{"id":7460,"date":"2016-04-25T18:53:09","date_gmt":"2016-04-25T21:53:09","guid":{"rendered":"https:\/\/criancaeconsumo.org.br\/?p=7460"},"modified":"2022-10-17T14:51:48","modified_gmt":"2022-10-17T17:51:48","slug":"estrategias-complexas-de-publicidade-infantil-invadem-a-internet","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/criancaeconsumo.org.br\/noticias\/estrategias-complexas-de-publicidade-infantil-invadem-a-internet\/","title":{"rendered":"Estrat\u00e9gias complexas de publicidade infantil invadem a internet"},"content":{"rendered":"
Pesquisa in\u00e9dita avaliou a compreens\u00e3o das crian\u00e7as brasileiras sobre publicidade e suas estrat\u00e9gias.<\/em><\/p>\n <\/p>\n Um gigantesco volume de publicidade<\/strong> direcionada \u00e0 crian\u00e7a<\/strong>, nos mais variados lugares e m\u00eddias, estrat\u00e9gias mais complexas de publicidade na internet e a confus\u00e3o entre publicidade e informa\u00e7\u00e3o feita pelos pequenos, foram alguns dos principais pontos expostos pela pesquisa \u201cPublicidade Infantil em Tempos de Converg\u00eancia<\/strong>\u201d. Realizada pela Universidade Federal do Cear\u00e1, pelo Instituto de Cultura e Arte, e pelo Grupo de Pesquisa da Rela\u00e7\u00e3o Inf\u00e2ncia, Juventude e M\u00eddia (GRIM<\/a>), e em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor do Minist\u00e9rio da Justi\u00e7a (Senacon\/MJ), a pesquisa foi lan\u00e7ada no dia 12 de abril em Bras\u00edlia e est\u00e1 dispon\u00edvel para consulta na internet.<\/a><\/p>\n <\/p>\n O estudo, coordenado pela professora In\u00eas Vitorino Sampaio, uma de nossas conselheiras<\/a>,\u00a0 foi realizado com 81 crian\u00e7as de 9 a 11 anos, em dezembro de 2014, nas cidades de S\u00e3o Paulo, Fortaleza, Bras\u00edlia, Rio Branco e Porto Alegre, e buscou identificar a compreens\u00e3o da crian\u00e7a sobre a publicidade, sua percep\u00e7\u00e3o das estrat\u00e9gias utilizadas e os impactos no seu bem-estar. A publica\u00e7\u00e3o \u00e9 a primeira an\u00e1lise de car\u00e1ter p\u00fablico e nacional feita no Brasil englobando estes aspectos.<\/p>\n <\/p>\n A partir dos dados obtidos, ficou evidente a grande quantidade de publicidade nos ambientes f\u00edsicos e virtuais que as crian\u00e7as frequentam. Esse ataque di\u00e1rio provoca, segundo a pesquisa, uma avalia\u00e7\u00e3o negativa das crian\u00e7as em rela\u00e7\u00e3o aos excessos de publicidade, principalmente quando elas interrompem seus momentos de lazer. Mas muitas vezes, elas n\u00e3o conseguem identificar a mensagem como publicit\u00e1ria<\/a>.<\/p>\n <\/p>\n A dificuldade das crian\u00e7as em diferenciar publicidade e informa\u00e7\u00e3o, como a pesquisa constatou, evidencia sua defici\u00eancia de julgamento e a necessidade de uma regulamenta\u00e7\u00e3o da comunica\u00e7\u00e3o que se dirige a ela. \u201cO que se tem visto s\u00e3o discursos informativos para promover a compra de determinado produto, fazendo que ocorra uma associa\u00e7\u00e3o dessas informa\u00e7\u00f5es aos valores emocionais\u201d, relata a pesquisa.<\/p>\n <\/p>\n A promo\u00e7\u00e3o de novas experi\u00eancias e formas de interagir, que a publicidade direcionada para as crian\u00e7as prop\u00f5e faz com que as crian\u00e7as n\u00e3o percebam o conte\u00fado como uma comunica\u00e7\u00e3o mercadol\u00f3gica. \u201cNo contextual atual, ela vem buscando ir al\u00e9m do modelo tradicional de anunciar um produto \u2013 via outdoors, m\u00eddia impressa, TV e r\u00e1dio \u2013 e explorar novas formas de interagir e partilhar experi\u00eancias com os consumidores, encontrando na internet o ambiente prop\u00edcio para isso\u201d, explica a publica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n <\/p>\n Na internet, a publicidade direcionada \u00e0 crian\u00e7a tem adquirido formatos complexos e cada vez mais disfar\u00e7ados nos conte\u00fados de entretenimento. Muitas das crian\u00e7as entrevistadas n\u00e3o conseguiram identificar a exist\u00eancia de publicidade em sites de jogos \u2013 na forma de an\u00fancios e de advergames \u2013 no Facebook, no Instagram, no Whatsapp e em mensagens de texto nos celulares.<\/p>\n <\/p>\n \u201cA pesquisa est\u00e1 em conson\u00e2ncia com diversos papers internacionais e os resultados da voz da crian\u00e7a brasileira s\u00e3o coerentes com o que se estudou fora do pa\u00eds\u201d, analisou Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana,<\/a>\u00a0que participou de um painel durante o lan\u00e7amento da pesquisa. Participaram tamb\u00e9m do evento Maria Eugenia Sozio, coordenadora da\u00a0pesquisa\u00a0TIC Kids Online; <\/em>Sandra Martinelli,\u00a0presidente executiva da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Anunciantes (ABA); Alexandre Jobim, da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira da Ind\u00fastria de Refrigerantes e de Bebidas N\u00e3o Alco\u00f3licas (ABIR), Aur\u00e9lio Veiga Rios, Procurador Federal dos Direitos do Cidad\u00e3o, do Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal.<\/p>\n <\/p>\n Na ocasi\u00e3o do lan\u00e7amento da pesquisa, foi apresentada pela Secretaria Nacional do Consumidor do Minist\u00e9rio da Justi\u00e7a (Senacon\/MJ) o\u00a0Portal de Defesa do Consumidor<\/a>, um novo site que re\u00fane\u00a0orienta\u00e7\u00f5es aos cidad\u00e3os e informa\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas para profissionais que atuam na \u00e1rea.<\/p>\n <\/p>\n Leia tamb\u00e9m<\/strong> <\/p>\n Foto:\u00a0Fernanda Carvalho\/ Fotos P\u00fablicas<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Pesquisa in\u00e9dita avaliou a compreens\u00e3o das crian\u00e7as brasileiras sobre publicidade e suas estrat\u00e9gias.<\/p>\n","protected":false},"author":7,"featured_media":7463,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false,"_themeisle_gutenberg_block_has_review":false,"footnotes":""},"categories":[127],"tags":[306,450,502],"yoast_head":"\n
\nDireitos das crian\u00e7as na internet devem ser protegidos<\/a>
\nCrian\u00e7as utilizam cada vez mais o tablet para acessar a internet<\/a>
\n2016 come\u00e7a com \u00f3timas not\u00edcias para as crian\u00e7as<\/a><\/p>\n