Dados indicam relação entre aumento do peso corporal em 13 países da América Latina e o consumo de alimentos de baixo valor nutricional.
Um novo relatório da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde)/ OMS (Organização Mundial da Saúde), “Alimentos e bebidas ultraprocessadas na América Latina: tendências, impacto sobre a obesidade e implicações para as políticas públicas”, mostra que de 2000 a 2013 a venda destes produtos aumentaram 26,7% nos 13 países da América Latina pesquisados (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Peru, Republica Dominicana, Uruguai e Venezuela).
Os dados mostram também que o consumo dos ultraprocessados está fortemente relacionado com o aumento do peso corporal nos países. Ainda segundo o documento, essa tendência se deve a mudança no sistema internacional provocada pela globalização e pela desregulação do mercado, que aumentou a penetração das empresas estrangeiras e multinacionais de alimentos nos mercados domésticos de alimentos.
Para conter esse aumento do consumo de ultraprocessados e consequentemente reduzir a obesidade, o relatório recomenda que governos, comunidade científica e a sociedade civil apoiem e elaborem políticas públicas para proteger e promover a escolha de alimentos saudáveis. Além disso, destaca a necessidade da regulamentação sobre a rotulagem, promoção e publicidade dos produtos ultraprocesados para crianças e adolescentes.
O relatório foi desenvolvido para apoiar e promover o Plano de Ação para a Prevenção da obesidade em crianças e adolescentes OPAS/ OMS assinado em 2014 pelos países da América.
Veja também:
– Entidades exigem fim da publicidade de alimentos não saudáveis
– México luta por regulamentação mais eficiente da publicidade infantil
– Peru defende a regulamentação da publicidade infantil
Foto: Via Flickr Laura Redburn
