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Ri Happy – Campanha de Páscoa ‘É BRINQUEDO SIM!’ (abril/2017)

Imagem do comercial da Ri Happy, onde um garoto segura um urso de pelúcia e uma garota segura uma boneca de pano dentro da loja, um coelho de pelúcia está entre as duas crianças.
Imagem do comercial da Ri Happy, onde um garoto segura um urso de pelúcia e uma garota segura uma boneca de pano dentro da loja, um coelho de pelúcia está entre as duas crianças.

Ri Happy – Campanha de Páscoa ‘É BRINQUEDO SIM!’ (abril/2017)

Atuação do Criança e Consumo

Dentro de seu âmbito de atuação, o Instituto Alana, por meio de seu programa Criança e Consumo, constatou prática de publicidade abusiva, consistente no desenvolvimento de estratégias de comunicação mercadológica direcionadas diretamente a crianças, realizadas pela empresa Ri Happy Brinquedos S.A., por meio de campanha e promoção de Páscoa ‘É BRINQUEDO SIM!’.

A análise das estratégias publicitárias desenvolvidas pela empresa para a divulgação de sua campanha torna evidente a intenção da anunciante de direcionar sua mensagem comercial ao público infantil, aproveitando-se de uma data festiva – a Páscoa – para alavancar suas vendas.

A campanha consistia em estratégias de comunicação mercadológica dirigidas às crianças repletas de elementos atrativos a esse público, como comercial televisivo de animação, comunicação em redes sociais e uso de personagem conhecida do universo infantil, a mascote Solzinho.

Ainda, como estratégia de divulgação da campanha, a empresa lançou promoção, pela qual, a cada RS 60,00 em compras nas lojas físicas ou pelo site mais R$ 9,99, a criança poderia levar um “kit Baby Alive – Hora do Lanchinho” ou um “Card Raro Evolution’s + um booster crise dupla”, os quais poderiam ser adquiridos separadamente pelo valor de R$ 39,99 cada.

Além disso, a empresa utilizou-se fortemente de linguagem imperativa para chamar a atenção das crianças e, assim, induzi-las e convencê-las ao consumo de seus produtos, como a criação de um slogan e de uma hashtag (ÉBrinquedoSim!), que transmitem a mensagem de que a Páscoa também é um momento de pedir/ganhar brinquedo como o são outras datas do ano.

O Criança e Consumo, do Instituto Alana, entende que práticas comerciais como as desenvolvidas pela Ri Happy são abusivas e, portanto, ilegais, por desrespeitarem a proteção integral e a hipervulnerabilidade da criança, em patente violação ao artigo 227, da Constituição Federal, diversos dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente, artigos 36, 37, § 2º e 39, IV, do Código de Defesa do Consumidor, e Resolução 163 do Conanda.

Assim, ante a constatação de tantas abusividades, o Instituto Alana, por meio de seu programa Criança e Consumo, enviou, em 11.4.2017, Notificação à empresa para que sejam apresentados esclarecimentos e solicitando que a Ri Happy cesse com a prática de dirigir esse tipo de comunicação mercadológica a crianças e deixe de realizar ações semelhantes futuramente.

No dia 20.4.2017, o Criança e Consumo recebeu resposta da empresa datada de 17.4.2017, na qual alega, em síntese, que não houve a intenção de instigar o consumo ou aproveitar-se da falta de experiência das crianças e que a campanha ‘É Brinquedo Sim’ foi uma alternativa às famílias que, durante à Páscoa, “preferissem presentear seus filhos com brinquedos a chocolates”.

O Criança e Consumo segue acompanhando os desdobramentos do caso.

 

Arquivos relacionados:

11.4.2017 – Notificação encaminhada pelo Criança e Consumo à Ri Happy

20.4.2017 – Recebimento de resposta da empresa pelo Criança e Consumo

 

Confira o comercial:

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