A BCP S.A. – Grupo Claro realizou para o Natal de 2007 publicidade de telefones celulares e planos de serviços móveis pessoais com quatro crianças, meninas – bem novas ainda – conversando próximas a uma árvore de Natal. A intenção foi divulgar a promoção “Claro 0,6 centavos por minuto”.
Durante a mensagem publicitária, as crianças manuseavam um aparelho celular e uma das meninas contava como recebia o assédio de um menino, tanto no telefone celular como no telefone fixo de sua casa, para receber votos de ‘Feliz Natal’. A conversa incluía comentários das amigas que manifestavam opinião sobre a conduta do menino e ponderavam sobre a suposta relação amorosa. Além de a publicidade falar diretamente com o público infantil, ainda mostrava as crianças se comportando como adultos, sugerindo verdadeira ‘adultização’, erotização precoce e favorecendo a supressão de estágios do desenvolvimento infantil.
Diante de tal situação, o Instituto Alana, por meio do Projeto Criança e Consumo, encaminhou em 20.12.2007 notificação à empresa para que cessasse imediatamente a veiculação da referida publicidade, sob pena de sofrer denúncia nos órgãos competentes. O departamento jurídico da empresa não respondeu, mas sua assessoria de imprensa, em contato com a assessoria de imprensa do Projeto Criança e Consumo, enviou comunicação justificando que a publicidade não seria ofensiva, mas apenas procurava ser divertida, e que já não estava mais sendo veiculada.
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20.12.2007 – Notificação encaminhada pelo Projeto Criança e Consumo à empresa BCP S.A. – Grupo Claro
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