Logo Criança e Consumo
Foto de cereal dentro de uma tigela com leite.

INCA apoia restrição à publicidade infantil para prevenir a obesidade

Foto de cereal dentro de uma tigela com leite.

INCA apoia restrição à publicidade infantil para prevenir a obesidade

O Instituto associa o surgimento de 13 tipos de câncer a obesidade e recomenda medidas intersetoriais.

Uma alimentação saudável na infância, adolescência e na vida adulta pode reduzir as chances de diversas doenças, entre elas câncer, aponta o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), do Ministério da Saúde, em documento publicado recentemente. No ‘Posicionamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Acerca do Sobrepeso e Obesidade‘, o Instituto reconhece que medidas intersetoriais contribuem para a prevenção do câncer, entre elas a restrição à publicidade direcionada às crianças.

O público infantil é o principal alvo da publicidade de alimentos e por isso é fundamental “reconhecer a vulnerabilidade da criança e protegê-la de práticas abusivas que induzem à cultura do consumo”, diz o documento. O texto cita ainda as duas decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que houve um entendimento da abusividade do direcionamento de publicidade para crianças (leia mais aqui). Além disso, cita a pesquisa recente do Datafolha que mostrou que 60% dos entrevistados são contra qualquer tipo de publicidade direcionada ao público infantil.

Veja também:
– Publicidade mascarada é grande vilã da amamentação exclusiva
– Ministro do Supremo Tribunal Federal não aceita recurso da Bauducco e mantém decisão do STJ
– TJSP decide que publicidade infantil da Dr. Oetker é abusiva e mantém multa

O posicionamento do INCA se baseia no Relatório da Comissão para o Fim da Obesidade Infantil da Organização Mundial de Saúde (OMS) e apoia suas recomendações, entre elas a “restrição da publicidade e promoção de alimentos e bebidas não saudáveis dirigidas ao público infantil”. Entre as medidas sugeridas pelo INCA também está a adoção de medidas fiscais para melhorar a alimentação, como a taxação de bebidas açucaradas e produtos com alto valor energético e pobres em nutrientes. A infância e adolescência são períodos críticos do desenvolvimento em que, além da formação de hábitos de vida, a exposição a determinados fatores de risco pode comprometer a saúde do adulto, aponta o INCA. Por isso, as práticas alimentares não saudáveis, assim como a exposição precoce ao sobrepeso e obesidade atuam diretamente sobre o risco de câncer pelo efeito cumulativo dos fatores carcinogênicos.

Leia o documento completo aqui.

Publicado em: 23 de agosto de 2017

Notícias relacionadas

Listar todas as notícias

Ir ao Topo