Arquivos dia das crianças - Criança e Consumo https://criancaeconsumo.org.br/tag/dia-das-criancas/ Instituto Mon, 17 Oct 2022 17:52:32 +0000 pt-BR hourly 1 5 vezes que o Criança e Consumo incentivou um brincar livre de consumismo https://criancaeconsumo.org.br/noticias/5-incentivo-brincar-livre-de-consumismo/ Fri, 28 May 2021 22:29:11 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=27632 Confira 6 vezes que, nesses 15 anos de história, incentivamos e propusemos reflexões sobre a brincadeira e o consumo.

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Ainda hoje, não é difícil encontrar ações publicitárias direcionadas às crianças incentivando valores extremamente consumistas. De fato, uma parte do mercado insiste nessa prática abusiva, antiética e ilegal de direcionar comunicação mercadológica ao publico infantil. As crianças, como seres hipervulneráveis que são, podem internalizar esses valores e acreditar que, para se divertir, é preciso comprar. Por isso, há 15 anos, o Criança e Consumo promove ações mostrando que o brincar livre de consumismo é possível.

 

Confira 5 vezes que, ao longo da nossa história, incentivamos e propusemos reflexões sobre brincadeiras sem nenhum consumo excessivo:

 

1 – Quando, todo ano, lembramos: O Dia é das Crianças, não do mercado!

Com a proximidade de datas comemorativas, o mercado anunciante tende a aumentar a quantidade de estímulos ao consumo. Sem dúvida, a publicidade infantil entra nesta conta. Entretanto, sempre defendemos que datas como o Dia das Crianças não precisam (e nem devem) ser sinônimos de consumismo. Em 2007, Lais Fontenelle, então psicóloga do programa, escreveu um artigo para a Folha de S.Paulo sobre essa reflexão. Nele, Fontenelle questionou as motivações consumistas que rondam o Dia das Crianças.

 

“Paremos para refletir. Olhemos para a infância que nos circunda e rememoremos nossa experiência infantil” escreveu Fontenelle. “Assim, talvez possamos subverter a ordem estabelecida do consumismo desenfreado e encontrar uma forma mais sincera de homenagearmos nossas crianças.”

 

Desde então, todos os anos, oferecemos para famílias dicas de como celebrar datas comemorativas sem consumismo. No ano passado, 2020, fomos além e criamos um Especial Dia das Crianças. Nele, há conteúdos para ampliar o debate não apenas com famílias, como também com educadores, anunciantes, órgãos públicos e influenciadores. Afinal, proteger as crianças da exploração comercial é um dever de todos!

 

2 – Quando defendemos que Crianças também merecem brincar livre de consumismo na internet

Desde que o Criança e Consumo começou, 15 anos atrás, muita coisa mudou. Hoje em dia, as crianças já constituem ⅓ do público da internet (UNICEF, 2017). Porém, o ambiente digital impõe desafios específicos para a proteção dos direitos infantis. Crianças têm o direito de estarem protegidas na internet e não da internet.

 

Mesmo assim, não é de hoje que nos preocupamos com a segurança digital infantil. Desde o início da nossa atuação, denunciamos jogos e experiências on-line que exploram crianças comercialmente. Em 2007, uma de nossas primeiras denúncias foi, justamente, de games infantis. Level Up, NeoPets, SpaceKids e Habbo Hotel eram sites para crianças, mas as exploravam comercialmente, além de apresentarem conteúdos impróprios. Um caso mais recente foi a denúncia da Mattel ao Ministério Público de São Paulo por “Você Youtuber Monster High”. Na campanha, a empresa de brinquedos contratou uma youtuber mirim para incitar desejo de consumo nos pequenos. Mas a empresa não saiu impune! Em 2020, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a Mattel ao pagamento de dano moral coletivo. Ainda, a empresa foi proibida de utilizar canais no YouTube protagonizados por crianças para praticar publicidade infantil.

 

Além de ações de litígio, também defendemos o brincar livre de consumismo na internet por outras iniciativas. Por exemplo, participamos da construção do Comentário Geral N.25 sobre os direitos das crianças no ambiente digital. As contribuições apresentadas pelo Criança e Consumo levantaram o debate da segurança digital infantil frente à exploração comercial. Lançado recentemente, o documento do Comitê dos Direitos da Criança da ONU reforça que direitos infantis se aplicam à internet. Em outras palavras, crianças têm, sim, o direito de acessar as oportunidades que o mundo digital traz. Inclusive, os pequenos devem poder se divertir on-line de maneira segura e livre de publicidade.

 

3 – Quando dissemos para o mundo que a criança não pode ser a alma do negócio

Sem dúvida, filmes são uma ótima forma de estimular reflexões, debates e conversas importantes. Por isso, em 2008, lançamos o documentário “Criança, a Alma do Negócio”, mostrando os impactos da publicidade infantil na criação de valores consumistas nas crianças.

 

Desde então, o filme vem fomentando debates no Brasil e no mundo, contribuindo até para mudanças de condutas corporativas. Atualmente, o documentário está disponível na plataforma Videocamp, assim como outros filmes importantes para a história do Criança e Consumo.

 

4 – Quando promovemos as Feiras de Trocas de Brinquedos

Em 2011, organizamos uma reunião, em uma praça de São Paulo, com 20 crianças para que trocassem seus brinquedos. Logo após, esse pequeno evento feito em parceria com o Movimento Boa Praça cresceu e se espalhou pelo Brasil inteiro. A Feira de Trocas de Brinquedos é uma forma divertida de garantir um brincar livre de consumismo. E de lembrar que, para ter brinquedos novos, não é preciso comprar! Além disso, as feiras são momentos para ressignificar os brinquedos. Esses encontros são, de fato, uma alternativa sustentável de lazer que promove colaboração, socialização e criatividade entre as crianças.

 

Entretanto, neste momento de pandemia de COVID-19, o isolamento físico ainda se faz necessário. A promoção de feiras de trocas, infelizmente, não tem sido uma realidade. Contudo, vale conhecer a iniciativa e os valores que ela promove. Assim que voltar a ser possível, esses encontros especiais acontecerão novamente em todo o país!

 

5 – Quando defendemos que brinquedos não precisam de plástico!

Se olharmos para as prateleiras das lojas e para os anúncios de brinquedos direcionados às crianças, percebemos que a grande maioria é feita de plástico. Aliás, nossa pesquisa Infância Plastificada aponta que 90% dos brinquedos são desse material. Mas a realidade não precisaria, nem deveria, ser assim. A brincadeira, sem dúvida, não se encontra apenas nas lojas. Em 2020, lançamos o informativo “A brincadeira e o brinquedo precisam de plástico?”, em parceria com os programas Criança e Natureza e Território do Brincar, também do Instituto Alana. O informativo apresenta alternativas de brinquedos com materiais que, sobretudo, estão disponíveis na natureza ou até mesmo dentro das casas.

 

 

Desde seu início, o Criança e Consumo reconhece a importância do brincar livre de consumismo. Nesses 15 anos, promovemos iniciativas buscando driblar os estímulos do mercado e desvincular a diversão da aquisição de novos produtos.

