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foto de uma criança brincando em uma grande balde como se fosse uma piscina, em seu quintal, como foto de apoio ao texto sobre natureza nas férias

Menos consumo e mais natureza nas férias para as crianças!

foto de uma criança brincando em uma grande balde como se fosse uma piscina, em seu quintal, como foto de apoio ao texto sobre natureza nas férias

Menos consumo e mais natureza nas férias para as crianças!

Com as férias escolares chegando, que tal propor mais brincadeiras na natureza e, ao mesmo tempo, menos consumo? A pesquisa “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia” mostra que famílias já buscam isso! Idealizada pelo programa Criança e Natureza, em parceria com a Fundação Bernard van Leer assim como o WWF-Brasil, a pesquisa entrevistou 1.000 famílias em todo o Brasil. Foi constatado que 75% dos núcleos familiares querem, de fato, oferecer mais momentos na natureza para as crianças. Mães, pais e responsáveis disseram, por exemplo, que os pequenos pedem menos por eletrônicos quando estão ao ar livre (86%). Ou seja, dar natureza nas férias (e no ano inteiro) para as crianças só traz benefícios!

 

Nos últimos 2 anos, com a pandemia de Covid-19, as crianças ficaram mais fisicamente confinadas e digitalmente conectadas. Com isso, estiveram ainda mais suscetíveis a serem impactadas por mensagens comerciais de empresas que seguem praticando – ilegalmente – publicidade infantil. Essas ações publicitárias têm o intuito de convencer as crianças a desejarem e pedirem itens à família. Para ajudar na missão de promover férias com mais natureza e menos consumo, os programas Criança e Consumo, Criança e Natureza e o Portal Lunetas, do Instituto Alana, prepararam sugestões de atividades:

 

1. Abuse da imaginação para dar natureza nas férias!

Que tal pensar em atividades que não incentivam o consumismo? Você pode separar alguns itens que têm dentro de casa e deixar as crianças brincarem livremente, deixando a imaginação fluir! Um lençol pode se transformar em uma capa de herói ou até um graveto pode ser uma varinha mágica. O importante, principalmente, é mostrar que as crianças não precisam de muitos brinquedos novos, geralmente de plástico, para se divertir. Aliás, o Criança e Consumo disponibiliza a pesquisa Infância Plastificada. O estudo mostra que o excesso de brinquedos plásticos pode trazer consequências graves para a saúde das crianças e para o meio ambiente. E, ao mesmo tempo, os materiais naturais favorecem o desenvolvimento infantil. Aproveite também que o Portal Lunetas traz diversas dicas sobre brincadeiras sem plástico.

 

2. Menos shopping e mais parques

Durante as férias, as crianças querem sair para se divertir e, às vezes, a opção das famílias acaba sendo ir a grandes centros comerciais, como shoppings. Isso acontece principalmente nas cidades grandes. Esse tipo de passeio, além de trazer custos, expõe os pequenos a um ambiente que estimula o desejo de compra. Ainda, as crianças podem acabar associando, desde cedo, o lazer ao consumo. Uma alternativa mais bacana é programar passeios ao ar livre: em parques, jardins, praias, praças ou espaços onde as crianças possam brincar livremente, sem a necessidade de consumir. Que tal aproveitar o calor para fazer um piquenique com comidas saudáveis?

 

3. Trocar é bem mais divertido que comprar!

Aproveite as férias para separar o excesso de brinquedos, roupas, e outros itens, junto com os pequenos e as pequenas. Ao fazer isso, estimule a reflexão sobre o excesso de objetos e se tudo isso é mesmo necessário. Em seguida, os itens separados podem ser trocados com os de outras crianças próximas! Proponha, ainda, um encontro com as crianças da família ou os amiguinhos mais próximos – tomando os devidos cuidados por conta da pandemia – para trocar o que foi separado. Os “novos”  itens certamente serão ressignificados, ganhando uma nova chance de uso. Essa pode ser, também, uma boa oportunidade para ensinar às crianças sobre sustentabilidade e consumo consciente. Outra dica é doar alguns desses brinquedos e roupas e, dessa forma, compartilhar o que não é mais usado.

