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foto de Frances Haugen falando em uma entrevista

“Crianças são muito prejudicadas pois usam aplicativos feitos por pessoas que sequer refletem sobre suas necessidades” disse Frances Haugen em evento promovido pelo Criança e Consumo

foto de Frances Haugen falando em uma entrevista

“Crianças são muito prejudicadas pois usam aplicativos feitos por pessoas que sequer refletem sobre suas necessidades” disse Frances Haugen em evento promovido pelo Criança e Consumo

Na manhã da última terça-feira (5), o Criança e Consumo, com o apoio da Luminate, promoveu um encontro fechado com Frances Haugen, engenheira, cientista de dados e ex-funcionária da Meta que expôs práticas antiéticas e ilegais da empresa que deixam crianças e adolescentes à mercê de diversos perigos – entre eles, a exploração comercial. Com a mediação de Maria Mello, coordenadora do programa, o evento gerou uma discussão, de fato, multidisciplinar. No encontro, houve a participação de representantes de diferentes setores que atuam com infâncias, tecnologias e direitos digitais. A autora do “Facebook Papers” partilhou suas experiências sobre os impactos da atuação das Big Techs em crianças e adolescentes.

 

“Nada disso foi projetado pensando em crianças, então como podemos priorizar as necessidades delas?” Frances Haugen.

 

Vivemos em um contexto em que 94% dos brasileiros entre 10 e 17 anos são usuários da Internet (TIC Kids Online Brasil 2020). Nesse sentido, uma das reflexões promovidas por Frances Haugen abordou a importância de fortalecer a aproximação entre empresas e especialistas. Além disso, Haugen reforçou a necessidade de ter pessoas dentro das big techs que questionem seu funcionamento, principalmente pela ótica infantil. “Por isso, é necessário contar com um grupo diverso de pessoas que defendam as infâncias para pensar em reduzir danos e criar soluções”, refletiu. Somente assim, segundo Frances Haugen, será possível avançar no fortalecimento da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital.

 

Ainda, também foram pautas das trocas questões sobre a literacia digital, diferenças protetivas entre sul e norte global e como questões raciais e de gênero são levadas em consideração nos desenvolvimentos dessas plataformas. Ao final, Haugen reforçou a importância da sociedade civil como um ator de regulação da atuação de Big Techs.

 

“Precisamos que essas empresas nos digam o que estão fazendo para tornar a Internet mais segura para crianças. Chega de pedir por cada pequena mudança, é hora das próprias plataformas se prontificarem” Frances Haugen.

 

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Publicado em: 7 de julho de 2022

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