essa data pelo afeto, e não apenas pelo consumo. E, em um ano no qual os pequenos passaram mais tempo dentro de casa, redecorar esse espaço para as festas pode virar uma brincadeira ainda mais especial! Abuse da criatividade para isso!

 

2. Privilegie as brincadeiras e a ressignificação dos brinquedos

Converse com as crianças e explique que Natal não precisa ser associado a compras, nem a brincadeira depende de brinquedos novos. Também é interessante incentivar os pequenos a refletir sobre os brinquedos que já têm, explicando a eles como é o processo de produção e o que acontece quando são descartados. Uma ideia divertida é que as crianças escolham um brinquedo que não usam mais para trocar com seu irmão/sua irmã, primo(a) ou outra criança próxima. Um gesto simples que ensina a ressignificar o que é, de fato, um brinquedo novo!

 

3. Pratique o consumo consciente 

Nossa pesquisa Infância Plastificada aponta que o excesso de brinquedos plásticos pode trazer consequências graves para a saúde e para o meio ambiente. Por outro lado, materiais naturais favorecem o desenvolvimento das crianças. Se nesse Natal você optar por presentear crianças com brinquedos novos, busque opções mais sustentáveis e lembre-se de evitar embalagens descartáveis. Além disso, nesse ano, a compra online se tornou uma alternativa para manter o distanciamento social, o que acaba facilitando a pesquisa de preços e evitando pedidos insistentes que podem acontecer quando as crianças estão presentes nas lojas. Aproveite para consumir de forma consciente, evitando compras por impulso e lembrando de dar o exemplo!

 

4. Redobre a atenção com publicidade infantil na internet

Ao longo deste ano, observamos um aumento no uso de telas por crianças. Não é para menos, já que atividades como estudar e conversar com amigos e familiares têm sido facilitadas pelas tecnologias e por plataformas digitais. Mas algumas empresas anunciantes também têm se aproveitado disso para praticar publicidade infantil – e, muitas vezes, de forma velada, como os famosos vídeos de unboxing. Para ajudar as famílias a preferir conteúdos mais seguros para crianças, confira essa lista de canais infantis livres de publicidade direcionada a crianças! É importante lembrar que tanto empresas anunciantes devem parar com a prática ilegal de direcionar publicidade a crianças quanto as plataformas digitais também precisam assumir sua responsabilidade em coibi-las. Não cabe apenas a mães, pais e responsáveis proteger as crianças! Por isso, sempre que encontrar publicidade infantil, saiba que você pode denunciar.

 

5. O melhor presente ainda é a presença!

Não há nada de errado em presentear as crianças, desde que essa seja uma escolha consciente dos adultos – e não consequência de uma pressão comercial exercida pelas empresas diretamente nas crianças. Mas lembre que presença ainda é melhor do que presente! Conte histórias, promova brincadeiras, passe tempo de qualidade com os pequenos! O Natal é uma data que propicia muitas reflexões e pode também ser uma oportunidade de conversar com eles sobre valores fundamentais como afeto, sustentabilidade e, também, sobre como as empresas atrelam apelos consumistas a esta e outras datas.

 

6. Defenda o fim da exploração comercial de crianças 

Apesar de muitas empresas aumentarem o assédio comercial direcionado a crianças em datas comemorativas como o Natal, é importante saber que as leis brasileiras já estabelecem que a publicidade infantil é ilegal e empresas devem ser punidas por essa prática! E, para garantir o cumprimento da legislação, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia de publicidade infantil. Faça sua parte e exija que as empresas anunciantes parem de explorar comercialmente as crianças!

 

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O que educadores podem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-educadores-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:52:58 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23160 Confira algumas dicas para que profissionais da educação possam fazer parte deste movimento livre do consumismo

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Educadoras e educadores têm um papel fundamental no direito ao desenvolvimento e educação integral da criança. A pandemia está aí para transparecer isso, mais do nunca, para toda a sociedade. E isso significa promover a aprendizagem de valores como a dignidade, a justiça, o respeito e a valorização das diferenças, a sustentabilidade entre tantos outros que as crianças vão levar para o resto da vida.

 

O Dia das Crianças é uma excelente oportunidade para refletir sobre o consumismo e os impactos da publicidade infantil e a Escola tem um papel relevante na educação de crianças e adolescentes autônomos, responsáveis, críticos e saudáveis. Por isso, trazemos algumas dicas para que profissionais da educação possam transformar suas aulas em espaços de cultivo de valores mais humanos, menos consumistas e fazer parte deste importante movimento.

