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Foto de hortaliças em cima de uma mesa de madeira.

Dia do Consumidor terá o direito à alimentação saudável como bandeira

Foto de hortaliças em cima de uma mesa de madeira.

Dia do Consumidor terá o direito à alimentação saudável como bandeira

A obesidade é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pensando na urgência do assunto, a Consumers International (CI) elegeu o direito à alimentação saudável tema de sua campanha anual.

O próximo Dia Mundial dos Direitos do Consumidor – celebrado em 15 de março desde 1983 – terá como bandeira o direito à alimentação saudável. A Consumers International (CI), entidade internacional de defesa do consumidor, escolheu o tema para sua campanha anual dada a gravidade do assunto. O impacto da obesidade sobre o PIB global é equivalente às despesas de uma guerra: os gastos já atingiram o montante de dois trilhões de dólares por ano. No Brasil, o custo com a obesidade é de 2,4% do PIB, ou cerca de 110 bilhões de reais, de acordo com um estudo de 2014 da McKinsey Global Institute.

Outra pesquisa realizada pela International Obesity Task Force mostrou que quase 30% da população mundial está obesa ou com sobrepeso. Por aqui os dados também são assustadores: 51% da população está com excesso de peso, segundo o Ministério da Saúde. Entre as crianças brasileiras, os números também desanimam: 33,5% daquelas entre cinco e nove anos estão acima do peso, de acordo com pesquisa do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde.

A campanha da Consumers quer colocar em destaque esse problema mundial e mobilizar seus mais de 250 associados, entre eles o Instituto Alana, na promoção da conscientização dos governos para a gravidade da situação e para pensarem juntos caminhos possíveis para reverter esses índices que não param de crescer.

As práticas de marketing das grandes indústrias de alimentos não-saudáveis, a falta de informação disponível e a falta de alimentos saudáveis em abundância nos mercados contribuem para distanciar cada vez mais o consumidor de uma dieta saudável. A publicidade dos alimentos pouco nutritivos direcionada à criança está diretamente relacionada ao problema da obesidade infantil. O Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde e lançado em novembro do ano passado, colocou a publicidade de alimentos para crianças como um dos obstáculos à alimentação saudável.

Segundo o Ministério da Saúde, 26,6% das crianças entre cinco e 10 anos consomem balas, biscoitos recheados e outros doces de cinco a sete vezes por semana. Atrelado a esses números está o alto índice de publicidade desses produtos e de fast foods, refrigerantes e sucos artificiais.

A campanha da Consumers em favor de uma alimentação saudável segue a mesma linha desenvolvida pelo projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, aqui no Brasil. Trata-se de um trabalho que procura apontar os meios de prevenção dos males causados pela publicidade dirigida às crianças além de buscar uma sensibilização maior da sociedade diante do problema. O Alana se somará à campanha e seguirá trabalhando para pressionar o poder público na implantação de medidas para efetivara garantia de uma alimentação saudável para as crianças e a redução dos índices de obesidade infantil.

Foto: Beth via Flickr

Publicado em: 11 de fevereiro de 2015

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