No dia 15 de agosto, o Instituto Alana, por meio do programa Criança e Consumo, participou de uma reunião com os representantes do TikTok (Bytedance Brasil Tecnologia Ltda). O encontro, então, deu sequência ao histórico de tentativas de diálogo com a empresa. A conversa foi uma oportunidade para discutir sobre preocupações com os desrespeitos aos direitos infantis que acontecem na plataforma digital.
Em junho, o Criança e Consumo enviou uma notificação à empresa, para alertar sobre a publicidade infantil na plataforma. Além disso, o documento pedia pelo fim do tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes para segmentar e direcionar publicidade comportamental que, em alguns casos, pode se apresentar de forma velada, ao se utilizar de uma comunicação muito similar a conteúdos de entretenimento.
Essas práticas de comunicação mercadológica se tornam ainda mais preocupantes ao saber que muitas crianças com menos de 13 anos são usuárias do aplicativo. E isso acontece, aliás, mesmo que a idade mínima estabelecida pelos termos de uso do TikTok seja acima dessa idade. Conforme apontam os dados da edição TIC Kids Online Brasil 2021, 66% dos respondentes com 11 e 12 anos estão presentes na plataforma de vídeos curtos, ao mesmo tempo que 42% das crianças entre 9 a 10 anos também dizem utilizar a rede social.
O Criança e Consumo pretende seguir diálogo com e atuando em relação ao TikTok e outras empresas de tecnologia para que a proteção de crianças e adolescentes seja garantida.
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