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Foto de pessoas sentadas em cadeira, um homem segura um microfone em sua mão direita.

ANDI completa 21 anos com seminário sobre mídia e direitos humanos

Foto de pessoas sentadas em cadeira, um homem segura um microfone em sua mão direita.

ANDI completa 21 anos com seminário sobre mídia e direitos humanos

A Diretora do Instituto Alana, Isabella Henriques, participou de uma das mesas do evento que ocorreu em Brasília.

O aniversário dos 21 anos da ANDI, agência especializada em Direitos Humanos, foi celebrado durante os dias 16, 17 e 18 de junho em Brasília, com o seminário “ANDI 21 anos – A mídia brasileira e os direitos humanos: avanços e desafios”.  Especialistas do Brasil e da América Latina debateram em diferentes mesas a trajetória dos meios de comunicação em relação aos direitos humanos, ao enfrentamento das desigualdades e ao desenvolvimento inclusivo e sustentável. O encontro fez um balanço dos impactos de ações de monitoramento, qualificação e mobilização da mídia, além de discutir temáticas socioambientais do País.

No segundo dia do evento, a mesa “Mídia, direitos humanos e inclusão socioambiental”, com a mediação do jornalista Fernando Rossetti, reuniu especialistas e ativistas em diversas causas. A diretora do Instituto Alana, Isabella Henriques, falou sobre o Projeto Criança e Consumo que visa defender os direitos das crianças frente à comunicação mercadológica. “O assunto se tornou tão grande e com tanta relevância que conseguimos estar em quase todos os veículos de grande mídia discutindo essa temática”, avaliou Isabella. A advogada apresentou estudos mostrando que as crianças brasileiras assistem, por dia, em média, mais de 5 horas. “Isso é quase mais tempo que a criança fica na escola. Na internet, nas TVs segmentadas e na TV aberta, o volume de publicidade dirigido às crianças é enorme. As crianças estão sendo massacradas de mensagens, sendo chamadas ao consumo”, alertou Isabella.

Outro convidado que participou da mesa foi Carlos Mamani Jiménez, da agência de notícias pela infância Eco Jóvenes da Bolívia, que trouxe a importância de comunicar sobre os direitos de crianças e adolescentes da América Latina, sobretudo crianças indígenas que vivem em regiões isoladas. A jornalista Cláudia Werneck, fundadora da ONG Escola de Gente, apresentou outro tema importante: a acessibilidade de comunicação para pessoas com deficiência. Ela apresentou alguns exemplos de materiais de leitura que foi modificado para que crianças com deficiências pudessem ter acesso ao seu conteúdo.

Isabel Clavelin, assessora de comunicação da ONU Mulheres, apresentou um panorama geral dos marcos internacional sobre a garantia de igualdade para as mulheres e falou da iniciativa “Eles por Elas”, que convoca os homens a liderarem lutas pela igualdade de gênero. Sílvio Meira, professor associado da FGV Direito Rio discutiu os avanços e as transformações tecnológicas de comunicação e de redes desde a década de 70, ilustrando os desafios para a área de comunicação e as mudanças provocadas na maneira de comunicar e se relacionar.

O tema desenvolvimento sustentável e mudanças do clima foi abordado por Fábio Feldman, consultor em meio ambiente, que falou sobre a importância crescente do tema e a maneira como é pautado pela mídia. E ressaltou o desafio de traduzir um tema de grande complexidade para a sociedade, “quando se fala genericamente de desenvolvimento sustentável e meio ambiente, todo mundo concorda. Quando se leva para o cotidiano, a coisa é um pouco diferente”, apontou.

A jornalista Juliana Cézar Nunes, coordenadora da Radioagência Nacional da EBC, abordou o papel da comunicação pública e dos direitos humanos no trabalho das redações. “Tem sido importante o que as organizações de direitos fazem com as empresas públicas de comunicação, mas é preciso que seja feito mais. É fundamental que esse trabalho de agendamento, fontes, sugestões de pauta, sugestões de fontes que não sejam só governo e especialistas”, disse.

Ao final de um intenso debate, o diretor executivo da Fundación Gabriel García Marquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano Ricardo Corredor falou aos jornalistas presentes sobre seu papel de responsabilidade social. “Acreditamos mesmo que não tem melhor momento para ser jornalista do que hoje. Não é o melhor momento para ser empregado de uma empresa, mas é o melhor momento para ser jornalista. O que está disponível para fazer bom jornalismo hoje não existia antes. Acredito sinceramente que é possível fazer o melhor jornalismo do mundo na América Latina”, afirmou.

Informações retiradas do blog ANDI

 

Publicado em: 23 de junho de 2015

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