 

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Manifesto Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/manifesto-dia-das-criancas/ Fri, 25 Sep 2020 14:57:36 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23164 O ser é mais valioso do que o ter

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O Dia das Crianças não nasceu consumista. Não foi e nem deveria ser pautado pelas promoções e grandes lançamentos de produtos infantis. Até porque, bem sabemos que o melhor interesse da criança não está em prateleiras de brinquedos, nem em vídeos de unboxing em plataformas digitais ou em anúncios disfarçados de recompensas e desafios nos jogos on-line. Muitas empresas exploram comercialmente as crianças o ano inteiro, mas a situação se agrava quando chegam as datas comemorativas.

 

A verdade é que o Dia das Crianças foi deturpado. Talvez possa se dizer até corrompido em função dos interesses do mercado. A efeméride, inicialmente idealizada em 1924, “como dia da festa da criança”, ganhou significado em 1940, por um decreto presidencial que dizia: “Constituirá objetivo principal dessa comemoração avivar na opinião pública a consciência da necessidade de ser dada a mais vigilante e extensa proteção à maternidade, à infância e à adolescência”. Bonito, né?

 

Proteger. Foi com esta palavra que o Dia das Crianças ficou marcado, mas, infelizmente, essa inspiração inicial acabou sendo deixada de lado. Com uma campanha publicitária para a “Semana do Bebê Robusto”, em meados dos anos 1950, da proteção fomos para a comercialização. Da consciência de sua vulnerabilidade, a criança virou tendência e oportunidade. Um público-alvo rentável para o mercado. Foi assim, que o dia 12 de outubro começou a ganhar forma e espaço no calendário comercial.

 

Atualmente, a data é uma das mais importantes para as vendas de diversos setores, em especial o de brinquedos. Estimular a economia faz parte da sociedade na qual vivemos hoje, porém, está cada vez mais evidente que isso não pode continuar sendo  feito às custas de estratégias injustas de marketing dirigidas a crianças, o que chamamos de publicidade infantil. Até 12 anos de idade, crianças vivenciam uma fase peculiar de desenvolvimento e são, portanto, hipervulneráveis aos estímulos comerciais altamente persuasivos.

 

Com a migração expressiva dessa prática para o mundo virtual, estratégias como “recebidinhos”, unboxing, ou simplesmente vídeos divertidos de influenciadores brincando com um produto, estimulam a criança ao desejo de consumo de produtos e marcas. Cientes disso, várias empresas praticam  publicidade infantil no ambiente digital de forma cada vez mais velada, tornando difícil até mesmo para um adulto identificá-la em meio ao conteúdo de entretenimento. Isso quando as empresas não promovem ações comerciais em outros espaços de convivência, como escolas, onde a criança sequer está acompanhada de seus responsáveis! São muitas as táticas injustas e ilegais usadas para atingir a criança com conteúdo persuasivo. E, quando a família menos espera, o efeito de todo esse investimento do mercado anunciante aparece: de repente, a criança está pedindo, insistentemente, por produtos e marcas a seus responsáveis.

 

No entanto, para muita gente, o Dia das Crianças continua sendo uma data de celebração da infância e dessa fase da vida tão importante, potente e inspiradora. A responsabilidade para com a proteção dos direitos da criança com prioridade absoluta e ao seu  desenvolvimento integral, com ética e respeito cabe, de forma compartilhada, à família, ao Estado e à sociedade, incluindo as empresas. Por isso, nesse Dia das Crianças, o Criança e Consumo convida a todas e todos para se juntarem a este movimento em prol de infâncias livres do consumismo e dos impactos da publicidade infantil, para que todas as crianças e suas famílias saibam que o ser é mais valioso do que o ter.

 

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Confira nossas dicas para um Dia das Crianças livre de consumismo:

Especial Dia das Crianças

O que famílias podem fazer

O que educadores podem fazer

O que empresas devem fazer

O que órgãos públicos podem fazer

O que influenciadores digitais devem fazer

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O que educadores podem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-educadores-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:52:58 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23160 Confira algumas dicas para que profissionais da educação possam fazer parte deste movimento livre do consumismo

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Educadoras e educadores têm um papel fundamental no direito ao desenvolvimento e educação integral da criança. A pandemia está aí para transparecer isso, mais do nunca, para toda a sociedade. E isso significa promover a aprendizagem de valores como a dignidade, a justiça, o respeito e a valorização das diferenças, a sustentabilidade entre tantos outros que as crianças vão levar para o resto da vida.

 

O Dia das Crianças é uma excelente oportunidade para refletir sobre o consumismo e os impactos da publicidade infantil e a Escola tem um papel relevante na educação de crianças e adolescentes autônomos, responsáveis, críticos e saudáveis. Por isso, trazemos algumas dicas para que profissionais da educação possam transformar suas aulas em espaços de cultivo de valores mais humanos, menos consumistas e fazer parte deste importante movimento.

 

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1. Converse sobre consumismo e datas comemorativas

Sempre que possível, reflita com as crianças sobre o real significado de datas comemorativas. O Dia das Crianças pode ser um bom mote! Comece perguntando às crianças porque elas acham que é necessário comemorar o Dia das Crianças. Reúna todas as ideias em um mesmo espaço. Depois, você pode contar para elas a história do Dia no Brasil. Para saber mais, acesse este conteúdo. Converse com elas como as datas comemorativas são estratégias utilizadas por empresas para alavancar suas vendas. Escute outros exemplos que as crianças conheçam de datas comemorativas que tenham origens parecidas. Estimule uma pesquisa em sites ou mesmo conversando com familiares. Posteriormente, .reflita com elas sobre outras significados e sentidos que uma data como o Dia das Crianças pode receber. E quais outras formas de comemoração podem ser criadas por elas em substituição de compra de presentes. Se a turma mesmo assim achar que presentes são necessários, pondere presentes como afeto e presença.

 

2. Promova investigações e brincadeiras que ajudem a criança identificar a origem e destino daquilo que ela consome

Você conhece a origem dos objetos que utilizamos no dia-a-dia? E quando não precisamos mais usá-los? Para onde eles vão? Por toda a educação básica, é importante que as crianças pesquisem e aprendam com a origem dos objetos. Áreas do conhecimento como ciências, matemática, linguagens e artes podem ser acionadas com uma investigação em livros, internet ou ainda conversando com familiares e profissionais de diferentes áreas. Além disso, uma pesquisa em comum leva as crianças a colaborar. Importante habilidade a ser desenvolvida. Uma ideia legal é fazer um exercício simples de perguntar para as crianças sobre a origem e destino de bens de consumo como brinquedos comprados nesta data. Peça para que as crianças pesquisem em grupos e depois apresentem aos colegas o que descobriram. Você sabia que 90% dos brinquedos produzidos mundialmente são feitos com algum tipo de plástico? E a publicidade infantil de brinquedos plásticos estimula o consumo excessivo desses produtos, podendo gerar consequências graves para a saúde das crianças e o meio ambiente. Saiba mais sobre isso na pesquisa Infância Plastificada. Para estimular a reflexão das crianças sobre esse tema, veja aqui algumas brincadeiras para reduzir o consumo de plásticos e convide as crianças a brincar de uma divertida Caça aos Plásticos (uma versão adaptada de “Caça ao Tesouro”).

