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Foto de um boneco de macaco tampando os ouvidos.

Brinquedos conectados à internet violam direitos da criança

Foto de um boneco de macaco tampando os ouvidos.

Brinquedos conectados à internet violam direitos da criança

Uma análise de três produtos constatou exposição de dados e falta de segurança ao usá-los.

O Conselho dos Consumidores da Noruega divulgou recentemente o relatório “#Toyfail” que examinou questões relacionadas ao direito do consumidor em três brinquedos que se conectam à internet: My Friend Cayla, Hello Barbie e o robô i-Que. A análise constatou violações aos direitos das crianças à privacidade e à segurança.

Entre os problemas encontrados está a exposição à publicidade disfarçada, os brinquedos possuem frases pré-programadas que citam diversos produtos. A boneca Cayla, por exemplo, diz para a criança o quanto ela gosta dos filmes da Disney.

O relatório mostrou também que há falhas na segurança desses brinquedos, qualquer pessoa consegue conectá-los por meio de um telefone celular. Isso permite falar com a criança e ouvi-la à distância quando ela estiver interagindo com o brinquedo. Além disso, aquilo que as crianças falam perto do ou para o brinquedo é gravado e enviado para uma empresa especializada em tecnologias de reconhecimento.

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Nos termos de uso dos produtos também foram identificadas violações. Antes de conectar o brinquedo, os usuários precisam concordar com um termo que pode ser alterado pelos fabricantes sem aviso prévio e que permite a exposição dos dados pessoais a terceiros para serem usados com fins publicitários.

Com base nas descobertas do relatório, organizações que defendem os direitos do consumidor na Europa e nos Estados Unidos como, entre elas, a CCFC – Campaign for a Commercial-Free Childhood, se juntaram para denunciar às autoridades as violações encontradas (os brinquedos ainda não estão à venda no Brasil). O Conselho dos Consumidores da Noruega alerta que os pais devem estar atentos às leis de seus países para reivindicar seus direitos e os de seus filhos.

Para saber mais sobre a análise, acesse o documento (em inglês) aqui.

Foto: Via Flickr

Publicado em: 27 de janeiro de 2017

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