 

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1. Converse sobre consumismo e datas comemorativas

Sempre que possível, reflita com as crianças sobre o real significado de datas comemorativas. O Dia das Crianças pode ser um bom mote! Comece perguntando às crianças porque elas acham que é necessário comemorar o Dia das Crianças. Reúna todas as ideias em um mesmo espaço. Depois, você pode contar para elas a história do Dia no Brasil. Para saber mais, acesse este conteúdo. Converse com elas como as datas comemorativas são estratégias utilizadas por empresas para alavancar suas vendas. Escute outros exemplos que as crianças conheçam de datas comemorativas que tenham origens parecidas. Estimule uma pesquisa em sites ou mesmo conversando com familiares. Posteriormente, .reflita com elas sobre outras significados e sentidos que uma data como o Dia das Crianças pode receber. E quais outras formas de comemoração podem ser criadas por elas em substituição de compra de presentes. Se a turma mesmo assim achar que presentes são necessários, pondere presentes como afeto e presença.

 

2. Promova investigações e brincadeiras que ajudem a criança identificar a origem e destino daquilo que ela consome

Você conhece a origem dos objetos que utilizamos no dia-a-dia? E quando não precisamos mais usá-los? Para onde eles vão? Por toda a educação básica, é importante que as crianças pesquisem e aprendam com a origem dos objetos. Áreas do conhecimento como ciências, matemática, linguagens e artes podem ser acionadas com uma investigação em livros, internet ou ainda conversando com familiares e profissionais de diferentes áreas. Além disso, uma pesquisa em comum leva as crianças a colaborar. Importante habilidade a ser desenvolvida. Uma ideia legal é fazer um exercício simples de perguntar para as crianças sobre a origem e destino de bens de consumo como brinquedos comprados nesta data. Peça para que as crianças pesquisem em grupos e depois apresentem aos colegas o que descobriram. Você sabia que 90% dos brinquedos produzidos mundialmente são feitos com algum tipo de plástico? E a publicidade infantil de brinquedos plásticos estimula o consumo excessivo desses produtos, podendo gerar consequências graves para a saúde das crianças e o meio ambiente. Saiba mais sobre isso na pesquisa Infância Plastificada. Para estimular a reflexão das crianças sobre esse tema, veja aqui algumas brincadeiras para reduzir o consumo de plásticos e convide as crianças a brincar de uma divertida Caça aos Plásticos (uma versão adaptada de “Caça ao Tesouro”).

 

3. Incentive crianças e famílias a brincar mais

Você já sabe que o brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil. E sabe também que ele é uma linguagem em que a criança expressa toda sua potência criativa e na solução de problemas, né?! Mas sabia que a criança depende muito pouco de um brinquedo para isso? Estimule brincadeiras que utilizem somente a criatividade, a imaginação e materiais não estruturados e ou reutilizados – como materiais que as crianças têm acesso em casa ou elementos simples da natureza! No portal do Lunetas tem uma de ideias de brincadeiras e brinquedos que podem ser criados ou inventados. Ah, e lembre-se: qual o destino dos objetos que consumimos? Que tal essa pergunta servir de fantasia e imaginação para as crianças?

 

4. Ajude as crianças a encontrarem a natureza dentro de casa!

O momento de pandemia pode estar privando muitas crianças de vivências ao ar livre, como parques e praias. A escola para muitas delas também era um importante espaço para aprendizagens onde o corpo todo estava em jogo. Mas sabia que em casa também pode ter natureza? Explique isso aos pequenos, estimule o olhar curioso deles e mostre que existem formas de fazer cultivos de “pequenas naturezas” e atividades naturais dentro de casa. O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, reuniu nesta página recursos, materiais e artigos que podem ajudar educadores e educadoras a atravessarem a situação colocada pela pandemia. Além disso, confira também esse material com atividades e referências para você se inspirar!

 

5. Ensine que brincar (e trocar) é mais divertido que comprar

Respeitando o isolamento físico que ainda é necessário, este ano está bem delicado pensar em encontros para as famosas Feiras de Trocas de Brinquedos, mas ainda podemos estimular a reflexão sobre brincar e trocar ser mais divertido que comprar. Mesmo que os brinquedos, em si, não possam ser trocados, ainda é possível fazer “trocas virtuais”, compartilhando brincadeiras e ensinando umas às outras. Algumas comunidades escolares têm se organizado para fazer trocas e doações para quem precisa de itens básicos ou mesmo brinquedos para outras crianças, respeitando todos os protocolos de distanciamento e higienização dos produtos.