 

3. Incentive crianças e famílias a brincar mais

Você já sabe que o brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil. E sabe também que ele é uma linguagem em que a criança expressa toda sua potência criativa e na solução de problemas, né?! Mas sabia que a criança depende muito pouco de um brinquedo para isso? Estimule brincadeiras que utilizem somente a criatividade, a imaginação e materiais não estruturados e ou reutilizados – como materiais que as crianças têm acesso em casa ou elementos simples da natureza! No portal do Lunetas tem uma de ideias de brincadeiras e brinquedos que podem ser criados ou inventados. Ah, e lembre-se: qual o destino dos objetos que consumimos? Que tal essa pergunta servir de fantasia e imaginação para as crianças?

 

4. Ajude as crianças a encontrarem a natureza dentro de casa!

O momento de pandemia pode estar privando muitas crianças de vivências ao ar livre, como parques e praias. A escola para muitas delas também era um importante espaço para aprendizagens onde o corpo todo estava em jogo. Mas sabia que em casa também pode ter natureza? Explique isso aos pequenos, estimule o olhar curioso deles e mostre que existem formas de fazer cultivos de “pequenas naturezas” e atividades naturais dentro de casa. O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, reuniu nesta página recursos, materiais e artigos que podem ajudar educadores e educadoras a atravessarem a situação colocada pela pandemia. Além disso, confira também esse material com atividades e referências para você se inspirar!

 

5. Ensine que brincar (e trocar) é mais divertido que comprar

Respeitando o isolamento físico que ainda é necessário, este ano está bem delicado pensar em encontros para as famosas Feiras de Trocas de Brinquedos, mas ainda podemos estimular a reflexão sobre brincar e trocar ser mais divertido que comprar. Mesmo que os brinquedos, em si, não possam ser trocados, ainda é possível fazer “trocas virtuais”, compartilhando brincadeiras e ensinando umas às outras. Algumas comunidades escolares têm se organizado para fazer trocas e doações para quem precisa de itens básicos ou mesmo brinquedos para outras crianças, respeitando todos os protocolos de distanciamento e higienização dos produtos.

 

6. Filmes para inspirar e apoiar seu desenvolvimento profissional

A plataforma Videocamp preparou listas especiais de sugestões de filmes e séries inspiradoras para educadores. A primeira delas é O que desejamos para nossas crianças? com documentários e séries que convidam a refletir sobre o maior “legado” que podemos deixar para elas: a garantia de acesso à uma educação de qualidade: inclusiva, solidária e transformadora. A segunda lista é a Vamos expandir o brincar?  com 4 documentários que mostram que, para brincar livremente, as crianças não precisam de muito e que o nosso papel enquanto adultos pode ser observar e aprender. Ah, e ainda tem uma lista para o público infantil, a Quem são os heróis das crianças? com 13 episódios da série Mytikah. E o melhor: tudo isso on-line e de graça!

 

7. Converse com as crianças sobre cidadania digital

As crianças estão, mais do que nunca, presentes na internet, seja para interagir com amigos e familiares, para estudar ou para acessar conteúdos de entretenimento. Isso traz muitas oportunidades mas também muitos desafios, como exposição a vários tipos de violência e à violação de direitos. Cultivar a cidadania no ambiente digital e fora dele está presente em muitas das competências gerais da Base Nacional Curricular Comum a serem desenvolvidas. O evento Ser Criança no Mundo Digital, promovido pelo Instituto Alana, trouxe uma série de especialistas para debater esse tema em diferentes perspectivas. Os materiais e gravações do seminário estão disponíveis on-line, no site do evento, vale a pena conferire saber como podemos apoiar crianças a agir de maneira responsável, equilibrada e criativa.

 

8. Oriente as famílias para que tenham atenção com publicidade infantil na internet 

Para além das oportunidades, os riscos aos quais as crianças estão expostas na internet também são muitos – e alguns deles, como a exploração comercial, nem sempre são evidentes. O YouTube, por exemplo, apesar de não ser uma plataforma destinada ao uso por crianças, conta com um público infantil enorme e algumas empresas anunciantes se aproveitam disso para direcionar publicidade velada para as crianças, a exemplo dos já famosos vídeos de unboxing. Identificar publicidade infantil nesta plataforma pode ser difícil até mesmo para os adultos, mas o portal Lunetas tem uma lista de canais no YouTube livre de publicidades direcionada a crianças, vale a pena conferir e indicar para as famílias!Aliás, famílias e educadores podem ser parceiros e dialogar mais sobre os desafios de ser criança no mundo digital. Você já escutou o que as famílias dos seus alunos pensam sobre isso?

 

9. Conheça as consequências da publicidade infantil

A publicidade infantil estimula comportamentos consumistas em crianças, ou seja, a consumir em excesso e estar constantemente insatisfeitas, desejando mais. Além disso, também ensina que elas serão mais valorizadas pelo que têm do que pelo que são. Entre as consequências negativas dessa influência estão: distúrbios alimentares, aumento nos índices de obesidade infantil e outras doenças não-transmissíveis, reforço a estereótipos de gênero, estresse familiar, impactos ambientais, estímulo à violência, diminuição de brincadeiras livres e criativas, entre outros. Dissemine essa mensagem para que mais educadora(e)s e pais estejam conscientes dessas consequências.Você pode organizar conversas remotas ou mesmo indicar materiais para as famílias e comunidades escolares assistirem. Conhece Criança, a alma do negócio? Ou ainda compartilhar vídeos curtos para disparar boas conversas.

 

10. Entenda a legislação brasileira sobre o assunto

Você, professora ou professor, é dos atores sociais que contribuem para a efetivação, promoção e defesa dos direitos das crianças dentro das escolas. Por isso, nunca é demais conhecer a legislação que afeta a vida de seus alunos, não? As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade (o que inclui as empresas) em assegurar os direitos das crianças, com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor – CDC define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil

 

Confira também:

Especial Dia das Crianças

Manifesto Dia das Crianças

O que famílias podem fazer no Dia das Crianças

O que empresas devem fazer no Dia das Crianças

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O que os órgãos do poder público devem fazer para proteger a infância nesse Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-os-orgaos-do-estado-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:50:51 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23154   Crianças não têm capacidade plena para analisar criticamente os aspectos persuasivos da publicidade e, por isso, devem ter seu tempo de amadurecimento respeitado e preservado, como estabelece a legislação brasileira. Como sabemos, os agentes e órgãos responsáveis, tanto do Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente como do Sistema Nacional de [...]

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Crianças não têm capacidade plena para analisar criticamente os aspectos persuasivos da publicidade e, por isso, devem ter seu tempo de amadurecimento respeitado e preservado, como estabelece a legislação brasileira. Como sabemos, os agentes e órgãos responsáveis, tanto do Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente como do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, têm o poder de fiscalizar as violações à legislação nacional e aplicar as sanções cabíveis. Dentre os órgãos destacam-se o Ministério da Justiça, os Procons, o Ministério Público e a Defensoria Pública. E o Criança e Consumo quer contribuir no cumprimento desse papel tão fundamental.

 

Para isso, trazemos aqui algumas dicas e pontos de reflexão.

 

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1. Entenda a ilegalidade de publicidade infantil

As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade em assegurar os direitos das crianças, com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil.

