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Foto do tabuleiro Monopoly, há peças posicionadas em casas do tabuleiro.

Hasbro deixará de vender Monopoly Império no Brasil

Foto do tabuleiro Monopoly, há peças posicionadas em casas do tabuleiro.

Hasbro deixará de vender Monopoly Império no Brasil

Após acordo com o Ministério Público, a empresa deve encerrar a comercialização do jogo de tabuleiro; o órgão entendeu que ele possui publicidade indireta para público infantil.

A denúncia feita pelo Projeto Criança e Consumo, por meio do Instituto Alana, contra a Hasbro culminou com o fim da importação, comercialização e distribuição do jogo “Monopoly Império” a partir de 2016. O Ministério Público de São Paulo investigou e concordou que a empresa veicula publicidade indireta de marcas e produtos para crianças por meio do brinquedo.

Iniciado em abril de 2014, o caso teve origem na denúncia feita pelo Criança e Consumo a abusos encontrados no “Monopoly Império”, destinado a crianças com mais de 8 anos e que continha logotipos de 22 marcas em sua embalagem e tabuleiro.  Dois meses depois da denúncia, a Promotoria de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude instaurou Inquérito para investigar a estratégia de comunicação mercadológica da empresa Hasbro. O Criança e Consumo sugeriu ao Ministério Público que a empresa retirasse as marcas da versão “Império” ou aumentasse a classificação indicativa para maiores de 12 anos.

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No primeiro semestre de 2015, a Hasbro e o Ministério Público do Estado de São Paulo firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que obriga a empresa a não importar mais o produto, escoar todo o estoque restante até o próximo dia 31 de dezembro e cessar a comercialização e/ou distribuição do jogo no Brasil a partir de 2016. Caso não cumpra o acordo, a empresa poderá ser multada.

“O Instituto Alana motivou seu pedido por entender que a presença de logotipos de empresas em um jogo destinado ao público infantil constitui uma comunicação mercadológica dirigida diretamente à criança, portanto, uma prática abusiva. Esse resultado é uma vitória para a infância brasileira”, diz Ekaterine Karageorgiadis, advogada do Instituto Alana. A investigação teve fim com a homologação do TAC pelo Conselho Superior do Ministério Público, em julho, e com o arquivamento do caso, no final de agosto.

Acompanhe o caso:

Foto: Via Flickr

Publicado em: 24 de novembro de 2015

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