A Semana Sem Plástico aconteceu pela primeira vez no Brasil entre 27 e 31 de julho de 2020. Antes de mais nada, o evento marcou o lançamento da pesquisa “Infância Plastificada”. Encomendada pelo Instituto Alana, essa pesquisa é pioneira no mundo por analisar a conexão entre a publicidade dirigida ao público infantil, a comercialização de brinquedos no Brasil e a sua relação com o consumo e descarte de plástico, bem como com a saúde das crianças.
Com programação totalmente online e gratuita, a Semana Sem Plástico 2020 fez parte da campanha global #PlasticFreeJuly. Em linhas gerais, teve como proposta refletir sobre a forma de produção e consumo do plástico, expondo seu impacto no meio ambiente e na saúde humana. Além disso, a programação também apontou caminhos possíveis para solucionar essa crise.
A Semana Sem Plástico foi uma iniciativa do Instituto Alana, realizada pelo programa Criança e Consumo. Também contou com os seguintes parceiros: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, UNESCO, Break Free From Plastic, Videocamp, Instituto Polis, Gaia e Aliança Resíduo Zero Brasil.
Exibição de debate do filme “A História do Plástico” na Semana Sem Plástico
Durante os dias 27 e 29 de julho de 2020, o público do evento pôde assistir ao documentário “A História do Plástico”. Dos mesmos realizadores de “A História das Coisas” (“Story of Stuff“), o filme lança um olhar abrangente sobre a crise de poluição plástica causada pelo homem. Ao mesmo tempo, a obra aborda o efeito desse problema na saúde do planeta e das pessoas que o habitam.
Atualmente, o documentário está disponível no serviço de streaming DiscoveryGo. Além disso, pode ser alugado nas plataformas Amazon, Apple TV e Xfinity. Também é possível organizar uma sessão diretamente pelo site Story of Plastic.
Ainda durante a Semana Sem Plástico, no dia 29 de julho, aconteceu um debate sobre o filme com especialistas e ativistas. Em linhas gerais, os convidados falaram sobre o contexto brasileiro na crise da poluição plástica e suas possíveis soluções. Foram abordados temas como toxicidade, resíduos sólidos e crise climática, por exemplo.
Participaram da primeira rodada do evento Beth Grimberg, coordenadora de resíduos sólidos do Instituto Pólis; Roselaine Mendes Ferreira, representante estadual do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR); e Ademilson Zamboni, diretor-geral da Oceana no Brasil.
Já na segunda rodada, estiveram presentes Andréa Ribeiro, integrante da iniciativa Precious Plastic São Paulo; Luciana Annunziata, sócia e diretora de estratégia digitais e conteúdo da Casa Causa; e Mariana Rico, diretora-executiva do Instituto Estre. O debate pode ser assistido no nosso YouTube e conta com recursos de acessibilidade. Além de intérprete de libras, foi realizada a audiodescrição e pelos próprios participantes.
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Lançamento e webinar sobre pesquisa Infância Plastificada
Outro destaque da programação foram as discussões sobre plástico e infância. Em primeiro lugar, aconteceu o webinar internacional “Plasticized Childhood”, no dia 30 de julho. A gravação do evento está disponível para acesso no Facebook apenas em inglês. Nele, especialistas de diferentes países discutiram os impactos do plástico na saúde das crianças e no meio ambiente.
Em seguida, no dia 31 de julho, foi a vez de apresentar a pesquisa Infância Plastificada. O estudo inédito foi conduzido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Química Verde, Sustentabilidade e Educação (GPQV), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a pedido do Criança e Consumo.
Quem apresentou a pesquisa foi a coordenadora do trabalho, Dra. Vânia Zuin, do GPQV da UFSCar. “A principal ideia é gerar dados científicos e aprofundar o debate sobre a relação da publicidade infantil no Brasil com a produção, o consumo e o descarte dos brinquedos de plástico“, explicou a pesquisadora. Nesse sentido, foram usados como estudos de caso a boneca LOL Surprise e a estratégia McLanche Feliz. Assim como o debate sobre o filme “A História do Plástico”, a gravação da apresentação está no YouTube do Criança e Consumo com recursos de acessibilidade.
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