Arquivos whatsapp - Criança e Consumo https://criancaeconsumo.org.br/tag/whatsapp/ Instituto Tue, 03 Oct 2023 21:47:32 +0000 pt-BR hourly 1 Relatório revela discriminação na proteção de crianças e adolescentes entre diferentes países nas principais plataformas de mídia social https://criancaeconsumo.org.br/noticias/discriminacao-na-protecao-de-criancas-e-adolescentes/ Wed, 13 Jul 2022 16:11:07 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=33916 Crianças na América do Sul, África, EUA e Austrália, por exemplo, têm menos proteção do que europeias no TikTok, WhatsApp e Instagram

O post Relatório revela discriminação na proteção de crianças e adolescentes entre diferentes países nas principais plataformas de mídia social apareceu primeiro em Criança e Consumo.

]]>

Pesquisa lançada na terça-feira (12) mostra que crianças em todo o mundo têm proteção desigual no TikTok, WhatsApp e Instagram. Isso ocorre principalmente em países do Sul Global, como o Brasil. “Plataformas globais, proteções parciais”, elaborado pela Fairplay em colaboração com organizações de todo o mundo, incluindo o Criança e Consumo, documenta como as próprias redes sociais conferem discriminação na proteção de crianças e adolescentes contando com regulamentos e termos de uso menos protetivos aos jovens do Sul Global e de outros lugares.

Confira a pesquisa

O relatório destaca disparidades preocupantes nos recursos das plataformas para jovens usuários de 14 países. O TikTok, por exemplo, oferece proteções adicionais para crianças e adolescentes europeus, fornecendo “uma experiência apropriada à idade”. Em outros lugares, no entanto, os usuários não recebem o mesmo.

“Quando observo que jovens de outros países têm mais privacidade do que no Brasil, me sinto extremamente insegura. O que move as crianças e os adolescentes são as redes sociais: Instagram, WhatsApp e, principalmente, TikTok. Os jovens do Brasil necessitam ser mais olhados, não devemos ser esquecidos, também somos parte do futuro“, disse Nathalia Viana, embaixadora do Criativos da Escola.

Cada plataforma também tem uma gama de requisitos de idade mínima diferentes, a depender do país, apesar de oferecer os mesmos serviços em todo o mundo. Isso, então, gera dúvidas sobre a disposição das plataformas em oferecer um design inapropriado para certos lugares.

“Os resultados do relatório mostram que as próprias redes sociais estão aprofundando as desigualdades e promovendo discriminação entre seus usuários jovens. Não oferecer às crianças do Sul Global as mesmas proteções concedidas às europeias é inaceitável. Crianças são crianças e merecem proteção especial independentemente de onde são”, disse João Francisco de Aguiar Coelho, advogado do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana.

Como reparar essa discriminação na proteção de crianças e adolescentes

Para corrigir as desigualdades documentadas, o relatório recomenda que os legisladores de todos os países afetados adotem leis que exijam que as plataformas implementem configurações e políticas que forneçam mais proteção e privacidade a crianças e adolescentes. Em diversos lugares do mundo, já foram aprovadas leis que protegem, de fato, crianças e adolescentes em redes sociais. O Age appropriate design code (Código de Design Apropriado para a Idade, em tradução livre) do Information Commissioner’s Office, por exemplo, garante proteção específica desde o design das plataformas. O Brasil, apesar de contar com a Lei Geral de Proteção de Dados e o Marco Civil da Internet, que conferem certas proteções a crianças e adolescentes no ambiente digital, ainda carece de uma regulamentação desse tipo, definitivamente protetiva.

Com base nas informações fornecidas pelo documento, 37 organizações de advocacy de todo o mundo enviaram uma carta, na terça-feira (12), pedindo para que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, adote providências quanto às discriminações de design destacadas no relatório. Entre os signatários da carta estão o Instituto Alana, DataPrivacy Brasil, 5Rights Foundation (Inglaterra) e Asociación por los Derechos Civiles (Argentina).

“É preocupante pensar que essas empresas estão escolhendo a quais jovens dar mais segurança. É razoável esperar que uma vez que uma empresa tenha trabalhado em como tornar os seus produtos um pouco melhores para as crianças, eles lançariam isso universalmente para todas elas. Porém, mais uma vez, as empresas de mídia social estão nos decepcionando e continuam projetando riscos desnecessários em suas plataformas“, disse Rys Farthing, autora do relatório e pesquisadora da Fairplay.