 

2. Saiba reconhecer publicidade infantil em qualquer situação

Publicidade infantil é qualquer tipo de comunicação mercadológica direcionada estrategicamente a crianças, com o objetivo de divulgar e estimular o consumo de algum produto, marca ou serviço. Isso vale para todos os meios de comunicação e espaços de convivência das crianças, incluindo escolas e ambiente digital. Vale lembrar que nem sempre a publicidade infantil se dá por meio de anúncios tradicionais e de fácil identificação – ela pode aparecer, por exemplo, de forma velada em conteúdos direcionados a crianças, como os famosos vídeos de unboxing. Na esteira das normas legais que determinam a abusividade e, portanto, ilegalidade da publicidade infantil, a Resolução nº 163 de 2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente apresenta algumas de suas características, de maneira a auxiliar os órgãos públicos a analisar um caso concreto. Algumas dessas características são: linguagem infantil, pessoas e celebridades com apelo infantil, uso de personagens ou desenho animado, entre outras.

 

3. Conheça os impactos negativos da publicidade infantil

A publicidade infantil estimula comportamentos consumistas em crianças, ou seja, a consumir em excesso e estar constantemente insatisfeitas, desejando mais. Além disso, também ensina que elas serão mais valorizadas pelo que possuem do que pelo que são. Entre as consequências negativas dessa influência estão: distúrbios alimentares, aumento nos índices de obesidade infantil e outras doenças não-transmissíveis (no caso da publicidade de alimentos não saudáveis), reforço a estereótipos de gênero, estresse familiar, impactos ambientais, estímulo à violência, diminuição de brincadeiras livres e criativas, entre outros. Por isso é tão importante a atuação do poder público para coibir essa prática!

 

4. Atue para coibir práticas abusivas

Conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal, o Estado tem papel fundamental na promoção dos direitos das crianças, o que inclui protegê-las frente à exploração comercial. Algumas das maiores vitórias alcançadas contra a abusividade de empresas que violam os direitos das crianças ao praticar publicidade infantil, que incluem decisões do Superior Tribunal de Justiça, foram conquistadas a partir da atuação de órgãos públicos como Procons, Ministério Público e Defensoria Pública. É essencial, portanto, que o poder público siga nessa atuação tão importante.

 

5. Redobre a fiscalização em datas comemorativas

Com a proximidade de datas comemorativas, como o Dia das Crianças, o volume de publicidade infantil aumenta, violando, ainda mais, os direitos das crianças. Esse é o momento em que os agentes e órgãos responsáveis pela fiscalização dessa prática abusiva devem estar mais atentos para identificar e atuar contra empresas que ainda insistem em infringir a legislação.

 

6. Inspire-se com casos emblemáticos

A abusividade da publicidade infantil tem sido amplamente reconhecida pelo Judiciário brasileiro. Nas duas vezes em que o tema da abusividade de publicidade voltada ao público infantil chegou a um tribunal superior, o STJ reafirmou a ilegalidade da prática. Os casos julgados foram da campanha Gulosos Shrek e Mascotes Sadia, que somam mais de meio milhão de reais em multas. Em outro exemplo emblemático, a Sestini foi multada e firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por direcionar publicidade para crianças com o agravante de reforçar racismos e estereótipos de gênero. Todos decorreram da atuação articulada entre o Criança e Consumo e órgãos públicos. Conheça esses e outros casos denunciados e acompanhados pelo Criança e Consumo.

 

7. Conheça os benefícios econômicos do fim da publicidade infantil 

A regulação da publicidade infantil não significa o fim da publicidade de nenhum produto ou serviço, inclusive os infantis: de brinquedos a automóveis, todos continuam podendo ser anunciados. A mudança é apenas no direcionamento da mensagem, que deixa de ser feita diretamente às crianças e passa a ser dirigida aos adultos – afinal, são eles os responsáveis por tomar decisões financeiras. Ainda, com relação ao impacto econômico, não se pode esquecer dos enormes gastos públicos com problemas que são agravados pela publicidade infantil, como é o caso da violência, do alcoolismo e da obesidade. O estudo “Os impactos da proibição da publicidade dirigida às crianças no Brasil”, da The Economist Intelligence Unit, mostra que o efetivo fim da ilegal prática de publicidade infantil no Brasil traria resultados econômicos positivos de até R$ 76 bilhões de reais.

 

8. Replique o conhecimento

Sempre que tiver oportunidade, promova palestras e cursos sobre publicidade infantil para sua equipe e comunidade. Para garantir a defesa dos direitos das crianças frente à exploração comercial infantil, é necessário que toda a sociedade não só conheça a legislação, como também estudos sobre os impactos da publicidade infantil no desenvolvimento infantil e na saúde, no meio ambiente, recomendações da ONU pelo fim da publicidade infantil, entre outros relatórios e pesquisas. Acesse as publicações disponíveis em nossa biblioteca, assim como os principais mitos e verdades sobre publicidade infantil.

 

Confira também:

Especial Dia das Crianças

Manifesto Dia das Crianças

O que influenciadores digitais devem fazer

O que empresas devem fazer no Dia das Crianças

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O que empresas devem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-empresas-devem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:48:18 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23152 Convidamos empresas a aproveitarem a oportunidade para refletir e mudar sua conduta, de maneira a não se aproveitar da inexperiência das crianças para alavancar suas vendas

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Datas comemorativas, como o Dia das Crianças, sempre demandam do mercado anunciante estratégias criativas para disputar a atenção do potencial consumidor, mas isso não pode ser motivo para agir de forma antiética e ilegal, direcionando publicidade para o público infantil. Convidamos empresas a aproveitarem a oportunidade para refletir e mudar sua conduta, de maneira a não se aproveitar da inexperiência das crianças para alavancar suas vendas.

 

Abaixo, listamos algumas práticas que empresas devem seguir para assumir uma postura mais ética e responsável para com as crianças e, também, com a sociedade. Publicidade infantil já é ilegal e, em breve, também será inaceitável.

 

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1. A  publicidade deve ser dirigida aos pais, mães e responsáveis 

São inúmeras as vezes em que mães, pais e responsáveis são surpreendidos com pedidos de compras das crianças por produtos e marcas que eles sequer sabiam existir. E por que isso acontece? Porque as crianças estão constantemente expostas à publicidade direcionadas diretamente a elas, em todos os seus espaços de convivência, de tal forma que se torna inviável para um adulto conseguir acompanhar. A publicidade infantil desrespeita a autoridade parental e interfere na dinâmica familiar ao estimular o “fator amolação”, que é quando as crianças pedem um produto insistentemente, o que pode culminar no estresse familiar. Por isso, empresas responsáveis devem direcionar sua comunicação mercadológica, seja do produto que for, mesmo os infantis, exclusivamente aos adultos, os verdadeiros responsáveis pelas decisões de compra das famílias.

 

2. Sem essa de publipost com youtubers mirins

Já faz algum tempo que a publicidade infantil está nas redes sociais e plataformas digitais, especialmente por meio de ações de marketing conhecidas como “recebidinhos” e “publipost”. O resultado disso é que, nos canais infantis, vídeos de unboxing de brinquedos e outros presentes se tornaram uma febre, por estimular a curiosidade ao promover, de forma velada, o consumo de produtos e marcas. Essas ações se misturam com conteúdos de entretenimento do próprio canal e, muitas vezes, não são identificadas como publicidade nem mesmo pelos adultos. Empresas, já é hora de parar com essa prática! Infiltrar  mensagens comerciais dentro do conteúdo de entretenimento infantil, se aproveitando do trabalho infantil artístico dos influenciadores mirins, é, além de tudo, atrelar  sua marca a uma atividade antiética e exploratória da inexperiência da criança.

