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Foto de uma guarda segurando duas mascotes, um da empresa McDonald's e outra da Sucrilhos.

Pelo fim do marketing de alimentos para crianças

Foto de uma guarda segurando duas mascotes, um da empresa McDonald's e outra da Sucrilhos.

Pelo fim do marketing de alimentos para crianças

Organizações ligadas à defesa do consumidor, promoção da saúde e combate a obesidade reforçam pedidos da OMS por políticas locais pela adoção de hábitos saudáveis e enfrentamento de doenças crônicas não-transmissíveis.

Nós apoiamos o Plano Global da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs) e pedimos que todos os estados-membros o adotem”. Esse foi o pedido de um documento produzido e assinado pela Consumers International, organização que une mais de 220 instituições internacionais de proteção dos direitos dos consumidores, junto com a International Obesity Task Force, UK Health Forum, World Cancer Research Fund International, World Action on Salt and Health, e World Public Health Nutrition Association.

O anúncio foi feito na 66ª Assembleia Mundial de Saúde, organizada OMS no mês passado.  Na ocasião, a OMS também apresentou seu Plano Global contra DCNTs para os próximos sete anos.

As recentes recomendações da OMS para o combate global das DCNTs ressaltam novamente a importância da atuação dos governos locais para prevenir quadros de pressão alta, diabetes e doenças coronárias, que têm como fatores contribuintes para suas causas o tabaco, o álcool, a má-alimentação e o sedentarismo. Fatores de risco relacionados à dieta contam como 40% das DCNTs.

O plano da OMS pede que os governos dos países membros regulem o marketing de alimentos dirigido a crianças, criem rótulos alimentares claros que possam ser compreendidos pelos consumidores e façam campanhas pela alimentação saudável, com o objetivo de diminuir a quantidade de consumo de alimentos processados com altos níveis de sal, gorduras saturadas e açúcar e aumentar o consumo de frutas e vegetais. Ele também ressalta que os Estados devem reforçar o estabelecimento de instituições de saúde pública sem conflitos de interesse que possam lidar com questões comerciais como a publicidade e as limitações da autorregulação industrial.

Resta saber se as recomendações produzidas pela OMS serão de fato atendidas pelos estados-membros, já que diretrizes similares divulgadas em 2010 foram pouco aplicadas. A atual falta de comprometimento da maior parte dos governos com essas diretrizes fica evidente com os dados assustadores levantados pela OMS: as taxas de obesidade quase dobraram em todas as regiões do mundo de 1980 até 2008, e, no mesmo ano, as DCNTs foram a causa de mais de 36 milhões de mortes no mundo, das quais quase 80% ocorreram em países pobres ou em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

Foto: El Poder del Consumidor

Publicado em: 3 de junho de 2013

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