 

6. Filmes para inspirar e apoiar seu desenvolvimento profissional

A plataforma Videocamp preparou listas especiais de sugestões de filmes e séries inspiradoras para educadores. A primeira delas é O que desejamos para nossas crianças? com documentários e séries que convidam a refletir sobre o maior “legado” que podemos deixar para elas: a garantia de acesso à uma educação de qualidade: inclusiva, solidária e transformadora. A segunda lista é a Vamos expandir o brincar?  com 4 documentários que mostram que, para brincar livremente, as crianças não precisam de muito e que o nosso papel enquanto adultos pode ser observar e aprender. Ah, e ainda tem uma lista para o público infantil, a Quem são os heróis das crianças? com 13 episódios da série Mytikah. E o melhor: tudo isso on-line e de graça!

 

7. Converse com as crianças sobre cidadania digital

As crianças estão, mais do que nunca, presentes na internet, seja para interagir com amigos e familiares, para estudar ou para acessar conteúdos de entretenimento. Isso traz muitas oportunidades mas também muitos desafios, como exposição a vários tipos de violência e à violação de direitos. Cultivar a cidadania no ambiente digital e fora dele está presente em muitas das competências gerais da Base Nacional Curricular Comum a serem desenvolvidas. O evento Ser Criança no Mundo Digital, promovido pelo Instituto Alana, trouxe uma série de especialistas para debater esse tema em diferentes perspectivas. Os materiais e gravações do seminário estão disponíveis on-line, no site do evento, vale a pena conferire saber como podemos apoiar crianças a agir de maneira responsável, equilibrada e criativa.

 

8. Oriente as famílias para que tenham atenção com publicidade infantil na internet 

Para além das oportunidades, os riscos aos quais as crianças estão expostas na internet também são muitos – e alguns deles, como a exploração comercial, nem sempre são evidentes. O YouTube, por exemplo, apesar de não ser uma plataforma destinada ao uso por crianças, conta com um público infantil enorme e algumas empresas anunciantes se aproveitam disso para direcionar publicidade velada para as crianças, a exemplo dos já famosos vídeos de unboxing. Identificar publicidade infantil nesta plataforma pode ser difícil até mesmo para os adultos, mas o portal Lunetas tem uma lista de canais no YouTube livre de publicidades direcionada a crianças, vale a pena conferir e indicar para as famílias!Aliás, famílias e educadores podem ser parceiros e dialogar mais sobre os desafios de ser criança no mundo digital. Você já escutou o que as famílias dos seus alunos pensam sobre isso?

 

9. Conheça as consequências da publicidade infantil

A publicidade infantil estimula comportamentos consumistas em crianças, ou seja, a consumir em excesso e estar constantemente insatisfeitas, desejando mais. Além disso, também ensina que elas serão mais valorizadas pelo que têm do que pelo que são. Entre as consequências negativas dessa influência estão: distúrbios alimentares, aumento nos índices de obesidade infantil e outras doenças não-transmissíveis, reforço a estereótipos de gênero, estresse familiar, impactos ambientais, estímulo à violência, diminuição de brincadeiras livres e criativas, entre outros. Dissemine essa mensagem para que mais educadora(e)s e pais estejam conscientes dessas consequências.Você pode organizar conversas remotas ou mesmo indicar materiais para as famílias e comunidades escolares assistirem. Conhece Criança, a alma do negócio? Ou ainda compartilhar vídeos curtos para disparar boas conversas.

 

10. Entenda a legislação brasileira sobre o assunto

Você, professora ou professor, é dos atores sociais que contribuem para a efetivação, promoção e defesa dos direitos das crianças dentro das escolas. Por isso, nunca é demais conhecer a legislação que afeta a vida de seus alunos, não? As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade (o que inclui as empresas) em assegurar os direitos das crianças, com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor – CDC define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil

 

Confira também:

Especial Dia das Crianças

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O que famílias podem fazer no Dia das Crianças

O que empresas devem fazer no Dia das Crianças

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O que empresas devem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-empresas-devem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:48:18 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23152 Convidamos empresas a aproveitarem a oportunidade para refletir e mudar sua conduta, de maneira a não se aproveitar da inexperiência das crianças para alavancar suas vendas

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Datas comemorativas, como o Dia das Crianças, sempre demandam do mercado anunciante estratégias criativas para disputar a atenção do potencial consumidor, mas isso não pode ser motivo para agir de forma antiética e ilegal, direcionando publicidade para o público infantil. Convidamos empresas a aproveitarem a oportunidade para refletir e mudar sua conduta, de maneira a não se aproveitar da inexperiência das crianças para alavancar suas vendas.

