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foto em detalhe de uma criança mexendo em um celular como imagem de apoio para o texto sobre Google e Meta são multados

Google e Meta são multados na Coreia do Sul por coletar dados para o direcionamento de publicidade

foto em detalhe de uma criança mexendo em um celular como imagem de apoio para o texto sobre Google e Meta são multados

Google e Meta são multados na Coreia do Sul por coletar dados para o direcionamento de publicidade

A Coreia do Sul condenou, na quarta-feira (14), o Google e a Meta por violarem leis de privacidade de dados. As empresas de tecnologia coletaram informações pessoais dos seus usuários sem seu consentimento ou devida explicação. A Comissão de Proteção de Informações Pessoais da Coreia do Sul apontou, então, que as big techs utilizaram esses dados para o direcionamento de publicidade segmentada, ou seja, anúncios personalizados para cada pessoa. Google e Meta são multados, assim, em cerca de 69 bilhões e 30 bilhões de wons sul-coreanos, respectivamente. Isso resulta em praticamente meio milhão de reais em multa.

E já é comprovado que, de fato, crianças e adolescentes estão presentes nesses ambientes digitais. No Brasil, por exemplo, 76% dos jovens de 11 a 12 anos utilizam o WhatsApp (pertencente à Meta).

Aliás, não é a primeira vez que Google e Meta são multados por violarem leis de proteção de dados. Em 2019, o Google foi multado em um valor histórico de US$ 170 milhões nos Estados Unidos por coletar ilegalmente informações de crianças na sua plataforma de vídeos, o YouTube. Além disso, a Meta foi multada em quase meio bilhão de euros na Irlanda por explorar dados infantis pelo Instagram.

É extremamente importante e motivo de celebração que tantos países estejam se preocupando com a segurança digital de seus cidadãos. Estamos vendo um forte movimento internacional para garantir a privacidade on-line e proteção de dados pessoais, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes. Afinal, o UNICEF aponta que jovens representam ⅓ dos usuários de Internet do mundo. Esperamos que as autoridades brasileiras sigam esse exemplo e garantam a prioridade absoluta dos direitos infantis também no ambiente digital e que as empresas se conscientizem a esse respeito.

Maria Mello,
coordenadora do Criança e Consumo

Publicado em: 19 de setembro de 2022

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