A publicidade infantil de produtos alimentícios prejudica a formação de hábitos alimentares saudáveis de crianças em nome de interesses comerciais
Ao mesmo tempo em que estão construindo seus hábitos alimentares, as crianças também acabam ficando expostas a uma grande quantidade de publicidade infantil de produtos alimentícios. Essa prática, apesar de ilegal, ainda acontece nos mais variados meios de comunicação e espaços de convivência dos pequenos e das pequenas. Assim, crianças são, desde cedo, estimuladas ao desejo de consumir determinados alimentos e bebidas mais pelo seu apelo comercial do que pelas suas qualidades nutricionais ou mesmo de sabor.
Além dos tradicionais anúncios de TV, existem, hoje, várias outras formas de anunciar produtos alimentícios para crianças. Todas elas abusivas e ilegais. Alguns exemplos mais comuns são: embalagens de produtos alimentícios com personagens licenciados, combos de lanches de fast food com brinquedos e promoções com brindes colecionáveis. No ambiente digital, temos formatos ainda mais velados de publicidade infantil de produtos alimentícios, como conteúdos de influenciadores mirins e publicidade infantil segmentada.
Alguns casos emblemáticos de empresas condenadas por anunciar produtos alimentícios para crianças:
É hora de justiça: Bauducco é condenada pelo STJ por campanha “É Hora de Shrek”
STJ reafirma que publicidade infantil é ilegal: Caso “Mascotes Sadia”
Vigor recebe multa milionária por publicidade infantil da linha Vigor Grego Kids
Denuncie!
Qualquer pessoa pode denunciar publicidade infantil, e isso é um instrumento muito importante. Afinal, como determina o art. 227 da Constituição Federal, devemos proteger nossas crianças em uma responsabilidade compartilhada. Isto é, empresas, sociedade e Estado devem fazer seu papel, em um conjunto de esforços, pela defesa da infância!