 

Abaixo, listamos algumas práticas que empresas devem seguir para assumir uma postura mais ética e responsável para com as crianças e, também, com a sociedade. Publicidade infantil já é ilegal e, em breve, também será inaceitável.

 

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1. A  publicidade deve ser dirigida aos pais, mães e responsáveis 

São inúmeras as vezes em que mães, pais e responsáveis são surpreendidos com pedidos de compras das crianças por produtos e marcas que eles sequer sabiam existir. E por que isso acontece? Porque as crianças estão constantemente expostas à publicidade direcionadas diretamente a elas, em todos os seus espaços de convivência, de tal forma que se torna inviável para um adulto conseguir acompanhar. A publicidade infantil desrespeita a autoridade parental e interfere na dinâmica familiar ao estimular o “fator amolação”, que é quando as crianças pedem um produto insistentemente, o que pode culminar no estresse familiar. Por isso, empresas responsáveis devem direcionar sua comunicação mercadológica, seja do produto que for, mesmo os infantis, exclusivamente aos adultos, os verdadeiros responsáveis pelas decisões de compra das famílias.

 

2. Sem essa de publipost com youtubers mirins

Já faz algum tempo que a publicidade infantil está nas redes sociais e plataformas digitais, especialmente por meio de ações de marketing conhecidas como “recebidinhos” e “publipost”. O resultado disso é que, nos canais infantis, vídeos de unboxing de brinquedos e outros presentes se tornaram uma febre, por estimular a curiosidade ao promover, de forma velada, o consumo de produtos e marcas. Essas ações se misturam com conteúdos de entretenimento do próprio canal e, muitas vezes, não são identificadas como publicidade nem mesmo pelos adultos. Empresas, já é hora de parar com essa prática! Infiltrar  mensagens comerciais dentro do conteúdo de entretenimento infantil, se aproveitando do trabalho infantil artístico dos influenciadores mirins, é, além de tudo, atrelar  sua marca a uma atividade antiética e exploratória da inexperiência da criança.

 

3. Espaços digitais devem ser orientados aos direitos da criança

No ambiente digital, todo produto ou serviço que crianças possam vir a ter contato, direta ou indiretamente (ainda que não tenham sido desenvolvidos especificamente para esse público), deve ter um funcionamento que respeite e promova seus direitos e melhor interesse – incluindo ser livre de publicidade infantil e exploração comercial. Crianças têm direito a uma experiência digital verdadeiramente segura, logo, aplicativos, games e plataformas digitais devem considerar sempre, em primeiro lugar, o melhor interesse infantil, assumindo sua responsabilidade na proteção desse público hipervulnerável.

 

4. Só façam promoções sem apelo infantil 

Existem várias formas de oferecer vantagens competitivas à sua marca deixando de fora o apelo direcionado ao público infantil. Por isso, antes de criar uma promoção especial vale refletir se a estratégia visa atrair a atenção do público infantil ou do público adulto. Se a resposta for a primeira opção, sinal vermelho! Lembre-se sempre que as ações de marketing refletem valores que serão associados à sua marca e o respeito à infância é um deles. Portanto, as crianças não devem ser estimuladas a consumir determinado produto só para terem o direito de “ganhar” um brinde, como é o caso, por exemplo, das estratégias que associam alimentação ao consumo de brinquedos – e que já levaram várias marcas de fast-food e produtos alimentícios a serem julgadas e punidas no Brasil.

 

5. Empresas responsáveis já estão vindo a público para dizer que publicidade infantil é inaceitável

Pesquisas apontam que crianças de até 12 anos de idade não compreendem o caráter persuasivo da publicidade, por estarem em processo de desenvolvimento físico, mental e social. Cientes disso, cada vez mais, empresas líderes de seus mercados, nacionais e internacionais, têm vindo a público para declarar que é inaceitável praticar publicidade infantil. Mais do que seguir uma tendência, essas empresas sabem que têm responsabilidade no que diz respeito à proteção da criança. A publicidade infantil já está se tornando uma “coisa do passado” e essa mudança completa, que incluirá todo o mercado anunciante, é apenas uma questão de tempo. Um mercado publicitário criativo e premiado como o nosso, sabe que é plenamente possível aliar ética e criatividade e é capaz de desenvolver as melhores campanhas, direcionadas somente aos adultos!

