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Foto de rosquinhas com cobertura rosa e confeitos coloridos.

Entidades exigem fim da publicidade de alimentos não saudáveis

Foto de rosquinhas com cobertura rosa e confeitos coloridos.

Entidades exigem fim da publicidade de alimentos não saudáveis

A Consumers International (CI), junto com alguns membros, entre eles o Instituto Alana representado pelo Projeto Criança e Consumo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Associação de Consumidores (PROTESTE) e a Oficina para América Latina e Caribe assinaram uma declaração que pede atenção especial para o problema da obesidade infantil na região e a necessidade de proibir a publicidade de alimentos não saudáveis direcionada às crianças, além de rótulos legíveis que identifiquem claramente a quantidade de cada componente.

O documento ressalta que entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a World Cancer Research Fund concordam que o fator mais importante que promove o sobrepeso e a obesidade, assim como as doenças que decorrem da obesidade, é o consumo elevado de produtos de baixo valor nutricional e com elevada quantidade de açúcar, gordura e sal. A América Latina apresenta um dos maiores índices de sobrepeso e obesidade do mundo.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou recentemente o Panorama de Insegurança Alimentícia na América Latina e no Caribe, que reforça as consequências graves para a saúde da obesidade infantil. O sobrepeso aumenta as chances de doenças como asma, diabetes e problemas cardiovasculares. Essas doenças, por sua vez, afetam o crescimento e o desenvolvimento psicossocial durante a adolescência e com o tempo comprometem a qualidade de vida quando adulto.

Em outubro de 2014 todos os governos da América Latina assinaram o Plano de Ação para a Prevenção da Obesidade nas Crianças e Adolescentes que contempla o incentivo a restrição da publicidade de alimentos de baixo valor nutricional direcionada ao público infantil, alimentos mais saudáveis nas escolas e impostos sobre comidas de baixo valor nutricional, medidas que seguem ignoradas por muitas empresas alimentícias.

Ainda de acordo com a declaração, no Brasil empresas de alimentos e bebidas de baixo valor nutricional estão impedindo que se estabeleçam regulações apropriadas sobre a publicidade de seus produtos por meio de subterfúgios legais. Somente em 2010 a indústria apresentou mais de 10 ações contra a regulação da publicidade.

As entidades que assinam a declaração pedem que a defesa da saúde das crianças prevaleça em detrimento do interesse econômico e que a sociedade passe a atuar de maneira responsável perante um dos maiores problema de saúde enfrentado na América Latina.

Leia o documento completo aqui.

Foto: Via Flickr

 

 

Publicado em: 15 de junho de 2015

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