Logo Criança e Consumo
Foto de recorte de papéis multicoloridos formando uma cobra em uma folha de papel.

DF reforça proibição de publicidade nas escolas

Foto de recorte de papéis multicoloridos formando uma cobra em uma folha de papel.

DF reforça proibição de publicidade nas escolas

Entre as orientações para promover a alimentação saudável no ambiente escolar está a restrição de qualquer material publicitário.

Entrou em vigor no Distrito Federal (DF) o decreto 36.900/15 que estabelece diretrizes para a promoção de alimentação saudável nas escolas públicas e privadas. No art. 4º, o texto proíbe a exposição de qualquer tipo de material publicitário sobre alimentos não saudáveis. A proibição de publicidade direcionada às crianças já está estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor e foi reforçada pela  Resolução 163 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que em seu art. 2º, § 3º, considera abusiva “a publicidade e a comunicação mercadológica no interior de creches e das instituições escolares da educação infantil e fundamental, inclusive em seus uniformes escolares ou materiais didáticos”.

A advogada do Instituto Alana Ekaterine Karageorgiadis explica a importância de afastar qualquer publicidade do ambiente escolar, “a criança até completar 12 anos ainda não compreende as diferenças entre publicidade comercial e intervenções com fins didático-pedagógicos, por isso a escola, como um espaço privilegiado para a sociabilidade e formação de valores das crianças, deve estar livre de qualquer mensagem publicitária”.

Veja também:
Cidades de SP reforçam proibição de publicidade nas escolas
MP investigará visitas de escolas à fábrica da Vigor
Secretaria orienta escolas do Estado de SP sobre publicidade abusiva
Ministério Público apresenta nota técnica sobre publicidade em escolas

O decreto do Distrito Federal, que regulamenta a Lei 5.146/13, restringe também a comercialização de alimentos não saudáveis como balas, pirulitos, biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos e frituras e recomenda a venda de frutas, legumes e verduras, sanduíches, bebidas e bolos naturais nas cantinas. A medida visa a diminuir o consumo das crianças e dos adolescentes de alimentos com alto teor de gordura, açúcar e sódio que contribuem para o aumento de peso.

A obesidade infantil é considerada pela Organização Mundial da Saúde uma epidemia global que atinge cerca de 155 milhões de crianças (International Obesity Task Force). No Brasil, o último levantamento (POF 2008-2009) apontou que 33,5% das crianças de cinco a nove anos estão com sobrepeso e entre elas 15% estão obesas. A obesidade na infância é a principal responsável pelo surgimento precoce de doenças como diabete, hipertensão arterial, depressão e problemas ortopédicos.

Foto: Via Flickr

 

Publicado em: 22 de março de 2016

Notícias relacionadas

Listar todas as notícias

Ir ao Topo