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Liberdade de expressão comercial: autorregulamentação como estratégia corporativa do setor publicitário

Sobre

O livro aborda a questão da autorregulamentação da publicidade no Brasil como uma estratégia comercial relacionada aos interesses do setor midiático. A autora defende, através de análise do discurso de defesa do modelo de autorregulamentação concebido pelo setor publicitário brasileiro, como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) foi se tornando uma das principais vozes do empresariado brasileiro, visto que a publicidade é a primeira face do capital.

Autoria

Glícia Maria Pontes Bezerra

Ano

2016

Idioma

Português do Brasil

O intuito desse livre é compreender os discursos enunciados pelo Conar como parte de um “contexto interpretativo” marcado por diversos conflitos que estão situados numa luta ideológica em que as partes envolvidas pretendem hegemonizar uma determinada visão de mundo em detrimento das visões competitivas. A análise do discurso tem um “caráter dessacralizante”, pelo fato de não ver os textos como enunciados autônomos e por relacioná-los diretamente com as “práticas sociais” e com os “interesses situados”. Outra característica ressaltada pelo autor é a “componente hermenêutica” da ACD, a qual, para ele, “visa desvelar os interesses inconfessáveis que os textos dissimulam” (MAINGUENEAU). Assim esse trabalho foi guiado.

 

Embora seja de conhecimento geral que o Conar é formado pelas entidades empresariais do setor — sendo, portanto, movido pelos interesses privados destas organizações —, a partir de uma análise histórica sobre a sua atuação será possível perceber a recorrência do interesse particular do meio publicitário como interesse geral da sociedade, numa articulação que busca manter a hegemonia e o “equilíbrio instável” pendendo para os objetivos mercadológicos do setor.

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