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Foto de um homem grisalho com fones de ouvido, observa outro homem que está com fones de ouvidos em seu pescoço e com a não direita em seu queixo.

Diretor do Greenpeace questiona consumismo desenfreado

Foto de um homem grisalho com fones de ouvido, observa outro homem que está com fones de ouvidos em seu pescoço e com a não direita em seu queixo.

Diretor do Greenpeace questiona consumismo desenfreado

O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, participou de um debate sobre consumo sustentável no auditório do Instituto Alana. O evento foi intermediado pelo professor da PUC, Marcelo Sodré, que também é membro do Conselho do Projeto Criança e Consumo.

Naidoo falou para uma plateia com mais de 60 pessoas, entre advogados, representantes de entidades civis, professores, editores de livro e universitários. O diretor-executivo do Greenpeace Internacional afirmou que as pessoas precisam entender que com a natureza não se negocia. “O consumo desenfreado gera desperdício e o desperdício impacta o meio ambiente. Temos que mobilizar as pessoas para que elas entendam e acabem com este ciclo”, afirmou Naidoo.

Questionado sobre como ter uma sociedade mais equilibrada, mais preocupada com o meio ambiente e menos consumista, o diretor-executivo do Greenpeace foi enfático: “temos que falar sobre felicidade”.

Ele ressaltou ainda que, de nada adianta levantar bandeiras se, em casa, os pais não derem o exemplo. “Vejo muitas famílias exaltando o transporte público e a bicicleta, mas que trocam de carro a cada dois anos. A criança percebe essa incoerência. Os adolescentes questionam”.

Por mais de uma vez Naidoo levantou a importância de todos ficarem atentos à mídia e à publicidade. “Em todo mundo, os grupos que controlam a informação são poderosos e dominantes. Eles têm grandes investimentos e acabam controlando o que a gente ouve e lê. Por isso os consumidores conscientes são tão importantes para a sociedade.”

O diretor-executivo do Greenpeace lutou contra o apartheid e liderou campanhas globais pelo fim da pobreza e pela proteção dos direitos humanos. Em 2003, foi nomeado para o Painel de Pessoas Eminentes em Relações de Sociedade Civil das Nações Unidas e também serviu como presidente da Aliança da Sociedade Civil “Campanha Global de Ação Climática (GCCA) de 2009 a 2012. Para ele, os altos índices de suicídio e violência em escolas são consequências da construção de um falso desejo. “São jovens frustrados, que acham que consumindo vão se tornar melhores. Quando descobrem que isso não é verdade, eles perdem a fé no futuro.”

Publicado em: 28 de março de 2014

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