 

3. Espaços digitais devem ser orientados aos direitos da criança

No ambiente digital, todo produto ou serviço que crianças possam vir a ter contato, direta ou indiretamente (ainda que não tenham sido desenvolvidos especificamente para esse público), deve ter um funcionamento que respeite e promova seus direitos e melhor interesse – incluindo ser livre de publicidade infantil e exploração comercial. Crianças têm direito a uma experiência digital verdadeiramente segura, logo, aplicativos, games e plataformas digitais devem considerar sempre, em primeiro lugar, o melhor interesse infantil, assumindo sua responsabilidade na proteção desse público hipervulnerável.

 

4. Só façam promoções sem apelo infantil 

Existem várias formas de oferecer vantagens competitivas à sua marca deixando de fora o apelo direcionado ao público infantil. Por isso, antes de criar uma promoção especial vale refletir se a estratégia visa atrair a atenção do público infantil ou do público adulto. Se a resposta for a primeira opção, sinal vermelho! Lembre-se sempre que as ações de marketing refletem valores que serão associados à sua marca e o respeito à infância é um deles. Portanto, as crianças não devem ser estimuladas a consumir determinado produto só para terem o direito de “ganhar” um brinde, como é o caso, por exemplo, das estratégias que associam alimentação ao consumo de brinquedos – e que já levaram várias marcas de fast-food e produtos alimentícios a serem julgadas e punidas no Brasil.

 

5. Empresas responsáveis já estão vindo a público para dizer que publicidade infantil é inaceitável

Pesquisas apontam que crianças de até 12 anos de idade não compreendem o caráter persuasivo da publicidade, por estarem em processo de desenvolvimento físico, mental e social. Cientes disso, cada vez mais, empresas líderes de seus mercados, nacionais e internacionais, têm vindo a público para declarar que é inaceitável praticar publicidade infantil. Mais do que seguir uma tendência, essas empresas sabem que têm responsabilidade no que diz respeito à proteção da criança. A publicidade infantil já está se tornando uma “coisa do passado” e essa mudança completa, que incluirá todo o mercado anunciante, é apenas uma questão de tempo. Um mercado publicitário criativo e premiado como o nosso, sabe que é plenamente possível aliar ética e criatividade e é capaz de desenvolver as melhores campanhas, direcionadas somente aos adultos!

 

6. Fim efetivo da publicidade infantil terá impactos positivos na economia

Há um mito de que a proibição da publicidade infantil impactaria negativamente a economia, mas o estudo “Os impactos da proibição da publicidade dirigida às crianças no Brasil”, da The Economist Intelligence Unit, prova o contrário! A pesquisa mostra que a proibição da publicidade infantil, de forma efetiva, traria resultados econômicos positivos de até R$ 76 bilhões de reais. É sempre bom lembrar que a proibição da publicidade infantil não significa o fim da publicidade de nenhum produto ou serviço, nem mesmo os infantis: de brinquedos a automóveis, todos continuam podendo ser anunciados, desde que somente aos adultos. Ou seja, basta apenas que o mercado anunciante se adapte, compensando suas receitas, para que a economia seja mais produtiva e sustentável.

 

7. A  legislação brasileira já proíbe a publicidade infantil 

Existem alguns marcos legais que revelam a ilegalidade da publicidade infantil no Brasil, como o artigo 227 da Constituição Federal estabelece a obrigação compartilhada entre toda a sociedade de assegurar os direitos das crianças com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica. Por fim, considerando todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da prática nos casos julgados.

 

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O que influenciadores digitais adultos devem fazer para contribuir com um Dia das Crianças livre de consumismo https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-influenciadores-digitais-podem-e-nao-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:05:32 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23140   Influenciadores digitais têm uma voz com a qual seu público se identifica, na qual acredita e confia. E isso é muito potente, mas também requer responsabilidade. Com a aproximação do Dia das Crianças, é de se imaginar que algumas empresas estejam fazendo propostas para que esses adultos produtores de conteúdo digital realizem vídeos para [...]

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Influenciadores digitais têm uma voz com a qual seu público se identifica, na qual acredita e confia. E isso é muito potente, mas também requer responsabilidade. Com a aproximação do Dia das Crianças, é de se imaginar que algumas empresas estejam fazendo propostas para que esses adultos produtores de conteúdo digital realizem vídeos para promover suas marcas e produtos ao público infantil, em especial brinquedos. São as famosas “#publis”. Mas é aí que mora o perigo, porque qualquer comunicação comercial direcionada a crianças é publicidade infantil, uma prática abusiva e, portanto, ilegal no Brasil.

 

Mas, então, quais são as condutas e ações que influenciadores digitais podem praticar para produzir conteúdos com responsabilidade, ética e que protejam os direitos das crianças? Trazemos algumas dicas abaixo!

 

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1. Tenha uma postura de corresponsabilidade com as crianças

Influenciadores conquistaram credibilidade com seu público porque o que dizem e o que produzem é importante para seus seguidores. Portanto, na hora de levar qualquer mensagem adiante, reflita sobre quais valores você está repassando – ainda mais se seu público for infantil. Ser procurado(a) por uma marca para fazer uma parceria patrocinada é, sem dúvida, um sinal de reconhecimento do seu trabalho, mas esteja atento(a) para não aceitar propostas que possam ferir os direitos das crianças. Dica de ouro: muitas vezes as empresas apresentam ideias que, à primeira vista, não parecem ser publicidade infantil, por isso, pergunte sempre se o público-alvo dessa ação são crianças. Se a resposta for sim, significa que é publicidade infantil, uma prática abusiva e ilegal. É melhor pular fora ou refletir junto com a marca sobre um caminho alternativo, que não direcione a comunicação comercial para crianças.

 

2. Só aceite fazer publicidade se for para adultos

Qualquer tipo de publicidade deve ser direcionada exclusivamente para adultos, isso também inclui parcerias pagas em conteúdos ou qualquer formato nas mídias digitais. Então, se você decidir fazer uma ação publicitária no seu canal ou perfil, tenha certeza de que você estará falando com adultos. Mesmo marcas e produtos infantis devem ser promovidos apenas para mães, pais ou cuidadores, que são os verdadeiros responsáveis pela decisão de compra. Para entender melhor quais elementos caracterizam uma publicidade infantil, clique aqui.

 

3. Faça sua parte na campanha #livredepublicidadeinfantil

Convidamos você a se posicionar publicamente pelo fim da publicidade infantil: use a hashtag #livredepublicidadeinfantil para sinalizar que você não faz essa prática ilegal. E, sempre que possível, traga para seus conteúdos a reflexão sobre consumo responsável e sobre como a publicidade direcionada a crianças é prejudicial para seu desenvolvimento pleno. Aqui no site, temos vários materiais de referência que podem te ajudar! Nossos canais também estão sempre abertos para conversarmos, fale com a gente!

 

4. Cuide da sua reputação ao fazer parceria com uma empresa

Mesmo que você já não faça publicidade infantil e se preocupe com os valores que passa para os adultos e para as crianças, preste atenção na conduta da empresa com quem você está fazendo uma parceria. Será que ela respeita igualmente? Vale, portanto, checar os canais da empresa e como ela faz publicidade, seja na TV, em meios digitais ou mesmo em lojas e supermercados. Se ela usar personagens nas embalagens para atrair crianças ou aplicar linguagem infantil em seus anúncios, por exemplo, já são indícios de que tem algo de errado aí. Isso é importante não só pela sua corresponsabilidade na proteção das crianças, mas também para manter sua reputação frente a um público que confia em você e replica suas mensagens. Outra sugestão é, sempre que receber uma proposta, pergunta à empresa ou à agência quais outras estratégias estão sendo realizadas para a campanha publicitária, para além da parceria com você. Isso vai dar caminhos para dizer se é uma empresa que direciona comunicação comercial para crianças ou não.

