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Foto de uma mão segurando um origami de um pássaro vermelho.

O que esperar de 2017 na garantia de uma infância sem consumismo?

Foto de uma mão segurando um origami de um pássaro vermelho.

O que esperar de 2017 na garantia de uma infância sem consumismo?

O ano que se inicia abre possibilidades e necessidades de atuação do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana.

Em 2017, o projeto Criança e Consumo segue percorrendo diferentes lugares do Brasil, ampliando a discussão sobre o consumismo e suas consequências na infância. Desejamos mais conversas e trocas entre famílias, educadores, representantes do poder público, da academia e do mercado para priorizar os direitos das crianças, sempre.

O projeto continua na trilha para sensibilizar cada vez mais pessoas para o fato de que o consumismo é uma ideologia, que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. As crianças não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo, como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral que vai para além da esfera familiar, devido a magnitude dos seus impactos sociais, ambientais e econômicos. No atual momento de recessão econômica, se torna ainda mais importante a preocupação na formação de cidadãos comprometidos com um futuro menos consumista e conscientes de como isso pode garantir às próximas gerações a disponibilidade de recursos naturais.

Veja mais:
– 2016: um ano de conquistas históricas na luta contra o consumismo infantil
– Brinquedos conectados à internet violam direitos da criança
– Na Inglaterra, anúncios de junk food para crianças serão regulados

Entre as propostas para repensar os hábitos de consumo e trazer essa reflexão para as crianças está a Feira de Trocas de Brinquedos. A iniciativa do Criança e Consumo, que completa cinco anos em 2017, é uma maneira de as crianças experimentarem uma alternativa ao consumo e possibilitar que elas interajam em seus próprios termos. A Feira pode ser organizada por qualquer pessoa, em diferentes espaços, no prédio, na escola, na praça, com os amigos, familiares e vizinhos. Um momento de diversão para as crianças, de descobertas, encontros e, claro, trocas.

Com relação à publicidade infantil, no ano passado, diversas empresas anunciaram seus compromissos de não direcionarem mais publicidade para criança. Agora é o ano de monitorar a efetivação dessas propostas. Além disso, continuaremos olhando de perto o respeito, por parte de anunciantes e publicitários, à legislação brasileira, e à Resolução 163 do Conanda, que completa três anos este ano. No Legislativo, seguiremos acompanhando as proposições que tratam do tema da publicidade infantil, com a preocupação de que protejam ainda mais as crianças brasileiras.

Outro ponto de atenção em 2017 é o mundo digital. Faz algum tempo que ele se desenvolve e exige cada vez mais cuidado do Criança e Consumo, no que diz respeito à veiculação de publicidade dirigida ao público infantil. A cada ano surgem novas iniciativas e estratégias para atingir as crianças em um espaço tão complexo. A exposição das crianças a conteúdos impróprios e a facilidade de violar seus direitos no ambiente virtual devem se consolidar como preocupações de todos.

Devido à importância e urgência do tema, a Consumers International, organização que reúne 240 instituições de defesa do consumidor em 120 países, dentre elas o Instituto Alana, terá como tema da sua campanha anual: “Building a Digital World Consumers can Trust” (“Construindo um mundo digital que os consumidores confiam”, tradução livre). A mobilização acontece em 15 de março, Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que a cada ano destaca um tema relevante para promover os direitos dos consumidores. Esperamos que a sociedade se engaje ainda mais nesse tema e passe a discutir soluções e possibilidades.

Que 2017 seja um ano de mais respeito aos direitos humanos e, sobretudo, aos direitos das crianças pelos diferentes atores sociais, inclusive nas relações de consumo.

Foto: Via Flickr

Publicado em: 31 de janeiro de 2017

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