 

6. Fim efetivo da publicidade infantil terá impactos positivos na economia

Há um mito de que a proibição da publicidade infantil impactaria negativamente a economia, mas o estudo “Os impactos da proibição da publicidade dirigida às crianças no Brasil”, da The Economist Intelligence Unit, prova o contrário! A pesquisa mostra que a proibição da publicidade infantil, de forma efetiva, traria resultados econômicos positivos de até R$ 76 bilhões de reais. É sempre bom lembrar que a proibição da publicidade infantil não significa o fim da publicidade de nenhum produto ou serviço, nem mesmo os infantis: de brinquedos a automóveis, todos continuam podendo ser anunciados, desde que somente aos adultos. Ou seja, basta apenas que o mercado anunciante se adapte, compensando suas receitas, para que a economia seja mais produtiva e sustentável.

 

7. A  legislação brasileira já proíbe a publicidade infantil 

Existem alguns marcos legais que revelam a ilegalidade da publicidade infantil no Brasil, como o artigo 227 da Constituição Federal estabelece a obrigação compartilhada entre toda a sociedade de assegurar os direitos das crianças com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica. Por fim, considerando todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da prática nos casos julgados.

 

Confira também:

Especial Dia das Crianças

Manifesto Dia das Crianças

O que órgãos públicos podem fazer no Dia das Crianças

O que influenciadores digitais devem fazer no Dia das Crianças

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O que famílias podem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-familias-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:04:53 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23142 É possível ter um Dia das Crianças feliz e livre de exploração comercial infantil

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Mães, pais e responsáveis pelas crianças, que acompanham o desenvolvimento delas, sentem na pele a pressão da publicidade infantil. São eles que escutam os pedidos insistentes das crianças por produtos que foram abusivamente anunciados diretamente para elas na TV, na internet, em games e em vários outros espaços de convivência e meios de comunicação.

 

No Dia das Crianças, essa pressão aumenta consideravelmente e precisamos buscar recursos e maneiras de lidar com esse estímulo consumista. A questão não é presentear ou não a criança, mas garantir que essa decisão venha das famílias, não do mercado. Datas comemorativas não precisam de brinquedos novos para serem boas, como algumas empresas insistem em falar para as crianças. É possível, de fato, ter um Dia das Crianças feliz e livre de exploração comercial infantil. Preparamos aqui algumas dicas para ajudar as famílias nisso. Então, vamos conferir?

 

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1. Crie novas tradições neste Dia das Crianças

Que tal estimular a criatividade para pensar novas formas de brincar com materiais que já temos em casa? Presença ainda é melhor do que presente. Então, crie uma experiência nova que combine com os interesses da criança. Pode ser montar uma pequena horta, construir um castelinho com almofadas ou fazer pinturas e organizar uma exposição de arte. No portal do Lunetas tem uma série de materiais e ideias de brincadeiras e brinquedos que podem ser inventados sem sair de casa.

 

2. Se for comprar um presente, escolha de forma consciente 

Não há nada de errado em presentear a criança em ocasiões especiais, caso essa seja uma escolha consciente dos adultos. Mas é bom lembrar que, em datas comemorativas, muitas empresas anunciantes investem intensamente em formas de despertar desejo e fazer a criança acreditar que a única forma de comemorar é ganhando um brinquedo novo. O aumento do volume de publicidade infantil impulsiona ainda mais pedidos insistentes das crianças e pode levar ao consumo irrefletido. Por isso, independentemente da compra, aproveite o Dia das Crianças para falar para os pequenos o real valor do presente.

 

3. Tente reduzir o consumo de plástico

Aproveite essa oportunidade de consumir de forma consciente para também contribuir para o planeta e para a saúde das crianças. A pesquisa Infância Plastificada mostra que 90% dos brinquedos do mundo são feitos de materiais plásticos. Além disso, o plástico em excesso pode causar problemas de saúde nas crianças. Sem falar que o lixo plástico é o principal causador de contaminação dos oceanos. Portanto, pode ser um bom momento para buscar presentes mais sustentáveis e evitar as inúmeras embalagens que vêm nos presentes. Veja uma gincana de Caça aos Plásticos para fazer em casa com as crianças.

 

4. Encontre natureza em qualquer lugar

Mesmo que não seja possível ir a parque, praia ou outro lugar natural, sabia que em casa pode ter natureza? Existem formas de fazer cultivos de “pequenas naturezas” e atividades naturais dentro de casa. O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, fez um material com sugestões para as famílias para você se inspirar.

