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Foto da mascote do McDonald's realizando uma peça em uma escola para crianças.

Ronald Mc Donald insiste em fazer shows dentro das escolas

Foto da mascote do McDonald's realizando uma peça em uma escola para crianças.

Ronald Mc Donald insiste em fazer shows dentro das escolas

A empresa já foi notificada e denunciada, mas continua desrespeitando os direitos das crianças ao direcionar publicidade a elas dentro de ambientes de ensino.

A partir de solicitação do Ministério Público Federal, o projeto Criança e Consumo constatou que a empresa Arcos Dourados Comércio de Alimentos Ltda. continua realizando publicidade abusiva direcionada ao público infantil dentro de instituições de ensino com os shows do personagem Ronald McDonald.

O Criança e Consumo informou ao órgão que em 2015 recebeu duas denúncias, por meio do seu site, de que novas ações foram realizadas em escolas públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além disso, a partir de uma pesquisa na internet foi possível constatar eventos com o palhaço Ronald McDonalds em escolas privadas. Os colégios publicaram em seus sites e blogs fotos das atividades da empresa com as crianças.

Veja também:
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Em 2013, o Criança e Consumo, por meio do Instituto Alana, denunciou a empresa ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) e ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC-Senacon-MJ), pedindo o encerramento das apresentações dentro de instituições de ensino. A Senacon-MJ instaurou um Processo Administrativo sobre o caso em março de 2016.

Ciente da denúncia, o Ministério Público Federal em 2014, com base na Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Conanda) e na Nota Técnica nº 21/2014/CGDH do Ministério da Educação, recomendou à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e às secretarias municipais de educação de todas as cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes, o fim deste tipo de intervenção mercadológica no ambiente escolar.

O Criança e Consumo defende que proteção deve ser assegurada as crianças estudantes de escolas públicas e privadas, indistintamente. E reitera o repúdio à estratégia de comunicação da empresa, na medida em que viola as normas legais de proteção das crianças e a normativa consumerista.

Acompanhe o caso:

Foto: Divulgação

 

Publicado em: 8 de junho de 2016

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