Leia também

“Crianças são muito prejudicadas pois usam aplicativos feitos por pessoas que sequer refletem sobre suas necessidades” disse Frances Haugen em evento promovido pelo Criança e Consumo

Criança e Consumo e DataPrivacy Brasil promovem painel sobre direitos digitais infantis na RightsCon

Kit de ferramentas quer tornar realidade global a segurança de crianças e adolescentes na Internet

O post Relatório revela discriminação na proteção de crianças e adolescentes entre diferentes países nas principais plataformas de mídia social apareceu primeiro em Criança e Consumo.

]]>
ANPD faz novas recomendações quanto ao uso de dados de crianças e adolescentes pelo WhatsApp https://criancaeconsumo.org.br/noticias/uso-de-dados-de-criancas-e-adolescentes-pelo-whatsapp/ Thu, 02 Jun 2022 01:51:44 +0000 https://criancaeconsumo.org.br/?p=33866 A Autoridade Nacional de Proteção de Dados concluiu a avaliação da mudança na Política de Privacidade do WhatsApp. A análise teve início em 2021, logo após o aplicativo de mensagens anunciar uma atualização de seus termos em desacordo com a LGPD.

O post ANPD faz novas recomendações quanto ao uso de dados de crianças e adolescentes pelo WhatsApp apareceu primeiro em Criança e Consumo.

]]>
Em maio, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) expediu a 3ª Nota Técnica que conclui a avaliação da mudança na Política de Privacidade do WhatsApp. A análise teve início em 2021, logo após o aplicativo de mensagens anunciar uma atualização de seus termos. Esse avanço, porém, não estava de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados. Na época, o uso de dados de crianças e adolescentes pelo WhatsApp, que pertence ao Facebook, deixaria-os em risco.

 

A avaliação efetuada partiu de uma Recomendação Conjunta expedida pela ANPD, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

 

O Criança e Consumo, aliás, também participou desse processo. Logo após a divulgação da atualização da Política de Privacidade, o programa Criança e Consumo entrou em contato diretamente com representantes do WhatsApp para questioná-los sobre o cuidado com crianças e adolescentes na plataforma.

 

O que foi concluído do uso de dados de crianças e adolescentes pelo WhatsApp

Dentre os vários tópicos analisados pela Nota Técnica apresentada pela Autoridade houve avaliação quanto ao tratamento de dados de crianças e adolescentes. No documento, a Autoridade analisa as informações previstas na Política de Privacidade do aplicativo de mensagens, bem como outros documentos enviados em resposta ao procedimento. Em termos gerais, o WhatsApp argumentou durante o procedimento que não trata intencionalmente de dados de crianças, uma vez que o aplicativo é direcionado para pessoas acima de 13 anos, o que nos termos da legislação brasileira abrange apenas adolescentes. Contudo, pondera a Autoridade que o aplicativo “não toma medidas de segurança para verificar a idade dos usuários e impedir o cadastramento de menores de 13 anos”.

 

A ANPD também identificou que o tratamento de dados dos adolescentes é realizado de forma análoga aos dados pertencentes a usuários adultos, inclusive com compartilhamento de informações para terceiros, como as outras empresas do grupo Facebook.

 

Em sua defesa, o WhatsApp apontou que possui medidas técnicas e administrativas em linha com o melhor interesse da criança e do adolescente, em atenção ao artigo 14 da LGPD, muito embora, essas medidas sejam aplicáveis a todos os usuários.

 

A conclusão da Autoridade é a de que após o procedimento houve avanços quanto à proteção de dados de crianças e adolescentes pelo aplicativo de mensagens, mas ainda existem ações que podem intensificar esse resguardo, dentre elas, medidas adicionais de segurança para verificação de idade e para proteção dos usuários adolescentes, a fim de protegê-los de riscos digitais.

 

Por fim, concluiu a ANPD que o compartilhamento de dados entre o aplicativo de mensageria WhatsApp e a rede social Facebook e o tratamento de dados de crianças e adolescentes ainda deverão ser analisados em outros procedimentos.

 

Leia também

Kit de ferramentas quer tornar realidade global a segurança de crianças e adolescentes na Internet

Instituto Alana e MPSP lançam publicação sobre direitos da criança no ambiente digital e promovem debate

Criança e Consumo questiona Facebook do Brasil sobre uso de redes sociais por crianças e adolescentes

O post ANPD faz novas recomendações quanto ao uso de dados de crianças e adolescentes pelo WhatsApp apareceu primeiro em Criança e Consumo.

]]>