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Desenho de um copo vermelho com canudo, um pacote de batatas fritas e um balde de pipoca.

Mesmo com autorregulação, publicidade de alimentos continua nos EUA

Desenho de um copo vermelho com canudo, um pacote de batatas fritas e um balde de pipoca.

Mesmo com autorregulação, publicidade de alimentos continua nos EUA

Pesquisa recente mostra que pouco mudou após o acordo de 2007 entre as principais empresas do setor de alimentos de deixar de anunciar junk food para crianças.

Recentemente a Rudd Center For Food Policy & Obesity, organização norte-americana que trabalha para promover soluções para erradicar a obesidade infantil, divulgou um estudo que revela que pouco mudou desde 2007, ano em que as 17 das maiores empresas alimentícias dos Estados Unidos se comprometeram em anunciar alimentos saudáveis para crianças por meio do documento de autorregulação Food and Beverage Advertising Initiative (CFBAI).

A publicação da Rudd Center mostrou que em 2015, pela primeira vez desde 2007, as crianças norte-americanas viram menos anúncios relacionados à alimentação na televisão. No entanto, a redução foi de apenas 3% e os produtos anunciados permaneceram os mesmos, diferente do que foi prometido pelas empresas signatárias do CFBAI. Redes de lanchonetes fast food permaneceram a categoria mais anunciada e a exposição à publicidade de refrigerantes e doces aumentou mais de 50% em relação a 2007. Os alimentos considerados saudáveis, como frutas e legumes, ainda são a categoria menos anunciada para crianças e adolescentes.

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O estudo conclui que apesar das promessas da indústria alimentícia, a publicidade continua a incentivar o consumo de alimentos e bebidas ricos em calorias, gorduras e açúcar. Em maio de 2015, o American Journal of Preventive Medicine chegou a uma conclusão semelhante. Ele avaliou o valor nutricional dos alimentos anunciados antes e depois da criação do CFBAI, mostrando que a autorregulação da indústria alimentícia dos Estados Unidos não provocou resultados no sentido de reduzir a exposição de crianças à publicidade de alimentos não saudáveis.

Foto: Shutterstock

Publicado em: 12 de agosto de 2016

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