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Foto com vários doces em uma prateleira de supermercado, uma pessoa está segurando uma caixa de um dos doces.

Jornal britânico se posiciona contra publicidade infantil

Foto com vários doces em uma prateleira de supermercado, uma pessoa está segurando uma caixa de um dos doces.

Jornal britânico se posiciona contra publicidade infantil

Políticas de restrição à publicidade infantil de alimentos não-saudáveis são apoiadas pelo liberal The Independent

 

No último dia 2, o jornal britânico The Independent, publicou um editorial em que, mesmo reafirmando seu posicionamento político liberal, apoia o fim da publicidade de alimentos ultraprocessados para crianças. “Nós acreditamos em livre mercado e na escolha do consumidor, mas nós também acreditamos em políticas públicas baseadas em evidências” [tradução livre].

 

O jornal, assim, manifestou apoio à posição do secretário de saúde do Reino Unido, Jeremy Hunt, que defende a proibição de venda de doces em caixas de supermercado e considera impedir a publicidade de alimentos com alto teor de açúcar antes das nove horas da noite como formas para combater a obesidade infantil.

 

“Nós acreditamos que a publicidade de alimentos com alto teor de gordura, açúcar ou sal deveria ser proibida em programas infantis na televisão, na imprensa e na Internet. E apoiamos o Ministro da Saúde, Jeremy Hunt se caso, como veiculado na imprensa, ele decidira endurecer a legislação”, afirmou o jornal em editorial.

 

Em posicionamento, o The Independent também questionou a classificação de junk food, uma vez que diversas refeições prontas com alto índice de gordura, açúcar e sal, escapam do julgamento por estarem empacotadas de forma luxuosa. Outra questão pontuada foi acerca dos produtos “3 pelo preço de 2”, que influenciam as pessoas a comprarem mais do que o necessário.

 

O Criança e Consumo comemora o posicionamento do jornal The Independent a favor da proteção de crianças frente a publicidade infantil e seus efeitos. As convicções políticas devem estar sempre suscetíveis a mudar a partir de reflexões baseadas em evidências empíricas.

 

Um dos principais fatores que contribuem para o ambiente obesogênico, com que as crianças e adolescentes convivem atualmente, é a exposição excessiva a alimentos ultraprocessados e com baixo valor nutricional. Para reverter esse cenário, a Organização Mundial da Saúde sugere, em relatório, a restrição da publicidade de alimentos não saudáveis, uma reformulação na sua distribuição nos mercados e campanhas governamentais que incentivem o consumo de alimentos saudáveis e a prática de atividades físicas.

 

Publicado em: 20 de junho de 2018

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