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Foto com a cintura para baixo de várias crianças e adultos vestindo bermuda e sapatos para corrida.

Cartoon Network é denunciado por publicidade infantil

Foto com a cintura para baixo de várias crianças e adultos vestindo bermuda e sapatos para corrida.

Cartoon Network é denunciado por publicidade infantil

Dia 26 de outubro, o Criança e Consumo enviou representação ao Núcleo de Defesa do Direito do Consumidor, da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, denunciando o canal Cartoon Network (Turner International do Brasil Ltda) por publicidade infantil durante a “Corrida Cartoon”. Desde 2011, o canal promove edições temáticas da corrida infantil em São Paulo e Rio de Janeiro e, durante as atividades, expõe crianças à publicidade de diversos produtos de empresas patrocinadoras e apoiadoras do evento. Além de atividades e brindes oferecidas pelos anunciantes, os mascotes das marcas se misturavam aos personagens dos desenhos infantis veiculados pelo canal durante as brincadeiras.

 

Em razão disso, no dia 31 de agosto, o Criança e Consumo enviou notificação ao canal, pedindo o fim dessas práticas e se colocou à disposição para conversar sobre o efeito da influência de ações mercadológicas no processo de desenvolvimento biopsíquico das crianças. Em resposta, no dia 11 de setembro, a Turner Internacional do Brasil firmou que a corrida “não viola quaisquer dos direitos e garantias legais aplicáveis aos consumidores e, tampouco, ao público infantil”.

 

Considerando a negativa do canal em cessar com as práticas abusivas, uma vez que as ações promovidas violam a legislação brasileira vigente, o programa seguiu com a denúncia aos órgãos competentes.

“A promoção de momentos de lazer, que incentivem crianças a brincar e praticar esportes é de extrema importância. No entanto, o formato escolhido para a “Corrida Cartoon” faz com que, na verdade, o evento não passe de um enorme shopping a céu aberto, por meio do qual as empresas patrocinadoras e apoiadoras proporcionam ao público infantil, em meio a brincadeiras e atividades lúdicas, uma verdadeira experiência com suas marcas e produtos”, explica Livia Cattaruzzi, advogada do Criança e Consumo.

 

Criança e Consumo segue acompanhando o caso.

Publicado em: 29 de novembro de 2018

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