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Foto promocional de Polivitamínico infantil da Peppa pig.

Atenção! Suplemento vitamínico da Peppa Pig não é divertido

Foto promocional de Polivitamínico infantil da Peppa pig.

Atenção! Suplemento vitamínico da Peppa Pig não é divertido

O Criança e Consumo, projeto do Instituto Alana, pediu à Nunesfarma que não direcione comunicações mercadológicas às crianças do suplemento vitamínico ‘NeshVit Peppa Pig’.

O projeto Criança e Consumo, por meio do Instituto Alana, enviou uma carta à empresa farmacêutica Nunesfarma, detentora da marca ‘Laboratório Nesh’, que em 2016 lançou o ‘suplemento vitamínico NeshVit Peppa Pig’. O medicamento, que a empresa afirma conter as necessidades diárias de 10 vitaminas essenciais para as crianças, é anunciado no site da marca e nas redes sociais da personagem infantil Peppa Pig como sendo o “mais divertido do mercado”.

A carta enviada pelo projeto Criança e Consumo alertou a Nunesfarma sobre a existência de legislação no Brasil que proíbe a publicidade dirigida ao público infantil e sobre as graves consequências da exposição de crianças à comunicação mercadológica a elas dirigida, inclusive pela utilização de personagens infantis que se comunicam de forma eficiente e direta com as crianças.

“Diante do fato de que o NeshVit Peppa Pig busca atrair a atenção das crianças ao consumo de um medicamento por meio da associação a uma personagem bastante conhecida por elas, enviamos um documento à empresa com nossas considerações sobre suas ações de comunicação mercadológica. Esperamos promover a reflexão da marca sobre os efeitos nocivos da publicidade abusiva dirigida ao público com menos de 12 anos de idade, de forma a incentiva-la a cumprir as normas legais de proteção à infância”, explica Ekaterine Karageorgiadis, advogada do Instituto Alana.

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A Nunesfarma enviou uma resposta no dia 9 de dezembro ao Criança e Consumo alegando que o produto NeshVit Peppa Pig não se enquadra na categoria de medicamento da Anvisa, e sim de suplementos, o que não exigiria prescrição médica. Mas mesmo assim, na embalagem a marca recomenda a ingestão diária e a indicação do uso sob orientação médica ou nutricional para crianças de até 3 anos. Na carta a empresa afirma também que direciona a comunicação aos pais e que as estratégias no Facebook não são direcionadas para o público infantil, já que a rede social, em seu próprio regulamento, determina que somente pessoas acima de 13 anos podem ser usuárias da rede.

Acompanhe o caso:

Foto: Reprodução

Publicado em: 6 de dezembro de 2016

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