O fim efetivo da exploração comercial infantil é questão de tempo e queremos que mais e mais empresas estejam à frente dessa mudança!

Grande parte das organizações já estão compreendendo que uma lógica produtiva pode e deve ser também sustentável e saudável. Isso inclui, de maneira transversal, a proteção integral das infâncias. Crianças são seres que vivenciam um peculiar estágio de desenvolvimento e, por isso, são hipervulneráveis. O Criança e Consumo, desde o início, também atua pelo diálogo com empresas estimulando mudanças positivas em toda a sociedade.

Afinal, um mundo mais justo e seguro para crianças é um mundo mais justo e seguro para todas as pessoas. Para garantir isso, empresas, plataformas digitais e mercado publicitário devem se engajar pelo fim da publicidade infantil. E, claro, cumprir a lei.

Sim, a publicidade infantil é abusiva e, portanto, ilegal, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro. Além disso, a prática também é considerada injusta e antiética, por trazer consequências negativas para crianças, famílias e toda sociedade.

Cada vez mais, marcas líderes de seus setores estão se comprometendo publicamente e deixando de direcionar publicidade para crianças. Há exemplos na indústria de produtos alimentícios, de bebidas, de material escolar, entre outros.

Ao mesmo tempo, os novos formatos digitais dão o tom do desafio nos tempos atuais. Por isso, é preciso garantir que as crianças estejam a salvo de exploração comercial também na internet. Esse compromisso precisa ser assumido também pelas plataformas on-line.

Proteger a criança é estar na vanguarda

A iniciativa privada é, certamente, capaz de impulsionar grandes e necessárias transformações sociais. E sabemos que o efetivo fim da publicidade infantil é apenas uma questão de tempo. Assim como a sociedade já não aceita mais mensagens publicitárias sexistas, racistas ou homofóbicas, logo o direcionamento de publicidade a crianças também será visto como algo vergonhoso.

Hoje, as práticas publicitárias que se aproveitam da falta de experiência das crianças já causam mais indignação do que antes. Mas, em um futuro próximo, elas serão totalmente inaceitáveis.

Dessa forma, empresas já comprometidas com a proteção infantil só têm a ganhar assumindo uma postura visionária perante a sociedade. O mesmo vale para agências de publicidade, plataformas e influenciadores digitais. Afinal, o mercado publicitário sempre esteve atento às mudanças culturais e tecnológicas da sociedade e sempre soube se adaptar de forma criativa a essas transformações.

Todo mundo só tem a ganhar quando há diálogos com empresas pela segurança infantil

Diferente do que possa parecer, proteger as crianças também traz impactos positivos na economia. É o que comprova “Os impactos da proibição da publicidade dirigida às crianças no Brasil”, da The Economist Intelligence Unit. Segundo a pesquisa, o fim efetivo da publicidade infantil traria resultados econômicos positivos de até R$ 76 bilhões para todos. Ou seja, acabar de vez com a publicidade infantil também é um ótimo negócio.

Afinal, publicidade não é coisa de criança!

Vale lembrar que publicidade infantil não é necessariamente publicidade de produtos infantis ou publicidade com representação e presença de crianças. Isto é, sua proibição não afeta outras formas legais de comunicação mercadológica. Produtos e serviços para crianças podem continuar sendo anunciados, desde que tais mensagens comerciais sejam direcionadas apenas para os adultos. Da mesma forma, crianças podem ser representadas em anúncios publicitários, contanto que as determinações legais relativas ao trabalho infantil artístico sejam respeitadas.

Nunca é demais lembrar: proteger a criança é prioridade absoluta

De acordo com Artigo 227 da Constituição Federal Brasileira, assegurar os direitos da criança é dever compartilhado entre família, Estado e sociedade. Nesse sentido, é fundamental que a iniciativa privada, como parte da sociedade, também faça a sua parte. E isso significa respeitar as legislações vigentes no país e garantir infâncias livres da pressão consumista causada pela publicidade infantil.

Diversas empresas que ainda insistem na prática abusiva e retrógrada de direcionar comunicação mercadológica a crianças vêm sendo condenadas pela justiça por campanhas que têm crianças como público-alvo. Mas nem toda transformação depende de decisões judiciais!

Conheça bons exemplos de iniciativas das próprias empresas

O posicionamento perante toda sociedade contra a publicidade infantil é a melhor forma de uma empresa cumprir seu papel na proteção dos direitos das crianças, respeitando a legislação. Confira quem já assumiu publicamente o compromisso contra a publicidade infantil, proposto pelo programa Criança e Consumo, e que já vem estimulando outras organizações a também se posicionarem pela defesa das crianças:

A Mercur não apenas assinou um compromisso público pelo fim do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança, como também lançou um Guia com diretrizes de como a empresa se relaciona com as crianças em diferentes aspectos.

A marca de sorvetes premium Ben & Jerry’s se comprometeu publicamente com o fim do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica ao público infantil. O termo representa o posicionamento de liderança no setor de sorvetes, produtos consumidos frequentemente por crianças.

Conhece outras empresas que já se posicionam de forma a defender os direitos das crianças? Conte para nós!