 

5. Seja a mudança que você quer para o mundo 

Você pode fazer a diferença entre continuarmos sendo uma sociedade baseada em valores consumistas do ter ou nos aproximarmos mais de valores humanos do ser. E saiba que essa mudança é fundamental para a proteção e o desenvolvimento de todas as crianças. Portanto, além de não fazer publicidade infantil, aborde e reflita sobre consumismo infantil e quais valores são importantes para as múltiplas infâncias, sempre que puder. Produza conteúdos que ajudem a transformar nosso mundo em um lugar mais sustentável, ético e justo! Leia nossos manifestos “Consumismo infantil: Um problema de todos”, “O que é essencial para nossas crianças?” e o próprio manifesto do Dia das Crianças para se inspirar ainda mais.

 

6. Saiba o que caracteriza publicidade infantil 

Publicidade infantil é qualquer tipo de comunicação mercadológica direcionada a crianças. Este infográfico ajuda a entender rapidinho! E a principal referência legal para compreender elementos característicos da publicidade infantil é a Resolução 163 de 2014 do Conanda. Esta é uma norma construída com diversos atores da sociedade que apresenta aspectos que ajudam a classificar um conteúdo ou peça publicitária como publicidade dirigida às crianças. Inclusive, você pode sempre anexar este documento nas suas propostas de parceria com empresas para garantir que a campanha respeitará a proteção dos direitos das crianças. Entenda tudo sobre esta resolução, qual a sua importância e como ela foi construída.

 

7. Entenda a legislação brasileira sobre o assunto

As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade (o que inclui as empresas) em assegurar os direitos das crianças, com absoluta prioridade. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor – CDC define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil

 

8. Faça parte do movimento por uma infância livre de consumismo

Gostou dessas dicas e quer mergulhar ainda mais nessa discussão? Em breve, vamos fazer uma formação exclusiva para influenciadores digitais, trazendo palestras e materiais para quem produz conteúdo em redes sociais e quer saber como contribuir para uma infância livre de consumismo. Saiba como participar e faça sua pré-inscrição aqui. Também vale convidar aquele(a) influenciador(a) digital que você segue e admira, envie essa lista para ele(a) e diga que você gostaria de vê-lo(a) produzindo conteúdos nessa linha!

 

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O que famílias podem fazer no Dia das Crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/o-que-familias-podem-fazer/ Fri, 25 Sep 2020 14:04:53 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=23142 É possível ter um Dia das Crianças feliz e livre de exploração comercial infantil

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Mães, pais e responsáveis pelas crianças, que acompanham o desenvolvimento delas, sentem na pele a pressão da publicidade infantil. São eles que escutam os pedidos insistentes das crianças por produtos que foram abusivamente anunciados diretamente para elas na TV, na internet, em games e em vários outros espaços de convivência e meios de comunicação.

 

No Dia das Crianças, essa pressão aumenta consideravelmente e precisamos buscar recursos e maneiras de lidar com esse estímulo consumista. A questão não é presentear ou não a criança, mas garantir que essa decisão venha das famílias, não do mercado. Datas comemorativas não precisam de brinquedos novos para serem boas, como algumas empresas insistem em falar para as crianças. É possível, de fato, ter um Dia das Crianças feliz e livre de exploração comercial infantil. Preparamos aqui algumas dicas para ajudar as famílias nisso. Então, vamos conferir?

 

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1. Crie novas tradições neste Dia das Crianças

Que tal estimular a criatividade para pensar novas formas de brincar com materiais que já temos em casa? Presença ainda é melhor do que presente. Então, crie uma experiência nova que combine com os interesses da criança. Pode ser montar uma pequena horta, construir um castelinho com almofadas ou fazer pinturas e organizar uma exposição de arte. No portal do Lunetas tem uma série de materiais e ideias de brincadeiras e brinquedos que podem ser inventados sem sair de casa.

 

2. Se for comprar um presente, escolha de forma consciente 

Não há nada de errado em presentear a criança em ocasiões especiais, caso essa seja uma escolha consciente dos adultos. Mas é bom lembrar que, em datas comemorativas, muitas empresas anunciantes investem intensamente em formas de despertar desejo e fazer a criança acreditar que a única forma de comemorar é ganhando um brinquedo novo. O aumento do volume de publicidade infantil impulsiona ainda mais pedidos insistentes das crianças e pode levar ao consumo irrefletido. Por isso, independentemente da compra, aproveite o Dia das Crianças para falar para os pequenos o real valor do presente.

 

3. Tente reduzir o consumo de plástico

Aproveite essa oportunidade de consumir de forma consciente para também contribuir para o planeta e para a saúde das crianças. A pesquisa Infância Plastificada mostra que 90% dos brinquedos do mundo são feitos de materiais plásticos. Além disso, o plástico em excesso pode causar problemas de saúde nas crianças. Sem falar que o lixo plástico é o principal causador de contaminação dos oceanos. Portanto, pode ser um bom momento para buscar presentes mais sustentáveis e evitar as inúmeras embalagens que vêm nos presentes. Veja uma gincana de Caça aos Plásticos para fazer em casa com as crianças.

 

4. Encontre natureza em qualquer lugar

Mesmo que não seja possível ir a parque, praia ou outro lugar natural, sabia que em casa pode ter natureza? Existem formas de fazer cultivos de “pequenas naturezas” e atividades naturais dentro de casa. O programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, fez um material com sugestões para as famílias para você se inspirar.

 

5. Prepare a pipoca e faça uma sessão cinema

Não tem nada mais gostoso do que fazer um balde grande de pipoca e juntar a família toda no sofá para assistir algo especial juntos! A plataforma Videocamp tem diversos filmes e animações infantis. Vale assistir a alguns com os pequenos e, logo após, estimulá-los a desenhar e contar a história com suas palavras! Acreditamos que filmes têm um papel fundamental na promoção de debates públicos e podem ser excelentes ferramentas de transformação social. Então, aproveite o Dia das Crianças para refletir sobre uma infância livre de consumismo com a nossa playlist no Videocamp. E o melhor: ela está disponível on-line e gratuitamente!

 

6. Cuidado redobrado com a internet no Dia das Crianças e sempre

O mundo digital está cada vez mais na vida de todos nós, inclusive na das crianças. Muitas atividades essenciais para o desenvolvimento delas podem ser facilitadas por plataformas digitais.  Mas isso não significa que todos os espaços da internet estejam preparados para receber crianças e respeitar todos os seus direitos. Por isso, devemos ficar de olho nos perigos que empresas e plataformas digitais podem apresentar ao público infantil. A campanha Twisted Toys mostra exatamente isso por meio de brinquedos tradicionais, como um ursinho de pelúcia que coleta dados pessoais das crianças e os vende para que corporações lucrem com eles.

