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em fundo lilás, papel verde cortado em formato de pessoas dando mãos como imagem de apoio ao texto sobre obesidade infantil

Obesidade infantil: uma responsabilidade compartilhada

em fundo lilás, papel verde cortado em formato de pessoas dando mãos como imagem de apoio ao texto sobre obesidade infantil

Obesidade infantil: uma responsabilidade compartilhada

No Brasil e no mundo, dados sobre obesidade infantil são inegavelmente cada vez mais alarmantes. Para entender melhor esse cenário, o Criança e Consumo desenvolveu o infográfico “Obesidade em crianças e adolescentes, uma responsabilidade compartilhada” em parceria com o Instituto Desiderata e o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana. O material apresenta dados atualizados sobre o tema no Brasil. Além disso, é chamada atenção para a influência de fatores externos – ambientais, políticos, socioeconômicos e culturais – sobre esses números. O documento ainda aborda o impacto da publicidade infantil nos hábitos alimentares e na saúde e aponta o papel da natureza no enfrentamento desse problema de saúde pública.

 

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Diversos fatores ambientais contribuem para o aumento dos níveis de obesidade em crianças e adolescentes: informações confusas e insuficientes sobre ultraprocessados; alimentos saudáveis não acessíveis para todos; colecionáveis; pacotes posicionados estrategicamente na altura das crianças nos supermercados; publicidade infantil e, também, cidades pouco propícias a um modo de vida mais ativo. Além disso, pesquisas mostram que crianças com mais acesso a parques e que brincam em espaços abertos (em especial o brincar livre) correm menos riscos de apresentar obesidade. O contato com a natureza, aliás, melhora desenvolvimento físico, social e mental das crianças.

 

Publicidade como agravante dos níveis de obesidade infantil

A publicidade infantil de produtos alimentícios não saudáveis e de baixo valor nutricional tem contribuído para mudanças nos hábitos alimentares. Como consequência, essa comunicação mercadológica gerando impacto na saúde dos indivíduos. Há, por exemplo, um aumento dos índices de obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis entre o público infantil. Afinal, os produtos alimentícios mais anunciados para as crianças são cereais açucarados, refrigerantes, guloseimas e doces, salgadinhos e fast food.

 

Para Livia Cattaruzzi, advogada do Criança e Consumo, “ainda que mães, pais e outros cuidadores sejam os responsáveis pelas crianças e detentores do poder de compra, as crianças exercem forte influência sobre os adultos para a aquisição de produtos no âmbito de seus lares, inclusive alimentos”. Uma pesquisa indica que 9 em cada 10 mães e pais são influenciados pelos filhos na compra de supermercado. Além disso, o estudo aponta que refrigerantes, achocolatados e chocolates são os produtos com marcas mais conhecidas pelas crianças.

 

“Alimentação e saúde são direitos de todas as crianças, aliás, reconhecidos em nossa Constituição Federal. Só que alimentação saudável não é apenas uma questão de escolha individual, mas de saúde pública e que compreende diversos fatores ambientais. Nesse cenário, as empresas do ramo alimentício e o poder público têm um papel e responsabilidade na promoção e garantia da saúde das crianças, que necessitam de proteção especial e devem ter direitos assegurados com prioridade absoluta”, afirma a advogada.

 

Seminário de Obesidade em Crianças e Adolescentes

Com o objetivo de alertar sobre a obesidade infantil, o Instituto Alana participou de uma mesa do 2° Seminário de Obesidade em Crianças e Adolescentes do Instituto Desiderata. A conversa abordou o tema “Obesidade infantil em tempos de COVID 19”, com Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza, e Livia Cattaruzzi, com mediação da diretora do Instituto Desiderata, Roberta Marques. A gravação da conversa está no YouTube do Instituto, assim como as outras mesas e discussões do Seminário.

 

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Publicado em: 21 de outubro de 2020

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