 

5. Prepare a pipoca e faça uma sessão cinema

Não tem nada mais gostoso do que fazer um balde grande de pipoca e juntar a família toda no sofá para assistir algo especial juntos! A plataforma Videocamp tem diversos filmes e animações infantis. Vale assistir a alguns com os pequenos e, logo após, estimulá-los a desenhar e contar a história com suas palavras! Acreditamos que filmes têm um papel fundamental na promoção de debates públicos e podem ser excelentes ferramentas de transformação social. Então, aproveite o Dia das Crianças para refletir sobre uma infância livre de consumismo com a nossa playlist no Videocamp. E o melhor: ela está disponível on-line e gratuitamente!

 

6. Cuidado redobrado com a internet no Dia das Crianças e sempre

O mundo digital está cada vez mais na vida de todos nós, inclusive na das crianças. Muitas atividades essenciais para o desenvolvimento delas podem ser facilitadas por plataformas digitais.  Mas isso não significa que todos os espaços da internet estejam preparados para receber crianças e respeitar todos os seus direitos. Por isso, devemos ficar de olho nos perigos que empresas e plataformas digitais podem apresentar ao público infantil. A campanha Twisted Toys mostra exatamente isso por meio de brinquedos tradicionais, como um ursinho de pelúcia que coleta dados pessoais das crianças e os vende para que corporações lucrem com eles.

 

O YouTube, por exemplo, apesar de muito popular entre o público infantil, conta com diversos anúncios publicitários. Esse, aliás, é um dos motivos pelos quais o site é desenhado apenas para maiores de 13 anos.  Além disso, algumas empresas aproveitam da popularidade do YouTube para direcionar publicidade velada a crianças, como nos famosos vídeos unboxing. Identificar esse tipo de anúncio pode ser difícil, mas o Portal Lunetas tem uma lista de canais livres de publicidade infantil. Vale a pena conferir!

 

7. Conheça as consequências da publicidade infantil

A publicidade infantil estimula comportamentos consumistas em crianças, podendo deixá-las constantemente insatisfeitas com o que têm e sempre desejando mais. Além disso, também “ensina” que elas serão mais valorizadas pelo que têm do que pelo que são. Entre as consequências negativas dessa influência estão: distúrbios alimentares, aumento nos índices de obesidade infantil e outras doenças não-transmissíveis (quando falamos da publicidade de produtos alimentícios), reforço a estereótipos de gênero, estresse familiar, impactos ambientais, estímulo à violência, diminuição de brincadeiras livres e criativas, entre tantos outros. Fale sobre isso com outros responsáveis para que estejam conscientes e somem à pressão pelo fim da publicidade infantil.

 

8. Defenda o fim da exploração comercial das crianças por empresas

As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade (o que inclui as empresas) em assegurar os direitos das crianças com absoluta prioridade. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor – CDC define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal.

 

O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil. Mesmo assim, muitas empresas ainda insistem em realizar essa prática abusiva. Em datas comemorativas, como o Dia das Crianças, essa pressão do mercado sob as crianças aumenta e precisamos estar ainda mais atentos. Aliás, você sabia que qualquer cidadão pode fazer uma denúncia de publicidade infantil? Denucie e exija das empresas anunciantes que cumpram as leis e parem de explorar comercialmente as crianças!

 

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Manifesto Dia das Crianças

O que educadores podem fazer no Dia das Crianças

O que empresas devem fazer no Dia das Crianças

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Volta às aulas: dicas para reduzir o consumismo infantil https://criancaeconsumo.org.br/noticias/volta-as-aulas-sem-consumismo/ Tue, 14 Jan 2020 21:58:29 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=22127 Sugestões para evitar endividamentos e compras desnecessárias nessa época do ano.

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Algumas sugestões para evitar endividamentos e compras desnecessárias nessa época do ano.

 

Com a chegada do ano novo escolar, inicia-se também o período de compras de materiais escolares. Nessa época, muitas empresas investem alto em publicidade infantil, principalmente em vídeos do Youtube com publicidade velada, incentivando as crianças a associar a volta às aulas à aquisição de novos produtos. Os principais impactos disso são gastos acima do esperado, superendividamento e estresse familiar.

 

Pensando em reduzir o consumismo infantil nesta volta às aulas, listamos algumas dicas para ajudar pais, mães e responsáveis com o delicado equilíbrio entre as contas e os pedidos das crianças.

 

1. Comprar somente o que for necessário

Materiais escolares adquiridos no ano anterior, muitas vezes, permanecem em bom estado e podem continuar em uso. Separe todos os materiais que a criança já possui e escolha, junto com ela, o que pode continuar em uso e quais itens novos precisam ser adquiridos realmente. Envolver a criança nessa decisão é, também, uma forma de incentivar o consumo consciente.