 

O YouTube, por exemplo, apesar de muito popular entre o público infantil, conta com diversos anúncios publicitários. Esse, aliás, é um dos motivos pelos quais o site é desenhado apenas para maiores de 13 anos.  Além disso, algumas empresas aproveitam da popularidade do YouTube para direcionar publicidade velada a crianças, como nos famosos vídeos unboxing. Identificar esse tipo de anúncio pode ser difícil, mas o Portal Lunetas tem uma lista de canais livres de publicidade infantil. Vale a pena conferir!

 

7. Conheça as consequências da publicidade infantil

A publicidade infantil estimula comportamentos consumistas em crianças, podendo deixá-las constantemente insatisfeitas com o que têm e sempre desejando mais. Além disso, também “ensina” que elas serão mais valorizadas pelo que têm do que pelo que são. Entre as consequências negativas dessa influência estão: distúrbios alimentares, aumento nos índices de obesidade infantil e outras doenças não-transmissíveis (quando falamos da publicidade de produtos alimentícios), reforço a estereótipos de gênero, estresse familiar, impactos ambientais, estímulo à violência, diminuição de brincadeiras livres e criativas, entre tantos outros. Fale sobre isso com outros responsáveis para que estejam conscientes e somem à pressão pelo fim da publicidade infantil.

 

8. Defenda o fim da exploração comercial das crianças por empresas

As leis brasileiras estabelecem que a publicidade infantil é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal determina a responsabilidade compartilhada entre famílias, Estado e toda a sociedade (o que inclui as empresas) em assegurar os direitos das crianças com absoluta prioridade. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) reconhece a criança como pessoa em especial fase de desenvolvimento físico, social e emocional e busca garantir o seu melhor interesse em qualquer tipo de relação. O Código de Defesa do Consumidor – CDC define que a publicidade dirigida a crianças, por se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência desse público, é abusiva e, portanto, ilegal.

 

O Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), ainda, determina a proteção da criança contra toda forma de violência e pressão consumista e a adoção de medidas que evitem sua exposição precoce à comunicação mercadológica. A partir de todos esses marcos legais, o Superior Tribunal de Justiça vem ratificando a abusividade da publicidade infantil. Mesmo assim, muitas empresas ainda insistem em realizar essa prática abusiva. Em datas comemorativas, como o Dia das Crianças, essa pressão do mercado sob as crianças aumenta e precisamos estar ainda mais atentos. Aliás, você sabia que qualquer cidadão pode fazer uma denúncia de publicidade infantil? Denucie e exija das empresas anunciantes que cumpram as leis e parem de explorar comercialmente as crianças!

 

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Publicidade infantil na TV paga aumenta no mês das crianças https://criancaeconsumo.org.br/noticias/publicidade-infantil-na-tv-paga-aumenta-no-mes-das-criancas/ Thu, 17 Oct 2019 20:55:30 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=21863 A frequência de inserção de publicidade infantil em três canais infantis da TV por assinatura foi de um anúncio a cada 2 minutos

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A frequência de inserção de publicidade infantil em três canais infantis da TV por assinatura foi de um anúncio a cada 2 minutos

 

A quantidade de publicidade dirigida à criança em canais infantis na TV por assinatura aumentou consideravelmente em outubro, mês em que se celebra o Dia das Crianças, quando comparada  aos nove primeiros meses do ano. Para verificar, em números, uma situação perceptível na prática, monitoramos, desde janeiro, os canais infantis Cartoon Network, Discovery Kids e Gloob e constatamos que, só em outubro, a inserção de publicidade infantil nesses canais cresceu, em média, 331%.

 

Em fundo geométrico, quadrado roxo com relógio centralizado e, acima, data "2019". Em cada lado do relógio saem duas setas para baixo e textos que completam a frase, na esquerda, que diz "de janeiro à setembro, havia 1 publicidade infantil a cada 9 minutos" e, na direita, texto que diz "em outubro, houve 1 publicidade infantil a cada 2 minutos"Em relação à média dos 9 meses anteriores, o canal Gloob apresentou aumento de 403% na quantidade de inserções, o Cartoon Network de 324% e o Discovery Kids de 281%. Na prática, isso significa que, em média, uma publicidade infantil foi veiculada a cada dois minutos. Os dados são ainda mais estarrecedores quando se considera que a frequência de anúncios, em outubro, praticamente quintuplicou nesses canais em relação à média registrada de janeiro a setembro, quando foi observada a veiculação de uma publicidade dirigida à criança a cada 9 minutos.

 

“Considerando as pesquisas que indicam que crianças de 4 a 11 anos passam, em média, 4 horas por dia assistindo TV paga e os dados compilados em nosso monitoramento, estamos falando de crianças sendo expostas a uma média de 120 anúncios por dia em um canal infantil. Temos, então, um público vulnerável com altíssimo poder de influência nas compras da família sendo bombardeado a todo momento. É irreal que se delegue apenas aos pais, mães e responsáveis a tarefa de proteger os filhos do apelo comercial. As empresas também têm responsabilidade: cumprir a lei”, Renata Assumpção, pesquisadora do Criança e Consumo  e responsável pelo monitoramento.

 

Em fundo geométrico, imagem de uma televisão inteira vermelha com antenas e botões em branco. Dentro da imagem, texto que diz "o setor que mais dirige publicidade para crianças é o de brinquedos". Abaixo, gráfico que representa que o setor de brinquedos é responsável por 71% da publicidade infantil, seguido por mídias do canal com 9% e produtos alimentícios com também 9%

Os fabricantes de brinquedos lideram os anúncios direcionados para crianças (71%), seguidos por produtos alimentícios (9%) e mídias dos próprios canais, como aplicativos e redes sociais (9%).

 

“Apesar de muitos afirmarem que não há mais publicidade infantil na TV pela regulação já existente, o que inclusive seria supostamente motivo para queda de programação voltada para as crianças, o monitoramento mostra que as empresas anunciantes utilizam agora os canais infantis da TV paga como parte importante de sua estratégia de comunicação comercial. E esses canais se tornam verdadeiras plataformas para direcionamento de publicidade para crianças. Precisamos lembrar que publicidade infantil é uma prática antiética, injusta, abusiva e ilegal e também é papel dos canais de TV coibi-la”, ressalta Pedro Hartung, coordenador do Criança e Consumo.

 

Acesse aqui o documento com maiores detalhes sobre a metodologia e os principais resultados do monitoramento.

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Dicas para um Dia das Crianças sem consumismo https://criancaeconsumo.org.br/noticias/dicas-para-um-dia-das-criancas-sem-consumismo/ Wed, 09 Oct 2019 18:18:56 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=21843 Confira nossas dicas para inspirar um Dia das Crianças com mais brincadeiras e menos consumismo

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Confira nossas dicas para inspirar um Dia das Crianças com mais brincadeiras e menos consumismo

 

Com a proximidade do Dia das Crianças, a quantidade de publicidade infantil e o estímulo a hábitos consumistas aumentam. São muitos os apelos nessa época do ano para chamar a atenção das crianças, como lançamento de novos brinquedos, muitos deles colecionáveis. Mas datas comemorativas não precisam ser associadas à compra de presentes. Pelo contrário, são um bom momento para refletir com as crianças sobre temas como consumismo, sustentabilidade e hábitos saudáveis. Pensando nisso, compartilhamos algumas dicas de atividades criativas, divertidas e sem incentivo ao consumo para inspirar que o Dia das Crianças seja recheado de brincadeiras, encontros, natureza e criatividade.