 

4. Passeie com as crianças pelo bairro

No período de férias, que tal encontrar novas formas de sair de casa? Uma ideia é propor atividades que estimulem interação com a natureza, como passear por praças e parques do próprio bairro. Além disso, incentivar os pequenos a encontrar diferentes flores, galhos, plantas, pedras e sementes pode ser uma brincadeira divertida. Ainda vale pedir para irem recolhendo esses elementos da natureza para utilizá-los em desenhos, pinturas e até esculturas depois. O meio ambiente é, de fato, um espaço cheio de oportunidades para os pequenos se divertirem e liberarem a imaginação!

 

5. Conheça e cultive TiNis!  

Ajude as crianças a desenvolverem autonomia e paciência ao cultivarem mudinhas de plantas em espaços pequenos, chamadas de TiNis. Para criar uma, surpreendentemente, só é necessário um vaso! A proposta é que os pequenos plantem sementes diversas e aprendam mais sobre espécies, germinação, ciclo das plantas e cuidado. Dessa maneira, também é possível desfrutar de atividades sociais, como passar mais tempo com parentes e trocar informações sobre as plantas. Assim, as crianças aind apodem conhecer mais sobre a fauna, criar abrigo para insetos ou usar a criatividade na decoração de suas TiNis. Para ajudar, o Criança e Natureza disponibiliza gratuitamente TiNis -Terra das Crianças e o Guia para pequenos criadores de TiNis.

 

6. Descubra novos lugares verdes de natureza nas férias

Crianças têm um espírito explorador e vibram ao interagir com outros seres vivos. Que tal, então, aproveitar para conhecer novos espaços de natureza nas férias? Pode ser uma praça, um parque ou uma Unidade de Conservação, que são áreas naturais protegidas. O Criança e Natureza, em parceria com o WWF-Brasil, listou espaços próximos a capitais com boa estrutura de visitação. Essas podem ser ocasiões para contar às crianças sobre a necessidade de preservar a natureza e explicar sobretudo os impactos que sua destruição pode causar ao planeta. O Portal Lunetas preparou um especial sobre emergência climática e videomanifesto que trazem muita informação e argumentos para esse diálogo.

 

7. Leve os pequenos para acampar!

Este ano, vamos pensar em proporcionar experiências diferentes e, acima de tudo, mais verdes e menos poluentes? Acampar em família pode ser uma ótima opção para se divertir ao ar livre. E nem é preciso sair de casa: você pode montar uma barraca no quintal, por exemplo. Ou, caso for possível, ir a Parques Nacionais e outros lugares apropriados para acampamentos. Com isso, mães, pais, filhos e filhas podem dormir sob as estrelas, conversar no escuro da barraca e conhecer alternativas para brincar e aprender com materiais naturais (madeira, tecido, sementes, terra, etc.). Para ajudar os responsáveis, o programa Criança e Natureza disponibiliza o guia “Acampando com crianças”.

 

8. Adultos, fiquem de olho nas telas

Segundo monitoramento realizado pelo Criança e Consumo, canais infantis de TV por assinatura já chegaram, em média, a exibir uma publicidade infantil a cada três minutos. As redes sociais também merecem atenção: muitas empresas se aproveitam da popularidade de canais de youtubers mirins ou adultos, por exemplo, para promover conteúdos para as crianças. Uma pesquisa da Common Sense mostra que 95% dos vídeos para crianças de até 8 anos no YouTube contém publicidade. Uma forma disso acontecer são os vídeos de unboxing, onde influencers desembrulham e exibem “presentes”, estimulando o desejo de consumo. Aliás, a publicidade infantil já é proibida pela legislação nacional! Caso você encontre alguma, pode fazer a sua parte para proteger os direitos das crianças, denuncie!

 

Adultos podem e devem conversar com os pequenos, explicando que mensagens comerciais são apenas estratégias das marcas para aumentar suas vendas. Entretanto, as empresas anunciantes e plataformas digitais também devem fazer a sua parte e parar, de vez, com o direcionamento de publicidade a crianças!

Publicado em: 7 de janeiro de 2022

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