 

2.  Materiais customizados são únicos e exclusivos

Quando tiverem escolhido quais materiais vão continuar em uso este ano, proponha uma “oficina de customização” com bottons, adesivos divertidos ou canetas permanentes, para que elas possam exercitar a sua criatividade incrementando os itens. Além de ser mais um passatempo divertido durante as férias e uma atividade sustentável, esses materiais, depois de prontos, ficarão diferentes do ano anterior e serão exclusivos.

 

3. O que é combinado não sai caro

No momento de ir às compras de material escolar, se possível, deixe as crianças em casa ou compre os materiais por meio de lojas online. Essas são estratégias simples que poderão evitar pedidos insistentes dos pequenos por itens dispensáveis. Caso não seja possível, antes de sair, converse com a criança para explicar qual será o limite do gasto e faça uma lista de o que ela poderá escolher. Isso pode ajudar a reduzir os pedidos por impulso. Mas, caso haja insistência por algo, é importante saber explicar que aquele item não cabe no orçamento e que não poderá ser comprado, visto o que já foi combinado antes.

 

4. Personagens custam (muito!) caro

Por meio da publicidade infantil, as empresas estimulam as crianças a acreditarem que é importante adquirir materiais novos e que estes precisam ser de determinado modelo, marca e, muito frequentemente, com personagens da moda. Porém, a escolha desses produtos tem impacto direto no bolso das famílias, já que a presença de personagens e logotipos licenciados encarece os materiais, em média, seis vezes. Por isso, é importante o combinado sobre o que realmente precisa ser comprado, qual o limite de gasto e quais itens a criança poderá escolher.

 

5. Feiras de trocas promovem sustentabilidade

Vale incentivar a escola a promover feiras de troca de livros e uniformes, passando os itens das crianças mais velhas para as mais novas, assim como acontece nas feiras de trocas de brinquedos. Além da economia financeira, essa atitude contribui para sustentabilidade e incentiva as crianças a cuidarem mais dos materiais que poderão ser reutilizados por um colega no ano seguinte. Caso não seja possível realizar essa ideia no espaço da escola, converse com os outros pais, mães e responsáveis para organizar em outro local. E lembre-se de envolver a participação das crianças, aproveitando a oportunidade para conversar sobre sustentabilidade.

 

6. Publicidade na escola não é legal

Atualmente, algumas empresas têm escolhido a escola como um lugar para promover, de forma velada, de seus produtos ou serviços diretamente ao público infantil. As crianças, por conta da fase peculiar de desenvolvimento que vivenciam, não percebem o caráter persuasivo dessas ações e as confundem com atividades pedagógicas, esportivas ou culturais. Caso a escola do seu filho ou filha receba ações publicitárias de empresas, converse com a direção, explique que a publicidade dirigida ao público infantil é abusiva e ilegal e solicite que o ambiente escolar seja livre de qualquer comunicação mercadológica. Conheça alguns casos de publicidade em escolas que o Criança e Consumo vêm acompanhando.

 

7. Mais brincadeiras e menos telas nas férias 

Esse é o período do ano em que as crianças ficam mais expostas à publicidade infantil de materiais escolares na TV, conforme mostrou o Monitoramento de Publicidade Infantil na TV Paga, realizado pelo Criança e Consumo. Já na internet, as crianças são impactadas com publicidade infantil velada, em canais de youtubers mirins, com os chamados “unboxing” de produtos, que trazem mensagens mercadológicas difíceis de serem distinguidas do conteúdo de entretenimento. Para minimizar os impactos desses apelos consumistas, que tal aproveitar o mês de férias para sugerir brincadeiras ao ar livre que não envolvem telas, como brincar com os vizinhos na área comum do prédio ou andar de bicicleta? Essas atividades ainda vão render ótimas lembranças para serem contadas aos colegas na volta às aulas.

 

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Dicas para diminuir o consumismo infantil no Natal https://criancaeconsumo.org.br/noticias/dicas-diminuir-consumismo-infantil-natal/ Thu, 12 Dec 2019 21:09:30 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=22034 9 sugestões de como celebrar o final de ano com menos presente e mais presença e experiências

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Veja 9 sugestões de como celebrar o final de ano com menos presente e mais presença e experiências

 

O Natal é uma data que propicia muitas reflexões, entre elas, os hábitos de consumo da sociedade. Essa é uma das épocas do ano em que há um aumento no estímulo para a compra e, consequentemente, na quantidade de publicidade infantil. Sendo as crianças um dos principais alvos das estratégias de comunicação mercadológica das empresas nesse período, é importante que as famílias estejam atentas às alternativas para evitar o consumo por impulso.