 

1- Trocar ao invés de comprar

A  Feira de Troca de Brinquedos é uma forma divertida de evitar o impulso de comprar um brinquedo novo, além de ser uma alternativa sustentável de lazer que promove colaboração, socialização e criatividade entre a criançada, ao estimular que elas dêem novos significados aos brinquedos. Essa atividade está sempre nas nossas dicas porque apresenta novos hábitos e ensina que trocar pode ser muito mais divertido do que comprar. Que tal convidar a criança a escolher separar brinquedos para trocar com outras crianças? Ao longo de outubro, mais de 60 feiras estão acontecendo em todo o país e você pode participar ou organizar uma! Saiba se tem alguma programada em sua região e veja dicas de como montar a sua Feira aqui.

 

2- Evite presentear com brinquedos de plástico

Em todo o mundo, 90% dos brinquedos são feitos com plástico, sendo que, muitos deles, ainda contém mais excessos do produto em sua embalagem. Em decorrência de estratégias comerciais, cada vez mais, os brinquedos têm se tornado quase descartáveis e as crianças logo pedem outros. Essa prática, impulsionada pela publicidade infantil, fomenta o consumo irrefletido, que culmina em severos impactos ambientais. No Brasil, 41,6% do plástico produzido é destinado inadequadamente. Por isso, é importante incentivar que os pequenos aproveitem o dia das crianças com atividades que não envolvam o consumo. E, se você optar por comprar um presente, dê preferência a produtos e a embalagens que não contenham plástico.

 

3- Redobre a atenção com publicidade infantil velada, especialmente na internet

Nessa época do ano, especialmente, é muito comum que as marcas usem ainda mais os canais de youtubers mirins populares entre as crianças para camuflar publicidade infantil. Uma das principais estratégias para isso é o envio de produtos a esses influenciadores para que eles façam vídeos desembrulhando os “presentes” para as crianças da audiência, prática conhecida como “unboxing”. Por isso, é interessante que o responsável esteja atento e acompanhe, sempre que possível, os conteúdos acessados e explique para as crianças as motivações comerciais da empresa. Vale lembrar que direcionar publicidade de qualquer espécie às crianças é abusivo e ilegal, conforme previsto no artigo 37, parágrafo 2º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), reforçado pela Resolução 163  de 2014 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

4- A imaginação inventa os brinquedos mais legais

Quantas vezes você notou que uma criança ressignificou um objeto, dando a ele um uso totalmente diferente? Um graveto pode virar uma varinha mágica ou o lençol pode construir um castelo embaixo da mesa, por exemplo. Para minimizar a exposição das crianças aos apelos de consumo, incentive-as a deixarem as telas de lado e a praticarem outras atividades, por mais simples que possam ser. Deixá-las brincar livremente (sem direcionamento dos adultos) seja correndo, criando brinquedos com os objetos da casa, pulando em poças de água, é uma experiência fundamental para o seu desenvolvimento integral e potencializa a imaginação infantil. No site do Território do Brincar há diversas brincadeiras inspiradoras de diferentes regiões do Brasil que podem ser boas opções para o próximo dia 12.

 

5- Brinque ao ar livre com as crianças 

Leve os pequenos a um parquinho público para andar de bicicleta, ou incentive a prática de brincadeiras tradicionais, como queimada, pega-pega, esconde-esconde, bolinha de gude e empinar pipa. Se você tem um quintal, também pode transformá-lo em um ambiente de múltiplas brincadeiras que envolvam toda a família e a vizinhança. Está procurando um ambiente ao ar livre próximo de você e brincadeiras que possam ser feitas? O GPS da Natureza traz sugestões de locais visitados por outras famílias e atividades que podem ser feitas por lá, considerando o tempo disponível, a faixa etária das crianças, entre outras dicas. Brincar ao ar livre é muito divertido e pode ser uma atividade gratuita, bem perto da sua casa!

 

6- Presença é o melhor presente

No fim, o que as crianças precisam é de afeto e da presença de seus familiares e amigos. Dar presença às crianças é proporcionar a elas convívio, socialização, respeito ao próximo entre tantos outros valores fundamentais para o desenvolvimento integral da infância. Portanto, faça um passeio, visite outros parentes, convide outras crianças para brincar, invente uma brincadeira nova, faça um piquenique no parque, cozinhe junto com a criança e por aí vai. A imaginação é o limite! Seja qual for a dica que melhor se adapte à sua família, o importante é dedicar tempo de qualidade aos pequenos, pois são esses os momentos que ficarão guardados em suas memórias – e que nenhum brinquedo novo pode substituir.

 

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Um novo Dia das Crianças: assista às entrevistas online https://criancaeconsumo.org.br/noticias/um-novo-dia-das-criancas-assista-as-entrevistas-online/ https://criancaeconsumo.org.br/noticias/um-novo-dia-das-criancas-assista-as-entrevistas-online/#respond Thu, 15 Oct 2015 16:40:12 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=6400 Entrevistados de diferentes áreas fomentaram a discussão sobre o consumismo infantil e sugeriram novos caminhos.

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Entrevistados de diferentes áreas fomentaram a discussão sobre o consumismo infantil e sugeriram novos caminhos.

Com a proximidade do Dia das Crianças, os pequenos são bombardeados com inúmeras publicidades que os estimulam ao consumo. Para discutir questões contemporâneas que envolvem a infância e alertar pais e responsáveis sobre o consumismo, o Projeto Criança e Consumo, realizou uma semana especial de debates online gratuitos, ao vivo, com um entrevistado por dia. As conversas foram gravadas e estão disponíveis na íntegra no YouTube do Criança e Consumo.

Com temas variados, os debates com especialistas abordam a relação do consumo com a nutrição, as brincadeiras, a família, a sustentabilidade e a publicidade infantil, tendo como pano de fundo os direitos da criança de viver uma infância plena. As entrevistas contaram com a participação de internautas que enviaram perguntas para os convidados.

Abaixo uma breve descrição sobre cada conversa e o link do vídeo:

Francine Lima – Nutrição – https://goo.gl/JNov6Q

A consultora em comunicação para a educação alimentar e nutricional e criadora e responsável pelo projeto Do campo à mesa começou a semana discutindo os hábitos alimentares e a verdade por trás das embalagens.

David Reeks – Importância do brincar – https://goo.gl/YeQOqB

O documentarista e coordenador do projeto Território do Brincar ao lado de Renata Meirelles trouxe uma conversa inspiradora que fez com que pais e educadores repensassem a relação da criança com o brinquedo e o brincar.

Ana Olmos – Relação familiar – https://goo.gl/ZDb5G2

A psicoterapeuta infantil e Conselheira do Projeto Criança e Consumo levou para o debate uma visão mais clínica sobre a questão do consumismo. Um papo direto com os pais.

André Palhano – Sustentabilidade – https://goo.gl/ud9zn1

O Idealizador da Virada Sustentável falou da importância de atrair a criança para o tema pela via inclusiva e não restritiva e contou alguma das iniciativas que estão ocorrendo nesse sentido.

Pedrinho Fonseca – Publicidade Infantil – https://goo.gl/bc8ZcU

Pai e ex-publicitário e criador do blog Pedrinho Fonseca. A conversa encerrou a semana abordando publicidade, família e escolhas.

 

 

 

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