 

1. Crie e mantenha tradições especiais 

Que tal propor às crianças atividades de Natal que não envolvam consumo? Uma ideia é convidar os pequenos para atividades criativas em casa como ajudar na decoração, na montagem da árvore de Natal, reutilizando materiais para criar novos enfeites, e, até mesmo, no preparo de receitas simples, como um bolo natalino. Também vale contar histórias de Natal e reunir a família para brincadeiras ou conversas. Criar e manter tradições especiais ajuda a marcar essa data pelo afeto e pelas conexões familiares, e não apenas pelo consumo.

 

2. Natal com mais brincadeiras

A época de Natal, por ser nas férias escolares, também é o momento em que as crianças estão mais tempo em casa. Por isso, que tal aproveitar os dias de verão e propor atividades e passeios ao ar livre? Vale desde um banho de mangueira no quintal até uma ida ao parque, um mergulho no mar ou mesmo uma volta em alguma área verde do bairro. Com o GPS da Natureza, é possível encontrar locais para ir e atividades em função do tempo, do clima e da localização.

 

3. Incentive a ressignificação dos brinquedos

Pais, mães e responsáveis podem conversar com as crianças e explicar que Natal não precisa ser associado à compra de novos brinquedos. É interessante incentivar os pequenos a refletir sobre os brinquedos que já têm, estimulando-os a doar ou trocar aqueles que não estão mais em uso. Explique a eles como é o processo de produção dos brinquedos, o que acontece quando são descartados e os impactos desses resíduos no meio ambiente, em especial quando são feitos de plástico. Essa é também uma boa oportunidade para organizar ou participar de uma Feira de Trocas de Brinquedos.

 

4. Promova encontros com outras crianças 

Natal é momento de encontro. E nada melhor para uma criança do que brincar com outras! Promova encontros entre as crianças da família ou da vizinhança, buscando explorar sua criatividade, espírito esportivo e senso de exploração. Também vale incentivar que elas conheçam mais a própria comunidade, ruas e praças do bairro, sob supervisão de um adulto, dando início a várias descobertas!

 

5. Faça combinados

Quando for fazer compras, caso seja necessário levar a criança, combine com ela como será o passeio e qual o objetivo antes de sair de casa. Isso pode ajudar muito a reduzir os pedidos por impulso. Se a ida ao shopping é apenas para comprar um presente para alguém, é importante que isso seja dito para a criança com antecedência. Nas compras do supermercado é possível combinar, por exemplo, quantos e quais itens ela poderá escolher para comprar. E assim por diante. E lembre-se: também é importante dar o exemplo e não exagerar nas compras.

 

6. Proponha atividades sem telas 

Que tal sugerir outras brincadeiras aos pequenos, ao invés de assistir TV ou navegar na internet? Isso pode auxiliar na redução do contato com publicidade infantil. Nos canais infantis da TV paga há um aumento significativo na quantidade de anúncios direcionados para crianças com a aproximação de datas festivas. Na internet, as empresas direcionam publicidade velada para crianças em aplicativos, sites, jogos e canais de youtubers mirins (através da prática de unboxing, por exemplo).

 

7. Presente legal é presente sem publicidade infantil 

Na hora de escolher um presente para uma criança, dê preferência a marcas que não anunciam seus produtos para o público infantil. Além de antiética e injusta, essa é uma prática ilegal, já que o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 37, prevê como abusiva a publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e de experiência da criança. Ou seja, publicidade infantil é ilegal, mas a publicidade dirigida ao público adulto, não.

 

8. Contribua para o fim da publicidade infantil

Encontrou publicidade infantil? Saiba que é possível fazer denúncias aos órgãos de Defesa do Consumidor ou ao Criança e Consumo e cobrar das empresas o cumprimento da legislação. Direcionar publicidade às crianças é prática abusiva e, portanto ilegal, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Confira, aqui, informações e características para você entender, em menos de um minuto, como identificar publicidade infantil.

 

9. Conheça os impactos da publicidade infantil 

Para os pais que buscam entender melhor como o estímulo ao consumismo na infância, impulsionado pela publicidade infantil, impacta as crianças, vale assistir ao filme “Criança, a alma do negócio”, de Estela Renner. O documentário é um convite para que os adultos reflitam sobre como colaborar para reduzir o consumo exagerado. O filme está disponível no Videocamp para exibições públicas e gratuitas.

 

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